Paraná. O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão nesta quinta-feira (13) pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Paraná.
A pena de Guaranho será cumprida inicialmente em regime fechado. O réu, que já cumpria prisão domiciliar desde setembro de 2024, pode recorrer da sentença. O julgamento, realizado no Tribunal do Júri de Curitiba, contou com diversos depoimentos e durou três dias, sendo presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler.
A magistrada destacou o uso de uma arma da União no crime e mencionou a crescente intolerância política no país, lembrando que o dia 9 de julho foi instituído como o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política e de Promoção da Tolerância Democrática em homenagem ao assassinato de Arruda. Guaranho, por sua vez, alegou que agiu em legítima defesa e refutou que o crime tenha motivação política.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 9 de julho de 2022, durante uma festa de aniversário temática do presidente Lula e do PT, quando Guaranho, após uma discussão com a vítima, retornou armado e disparou contra Arruda.
Arruda, que deixou quatro filhos, foi baleado e faleceu na madrugada seguinte ao ataque. Guaranho, após o crime, foi agredido por presentes na festa e, após atendimento médico, foi encaminhado ao sistema prisional. O homicídio foi classificado como duplamente qualificado, com motivo torpe e perigo comum.
