Após Bolsonaro fazer gesto de supremacistas brancos, Eduardo posta imagem de Tais Araújo e Lázaro Ramos
Na noite da última quinta-feira (28), durante uma live presidencial, Jair Bolsonaro mais uma vez chamou atenção ao tomar um copo de leite puro. O gesto, de acordo com pesquisadores, tem uma correlação com movimentos neonazistas, que adotam a prática como símbolo de supremacia racial. O presidente, no entanto, estaria cumprindo um desafio da Associação […]
POR Redação SRzd30/05/2020|3 min de leitura
Na noite da última quinta-feira (28), durante uma live presidencial, Jair Bolsonaro mais uma vez chamou atenção ao tomar um copo de leite puro.
O gesto, de acordo com pesquisadores, tem uma correlação com movimentos neonazistas, que adotam a prática como símbolo de supremacia racial.
O presidente, no entanto, estaria cumprindo um desafio da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Apesar disso, ele não ”desafia” ninguém a participar do movimento quebrando a corrente do que estaria realizando.
O assunto ganhou um novo capítulo neste sábado (30) através do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro. Ele resgatou no Twitter uma campanha publicitária em que os atores negros Lázaro Ramos e Taís Araújo de uma empresa de leite.
Além de Bolsonaro, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos também apareceu em transmissão no canal Terça Livre exibindo um copo de leite e repetindo o gesto de Bolsonaro. “Entendedores entenderão”, disse o blogueiro.
Allan é investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura disseminação de fake news e ataques contra autoridades e instituições democráticas.
Repercussão na internet
Nas redes sociais, o gesto de Bolsonaro repercutiu. O antropólogo David Nemer postou em sua conta do twitter que “o extremismo do Bolsonarismo é tão tosco que eles apropriam tudo da Alt Right (extremistas brancos americanos) e com atraso – já que isso começou nos EUA em 2017”, declarou.
Ainda de acordo com o pesquisador, “Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em pessoas brancas do que em outros – a capacidade de digerir lactose quando adultos. É uma tentativa racista para se embasar em ‘ciência’ para diferenciar e justificar a ‘raça branca’. Mas como já provado e explicado por toda ciência: Não há evidência genética para apoiar qualquer ideologia racista. O que há, é na verdade, um governo tosco e motivado pelo ódio”, pontuou Nemer.
Na noite da última quinta-feira (28), durante uma live presidencial, Jair Bolsonaro mais uma vez chamou atenção ao tomar um copo de leite puro.
O gesto, de acordo com pesquisadores, tem uma correlação com movimentos neonazistas, que adotam a prática como símbolo de supremacia racial.
O presidente, no entanto, estaria cumprindo um desafio da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Apesar disso, ele não ”desafia” ninguém a participar do movimento quebrando a corrente do que estaria realizando.
O assunto ganhou um novo capítulo neste sábado (30) através do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro. Ele resgatou no Twitter uma campanha publicitária em que os atores negros Lázaro Ramos e Taís Araújo de uma empresa de leite.
Além de Bolsonaro, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos também apareceu em transmissão no canal Terça Livre exibindo um copo de leite e repetindo o gesto de Bolsonaro. “Entendedores entenderão”, disse o blogueiro.
Allan é investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura disseminação de fake news e ataques contra autoridades e instituições democráticas.
Repercussão na internet
Nas redes sociais, o gesto de Bolsonaro repercutiu. O antropólogo David Nemer postou em sua conta do twitter que “o extremismo do Bolsonarismo é tão tosco que eles apropriam tudo da Alt Right (extremistas brancos americanos) e com atraso – já que isso começou nos EUA em 2017”, declarou.
Ainda de acordo com o pesquisador, “Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em pessoas brancas do que em outros – a capacidade de digerir lactose quando adultos. É uma tentativa racista para se embasar em ‘ciência’ para diferenciar e justificar a ‘raça branca’. Mas como já provado e explicado por toda ciência: Não há evidência genética para apoiar qualquer ideologia racista. O que há, é na verdade, um governo tosco e motivado pelo ódio”, pontuou Nemer.