A CNI, Confederação Nacional da Indústria, elevou o tom e passou a repudiar o fechamento das vias por manifestantes pró-Bolsonaro desde o último domingo (30).
“O setor industrial se posiciona contrariamente a qualquer movimento que comprometa a livre circulação de trabalhadores e o transporte de cargas, e que provoque prejuízos diretos no processo produtivo e na vida dos cidadãos”, informou a entidade em nota.
Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo não opinou sobre as manifestações, mas afirmou que as perdas no setor podem superar as de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. O prejuízo diário estimado do varejo pela entidade é de R$ 1,8 bilhão.
Reduto bolsonarista, Santa Catarina, através do governo estadual, estima prejuízo de até R$ 36,8 milhões por dia nos setores de suínos e aves por conta dos bloqueios de estradas e rodovias.
O estado lidera a quantidade de vias total ou parcialmente interditadas, com 36 ocorrências, segundo última atualização da Polícia Rodoviária Federal. Santa Catarina foi, proporcionalmente, o quarto estado que mais votou em Bolsonaro. O presidente teve 69,3% dos votos válidos, contra 30,7% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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