Associações de doenças raras responsabilizam ex-ministro pela mortes de dezenas de pacientes
A Aliança Rara, que reuni dezenas de associações e grupos de ajuda a pacientes com doenças raras e seus familiares, publicou uma nota de repúdio ao ex-ministro da Saúde do Governo Temer, Ricardo Barros, atual líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, por suas declarações na CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, aonde foi […]
PORCheryl Berno12/8/2021|
2 min de leitura
Ricardo Barros. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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A Aliança Rara, que reuni dezenas de associações e grupos de ajuda a pacientes com doenças raras e seus familiares, publicou uma nota de repúdio ao ex-ministro da Saúde do Governo Temer, Ricardo Barros, atual líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, por suas declarações na CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, aonde foi chamado a depor tendo em vista os crimes que estão sendo apurados pelo atraso na compra das vacinas de COVID 19 e em tentativas de contratos superfaturados, em prejuízo dos cofres públicos. O Governo decretou sigilo de 100 anos no processo de compra da vacina Covaxin, de R$ 1,6 bilhão, o que foi criticado por deputados e senadores da Comissão Parlamentar. O valor chegou a ser reservado para pagamento, mas o negócio parou após suspeitas de fraude.
Diz a nota que “os atrasos nos processos de vários tipos de medicamentos realmente foram algo que trouxe economia, já que várias pessoas que tomavam medicamento de alto custo faleceram. Quanta ironia: O Ministro da Saúde economizou com MORTES!” E continua: “os raros que sobreviveram a esse período tenebroso do Sr. Ricardo Barros, do PP- Partido Progressista do Paraná, à frente do ministério carregam profundas sequelas emocionais”. O líder do Governo Bolsonaro acusou os advogados e doentes crônicos de fazerem um “conluio” para conseguirem medicamentos perante o Poder Judiciário, criticou ainda o programa Profissão Repórter, da Rede Globo, de levar ao ar um programa sobre as doenças raras na véspera de seu depoimento na CPI, a Anvisa e a empresa Sanofi no caso do escândalo da Global Saúde, que recebeu do Governo e não entregou os medicamentos em sua gestão como ministro.
O ex-ministro da saúde, Ricardo Barros, que não é médico, responde a vários processos por corrupção e foi acusado pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) de irregularidades na compra da vacina Covaxin. Miranda e o irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, foram ouvidos na CPI da Covid, que convidou o líder do Governo a depor para maiores esclarecimentos. A CPI foi encerrada depois de muito bate-boca e Ricardo Barros deverá ser convocado novamente como investigado porque os senadores disseram que ele mentiu: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/08/12/senadores-avaliam-que-deputado-ricardo-barros-mentiu-a-cpi
Leia a nota de repúdio da Aliança Rara na íntegra:
A Aliança Rara, que reuni dezenas de associações e grupos de ajuda a pacientes com doenças raras e seus familiares, publicou uma nota de repúdio ao ex-ministro da Saúde do Governo Temer, Ricardo Barros, atual líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, por suas declarações na CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, aonde foi chamado a depor tendo em vista os crimes que estão sendo apurados pelo atraso na compra das vacinas de COVID 19 e em tentativas de contratos superfaturados, em prejuízo dos cofres públicos. O Governo decretou sigilo de 100 anos no processo de compra da vacina Covaxin, de R$ 1,6 bilhão, o que foi criticado por deputados e senadores da Comissão Parlamentar. O valor chegou a ser reservado para pagamento, mas o negócio parou após suspeitas de fraude.
Diz a nota que “os atrasos nos processos de vários tipos de medicamentos realmente foram algo que trouxe economia, já que várias pessoas que tomavam medicamento de alto custo faleceram. Quanta ironia: O Ministro da Saúde economizou com MORTES!” E continua: “os raros que sobreviveram a esse período tenebroso do Sr. Ricardo Barros, do PP- Partido Progressista do Paraná, à frente do ministério carregam profundas sequelas emocionais”. O líder do Governo Bolsonaro acusou os advogados e doentes crônicos de fazerem um “conluio” para conseguirem medicamentos perante o Poder Judiciário, criticou ainda o programa Profissão Repórter, da Rede Globo, de levar ao ar um programa sobre as doenças raras na véspera de seu depoimento na CPI, a Anvisa e a empresa Sanofi no caso do escândalo da Global Saúde, que recebeu do Governo e não entregou os medicamentos em sua gestão como ministro.
O ex-ministro da saúde, Ricardo Barros, que não é médico, responde a vários processos por corrupção e foi acusado pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) de irregularidades na compra da vacina Covaxin. Miranda e o irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, foram ouvidos na CPI da Covid, que convidou o líder do Governo a depor para maiores esclarecimentos. A CPI foi encerrada depois de muito bate-boca e Ricardo Barros deverá ser convocado novamente como investigado porque os senadores disseram que ele mentiu: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/08/12/senadores-avaliam-que-deputado-ricardo-barros-mentiu-a-cpi
Leia a nota de repúdio da Aliança Rara na íntegra: