Neste domingo (8) a advogada Amanda Larêdo, de 24 anos, viralizou no Twitter ao expor um caso de discriminação política por parte de um motorista do Uber.
Ela, que também é assessora parlamentar da vereadora Livia Duarte (PSOL), esteve presente, no último sábado, no Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores em Belém, no Pará, para acompanhar a transmissão do evento que marcou o lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.
Após o evento, ela estava acompanhada de dois amigos que se dirigiram a um restaurante em um bairro distante da sede do partido. Para retornar para casa, a advogada solicitou um Uber que passou direto do ponto de embarque e se recusou a realizar a corrida. Ao questionar o motorista, Amanda recebeu uma resposta inesperada: “não levo petista”. Em seguida, ele cancelou a corrida.
“Eu vestia uma camisa vermelha, mas não estava com nenhum adereço que associasse à minha posição política. Estava com dois amigos e um deles vestia a camisa com o rosto de Lula, mas o carro era apenas para mim. Precisava do carro, mas não da humilhação por uma presunção de que eu seria petista. Não sou filiada a nenhum partido”, disse ela em entrevista ao Jornal O Globo.
A advogada expôs o caso nas redes sociais e ganhou repercussão. “AO VIVO! A Uber Brasil não leva petista. O Francisco Adriano deve preferir ir colocar gasolina a 8 reais a me levar em casa”, escreveu ela no tweet em que expôs o print da conversa.
Ela contou também que já entrou em contato com a plataforma para relatar o caso. Em resposta, o Uber respondeu que irá “irá tomar as medidas necessárias para que isso não volte a acontecer”. Para Amanda, a resposta não foi o suficiente e ela prometeu entrar com uma ação judicial contra o aplicativo por se tratar de uma violação ao direito do consumidor. A assessora afirmou ainda que não é filiada a nenhum partido político.
“É inaceitável recusar um passageiro por preferências políticas. Na hora fiquei sem palavras, não esperava. Meu amigo que me lembrou de printar. Hoje penso que poderia ter sido pior, imagina o que ele (o motorista) poderia ter feito comigo sozinha dentro do carro. Foi um livramento”, finalizou.
Leia também: