AMPAS expulsa Harvey Weinstein

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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) anunciou a expulsão de Harvey Weinstein. A decisão foi tomada no último sábado, dia 14, durante uma reunião de emergência realizada pela diretoria da instituição em sua sede em Los Angeles – o conselho é formado por […]

POR Ana Carolina Garcia15/10/2017|4 min de leitura

AMPAS expulsa Harvey Weinstein
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) anunciou a expulsão de Harvey Weinstein. A decisão foi tomada no último sábado, dia 14, durante uma reunião de emergência realizada pela diretoria da instituição em sua sede em Los Angeles – o conselho é formado por 54 membros, entre eles, Steven Spielberg, Tom Hanks, Whoopi Goldberg, Laura Dern e Kathleen Kennedy.

 

“O conselho diretor da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas se reuniu hoje para discutir as acusações contra Harvey Weinstein, e decidiu expulsá-lo da Academia, com um número de votos que excedeu os dois terços requeridos pela moção. Nós não simplesmente nos separamos de alguém que não merece o respeito de seus colegas, como também enviamos a mensagem de que a era de ignorância intencional e vergonhosa cumplicidade em relação ao comportamento dos predadores sexuais e assédio nos locais de trabalho em nossa indústria chegou ao fim. O que está em questão aqui é um problema profundamente perturbador que não pode fazer parte da sociedade. A diretoria continuará a trabalhar para estabelecer padrões éticos de conduta que todos os membros da Academia deverão seguir”, disse a AMPAS em comunicado oficial.

 

De acordo com o The Hollywood Reporter, a expulsão de Harvey Weinstein coloca a Academia no olho do furacão de mais uma polêmica numa época em que a instituição busca a serenidade após as críticas referentes às edições passadas, principalmente no que tange à diversidade de membros e indicados ao Oscar. Isso porque a opinião pública americana já cobra que a mesma medida seja adotada em relação a outros membros acusados de assédio sexual e/ou estupro, como Roman Polanski e Bill Cosby. Ou seja, o mandato de John Bailey promete ser mais conturbado que o de sua antecessora, Cheryl Boone Isaacs.

 

Um dos nomes mais poderosos do showbusiness americano, Harvey Weinstein se tornou manchete por representar o lado mais obscuro de Hollywood. Investigado nos Estados Unidos e na Inglaterra, o produtor é acusado de assédio sexual e estupro por diversas mulheres, inclusive atrizes como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, ambas ganhadoras do Oscar e membros de famílias respeitadas na indústria hollywoodiana. A diferença entre elas é que Paltrow venceu a estatueta dourada em 1999 por um título produzido pela Miramax, a antiga companhia dos irmãos Bob e Harvey Weinstein, “Shakespeare Apaixonado” (Shakespeare in Love – 1998). Dirigido por John Madden, o longa é um dos exemplos da força dos Weinstein nos bastidores de Hollywood.

 

O Oscar 1999 ficou marcado como uma edição controversa, sobretudo pela ação dos Weinstein, que investiram cifras astronômicas nas campanhas de “Shakespeare Apaixonado” e “A Vida é Bela” (La vita è bela – 1997), produção italiana distribuída pela Miramax. Naquele ano, o clima pesado ficou evidente após o anúncio da categoria de melhor filme, que tinha “O Resgate do Soldado Ryan” (Saving Private Ryan – 1998) como franco favorito. O episódio rendeu críticas ao então presidente da AMPAS, Robert Rehme, que já estava numa situação desconfortável por manter sua decisão em homenagear Elia Kazan com um Oscar honorário – um dos delatores do macarthismo, Kazan não obteve o perdão de seus colegas e foi desprezado ao subir ao palco do Dorothy Chandler Pavilion.

