Mudança na agenda do presidente Michel Temer que passaria o feriado em São Paulo. Ele desistiu da viagem e decidiu ficar em Brasília. Da agenda não constam compromissos oficiais.
Em meio à crise causada pela prisão de amigos e empresários com os quais tinha ligação, o presidente convocou o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira para uma reunião no Palácio da Alvorada. A a expectativa é de que Temer se encontre com políticos e assessores nos próximos dias para avaliar os impactos das prisões.
A Polícia Federal prendeu, em caráter temporário nesta quinta-feira (29), o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República. As medidas foram determinadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Yunes, foram presos o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, e o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco.
A empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário, foi detida em seu apartamento, no Rio de Janeiro.
O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio do ano passado. O STF
apura se Temer recebia vantagens indevidas em troca de leis e medidas provisórias.
A expectativa é que uma terceira denúncia contra o presidente possa ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias. Michel Temer já foi alvo de outras duas denúncias, ambas com andamento suspenso por decisão da Câmara dos Deputados.