Porto da Pedra abre ensaios e marchinhas invadem a Sapucaí
A Porto da Pedra foi a primeira a ensaiar neste domingo (5). A Marquês de Sapucaí registrou um grande público que deixou as arquibancadas lotadas.Vila Isabel e Salgueiro se apresentaram no mesmo dia.”Ô Abre-alas que as Marchinhas vão passar! Porto da Pedra é quem vai ganhar… seu coração!” é o tema desenvolvido pelo carnavalesco Jaime […]
POR Márcio Anastacio*06/02/2017|8 min de leitura
A Porto da Pedra foi a primeira a ensaiar neste domingo (5). A Marquês de Sapucaí registrou um grande público que deixou as arquibancadas lotadas.Vila Isabel e Salgueiro se apresentaram no mesmo dia.”Ô Abre-alas que as Marchinhas vão passar! Porto da Pedra é quem vai ganhar… seu coração!” é o tema desenvolvido pelo carnavalesco Jaime Cezário. A escola trouxe cerca de 2 mil integrantes para treinar. No desfile oficial, 2.300 mil será o número de componentes da vermelho e branco de São Gonçalo.
A comissão de frente comandada por Patrick Carvalho fez um desfile representando um bloco de Carnaval. Teve Pierrot, Colombina e vários personagens da festa mais popular do Brasil. O colunista Márcio Moura acredita que foi apresentada a coreografia oficial. “Ele levantou a plateia do início ao fim, num pegada muito perigosa. Os bailarinos muito precisos, contaram a história do início dos Carnavais. Ao meu ver ele fez exatamente o que vai apresentar no desfile oficial”, observou o coreógrafo e ator.
Confira o comentário de Márcio Moura:
Entre as alas, a comunidade cantava forte as marchinhas que fazem parte do samba enredo. Alguns componentes da agremiação se destacaram pela forma apaixonada como evoluíam na avenida e chamaram a atenção do público.
Ovacionada ao entra na avenida, Lucinha Nobre, primeira porta-bandeira da agremiação, chorava descontroladamente minutos antes dos portões da passarela do samba abrirem. Consolada por amigos, se recuperou e entrou para defender o pavilhão da Porto da Pedra. Ela estava afastada do seu posto há quase um ano, queria se aposentar, mas não resistiu aos convites para voltar a defender as cores da escola.
“Eu estava muito nervosa. Faz tempo que eu estava parada e a gente perde condicionamento físico. Estou feliz com a recepção de todos.Você chegar na Avenida e ter o povo gritando o seu nome… é muito carinho.Fui mais forte do que eu pensei”, disse Lucinha, que acrescentou na dispersão: “Fiz questão de segurar a bandeira de forma tradicional. Foi uma apresentação ótima”.
O comentarista do SRzd Carnaval, Daniel Ghanem, analisou o ensaio de Lucinha Nobre e Marlon Lamar. “Foi uma apresentação centralizada, burocrática… Não cometeram erros, mas faltou emoção e explosão. Foi uma apresentação fria.
Veja apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira
O carnavalesco Jaime Cesário mostrou confiança no seu enredo. “Vai funcionar. É um enredo muito alegre justamente no momento que o Brasil está passando por um dos seus momentos mais tristes. O só não vai gostar quem quem não for feliz”.
O muso da Porto da Porto da Pedra, Fábio Alves, preparou uma surpresa para o ensaio técnico da escola de São Gonçalo. Ele fez uma performance representando o Zezé ( da marchinha ‘Cabeleireira do Zezé’ ).
Fábio acredita que a performance também é uma representação contra o preconceito. “Quero também dizer um não bem grande ao preconceito pois o Zezé e um cara enrustido e que não se solta direito por causa do medo do preconceito. Apesar do clima de brincadeira, há ainda muito preconceito contra os homens em um lugar de destaque no carnaval”, afirma.
A Ala de passistas riscou a passarela do samba com cerca de 60 integrantes. As mulheres ostentavam cabelos cacheados e crespos no estilo afro. Todas negras. Duas estavam grávidas.Uma delas conversou com a reportagem do SRzd Carnaval. Franciane Oliveira mostrava disposição carregando uma barriga de 6 meses de gestação. “Vou desfilar aqui e na Cubango, o médico já autorizou então eu vou. Não atrapalha eu vou testando os limites. Não tem problema”, tranquiliza a passista.
Na dispersão, uma passista chegou machucada. O salto quebrou, ela virou o pé, mas continuou sambando até o encerramento do treino.Chorando, a passista foi socorrida pelos colegas de ala que tentaram amenizar as dores com massagem na Apoteose.
No seu primeiro ano na direção da ala, Dani Passista revelou qual será a marca da sua apresentação. “Alegria estará em destaque. Falar de marchinha é falar de felicidade. Eu quero explosão, muito samba no pé e compromisso”.
A ala de baianas encantou o público. 35 delas vestiam roupas vermelhas e bancas rendadas. Foram super aplaudidas enquanto desfilavam. No dia do desfile oficial mais 10 se juntarão ao grupo totalizando 45 baianas.
No carro de som, o puxador da escola, Anderson Paz, avaliou o treino. “Para mim foi 8. Vamos buscar o 10 na desfile oficial. Precisamos fazer poucos ajustes. O povo tava cantando com a gente, tivemos problemas para liberação do carro de som, mas deu tudo certo”, analisou.
O diretor geral de harmonia, Amauri de Oliveira, encerrou treino dando orientações aos seus diretores. Ele avaliou o ensaio da dispersão. “A gente deu o nosso recado. O que fizemos nos ensaios de rua, fizemos aqui. Botamos a escola para brincar.Passamos com 55 minutos. Dentro do previsto. A cronometragem foi feita pela harmonia e agora vamos avaliar tudo. Dizem que somos favoritos, mas a nossa missão é mostrar que estamos prontos para o grupo especial”, finaliza.
A bateria do mestre Pablo não passou linear no ensaio. O comentário é do compositor da Mangueira e colunista do SRzd Carnaval Cadu Zugliane. “A bateria começou muito acelerada. Isso causou um probleminha dos desenhos (tamborins e caixas). No segundo box melhorou muito a dinâmica. A bateria muito acelerada da metade pra o final foi bem. É preciso observar a velocidade do samba para encaixar com as caixas e, principalmente, com os tamborins”, aconselha Zugliane.
Veja galeria de imagens da Porto da Pedra:
A Porto da Pedra foi a primeira a ensaiar neste domingo (5). A Marquês de Sapucaí registrou um grande público que deixou as arquibancadas lotadas.Vila Isabel e Salgueiro se apresentaram no mesmo dia.”Ô Abre-alas que as Marchinhas vão passar! Porto da Pedra é quem vai ganhar… seu coração!” é o tema desenvolvido pelo carnavalesco Jaime Cezário. A escola trouxe cerca de 2 mil integrantes para treinar. No desfile oficial, 2.300 mil será o número de componentes da vermelho e branco de São Gonçalo.
A comissão de frente comandada por Patrick Carvalho fez um desfile representando um bloco de Carnaval. Teve Pierrot, Colombina e vários personagens da festa mais popular do Brasil. O colunista Márcio Moura acredita que foi apresentada a coreografia oficial. “Ele levantou a plateia do início ao fim, num pegada muito perigosa. Os bailarinos muito precisos, contaram a história do início dos Carnavais. Ao meu ver ele fez exatamente o que vai apresentar no desfile oficial”, observou o coreógrafo e ator.
Confira o comentário de Márcio Moura:
Entre as alas, a comunidade cantava forte as marchinhas que fazem parte do samba enredo. Alguns componentes da agremiação se destacaram pela forma apaixonada como evoluíam na avenida e chamaram a atenção do público.
Ovacionada ao entra na avenida, Lucinha Nobre, primeira porta-bandeira da agremiação, chorava descontroladamente minutos antes dos portões da passarela do samba abrirem. Consolada por amigos, se recuperou e entrou para defender o pavilhão da Porto da Pedra. Ela estava afastada do seu posto há quase um ano, queria se aposentar, mas não resistiu aos convites para voltar a defender as cores da escola.
“Eu estava muito nervosa. Faz tempo que eu estava parada e a gente perde condicionamento físico. Estou feliz com a recepção de todos.Você chegar na Avenida e ter o povo gritando o seu nome… é muito carinho.Fui mais forte do que eu pensei”, disse Lucinha, que acrescentou na dispersão: “Fiz questão de segurar a bandeira de forma tradicional. Foi uma apresentação ótima”.
O comentarista do SRzd Carnaval, Daniel Ghanem, analisou o ensaio de Lucinha Nobre e Marlon Lamar. “Foi uma apresentação centralizada, burocrática… Não cometeram erros, mas faltou emoção e explosão. Foi uma apresentação fria.
Veja apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira
O carnavalesco Jaime Cesário mostrou confiança no seu enredo. “Vai funcionar. É um enredo muito alegre justamente no momento que o Brasil está passando por um dos seus momentos mais tristes. O só não vai gostar quem quem não for feliz”.
O muso da Porto da Porto da Pedra, Fábio Alves, preparou uma surpresa para o ensaio técnico da escola de São Gonçalo. Ele fez uma performance representando o Zezé ( da marchinha ‘Cabeleireira do Zezé’ ).
Fábio acredita que a performance também é uma representação contra o preconceito. “Quero também dizer um não bem grande ao preconceito pois o Zezé e um cara enrustido e que não se solta direito por causa do medo do preconceito. Apesar do clima de brincadeira, há ainda muito preconceito contra os homens em um lugar de destaque no carnaval”, afirma.
A Ala de passistas riscou a passarela do samba com cerca de 60 integrantes. As mulheres ostentavam cabelos cacheados e crespos no estilo afro. Todas negras. Duas estavam grávidas.Uma delas conversou com a reportagem do SRzd Carnaval. Franciane Oliveira mostrava disposição carregando uma barriga de 6 meses de gestação. “Vou desfilar aqui e na Cubango, o médico já autorizou então eu vou. Não atrapalha eu vou testando os limites. Não tem problema”, tranquiliza a passista.
Na dispersão, uma passista chegou machucada. O salto quebrou, ela virou o pé, mas continuou sambando até o encerramento do treino.Chorando, a passista foi socorrida pelos colegas de ala que tentaram amenizar as dores com massagem na Apoteose.
No seu primeiro ano na direção da ala, Dani Passista revelou qual será a marca da sua apresentação. “Alegria estará em destaque. Falar de marchinha é falar de felicidade. Eu quero explosão, muito samba no pé e compromisso”.
A ala de baianas encantou o público. 35 delas vestiam roupas vermelhas e bancas rendadas. Foram super aplaudidas enquanto desfilavam. No dia do desfile oficial mais 10 se juntarão ao grupo totalizando 45 baianas.
No carro de som, o puxador da escola, Anderson Paz, avaliou o treino. “Para mim foi 8. Vamos buscar o 10 na desfile oficial. Precisamos fazer poucos ajustes. O povo tava cantando com a gente, tivemos problemas para liberação do carro de som, mas deu tudo certo”, analisou.
O diretor geral de harmonia, Amauri de Oliveira, encerrou treino dando orientações aos seus diretores. Ele avaliou o ensaio da dispersão. “A gente deu o nosso recado. O que fizemos nos ensaios de rua, fizemos aqui. Botamos a escola para brincar.Passamos com 55 minutos. Dentro do previsto. A cronometragem foi feita pela harmonia e agora vamos avaliar tudo. Dizem que somos favoritos, mas a nossa missão é mostrar que estamos prontos para o grupo especial”, finaliza.
A bateria do mestre Pablo não passou linear no ensaio. O comentário é do compositor da Mangueira e colunista do SRzd Carnaval Cadu Zugliane. “A bateria começou muito acelerada. Isso causou um probleminha dos desenhos (tamborins e caixas). No segundo box melhorou muito a dinâmica. A bateria muito acelerada da metade pra o final foi bem. É preciso observar a velocidade do samba para encaixar com as caixas e, principalmente, com os tamborins”, aconselha Zugliane.