 

Desde a publicação da reportagem do “The New York Times” na semana passada, Harvey Weinstein desceu do topo da indústria para o limbo. A cada dia aumenta o número de mulheres que relatam terem sofrido abusos do magnata que agora também enfrenta um processo de divórcio devido ao escândalo que abalou as estruturas de Hollywood. Internado numa clínica de reabilitação para viciados em sexo, Weinstein foi demitido há alguns dias pelo próprio irmão, Bob, de sua companhia, a The Weinstein Company, fundada em 2005 após a saída da dupla da Miramax.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) anunciou a expulsão de Harvey Weinstein. A decisão foi tomada no último sábado, dia 14, durante uma reunião de emergência realizada pela diretoria da instituição em sua sede em Los Angeles – o conselho é formado por 54 membros, entre eles, Steven Spielberg, Tom Hanks, Whoopi Goldberg, Laura Dern e Kathleen Kennedy.

 

“O conselho diretor da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas se reuniu hoje para discutir as acusações contra Harvey Weinstein, e decidiu expulsá-lo da Academia, com um número de votos que excedeu os dois terços requeridos pela moção. Nós não simplesmente nos separamos de alguém que não merece o respeito de seus colegas, como também enviamos a mensagem de que a era de ignorância intencional e vergonhosa cumplicidade em relação ao comportamento dos predadores sexuais e assédio nos locais de trabalho em nossa indústria chegou ao fim. O que está em questão aqui é um problema profundamente perturbador que não pode fazer parte da sociedade. A diretoria continuará a trabalhar para estabelecer padrões éticos de conduta que todos os membros da Academia deverão seguir”, disse a AMPAS em comunicado oficial.

 

De acordo com o The Hollywood Reporter, a expulsão de Harvey Weinstein coloca a Academia no olho do furacão de mais uma polêmica numa época em que a instituição busca a serenidade após as críticas referentes às edições passadas, principalmente no que tange à diversidade de membros e indicados ao Oscar. Isso porque a opinião pública americana já cobra que a mesma medida seja adotada em relação a outros membros acusados de assédio sexual e/ou estupro, como Roman Polanski e Bill Cosby. Ou seja, o mandato de John Bailey promete ser mais conturbado que o de sua antecessora, Cheryl Boone Isaacs.

 

Um dos nomes mais poderosos do showbusiness americano, Harvey Weinstein se tornou manchete por representar o lado mais obscuro de Hollywood. Investigado nos Estados Unidos e na Inglaterra, o produtor é acusado de assédio sexual e estupro por diversas mulheres, inclusive atrizes como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, ambas ganhadoras do Oscar e membros de famílias respeitadas na indústria hollywoodiana. A diferença entre elas é que Paltrow venceu a estatueta dourada em 1999 por um título produzido pela Miramax, a antiga companhia dos irmãos Bob e Harvey Weinstein, “Shakespeare Apaixonado” (Shakespeare in Love – 1998). Dirigido por John Madden, o longa é um dos exemplos da força dos Weinstein nos bastidores de Hollywood.

 

O Oscar 1999 ficou marcado como uma edição controversa, sobretudo pela ação dos Weinstein, que investiram cifras astronômicas nas campanhas de “Shakespeare Apaixonado” e “A Vida é Bela” (La vita è bela – 1997), produção italiana distribuída pela Miramax. Naquele ano, o clima pesado ficou evidente após o anúncio da categoria de melhor filme, que tinha “O Resgate do Soldado Ryan” (Saving Private Ryan – 1998) como franco favorito. O episódio rendeu críticas ao então presidente da AMPAS, Robert Rehme, que já estava numa situação desconfortável por manter sua decisão em homenagear Elia Kazan com um Oscar honorário – um dos delatores do macarthismo, Kazan não obteve o perdão de seus colegas e foi desprezado ao subir ao palco do Dorothy Chandler Pavilion.

 

Desde a publicação da reportagem do “The New York Times” na semana passada, Harvey Weinstein desceu do topo da indústria para o limbo. A cada dia aumenta o número de mulheres que relatam terem sofrido abusos do magnata que agora também enfrenta um processo de divórcio devido ao escândalo que abalou as estruturas de Hollywood. Internado numa clínica de reabilitação para viciados em sexo, Weinstein foi demitido há alguns dias pelo próprio irmão, Bob, de sua companhia, a The Weinstein Company, fundada em 2005 após a saída da dupla da Miramax.

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