Bienal do Livro deve atrair 700 mil visitantes em São Paulo

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A Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou nesta sexta-feira (3) na capital paulista com expectativa de atrair 700 mil pessoas durante os dez dias do evento, mesmo público do ano passado. Em sua vigésima quinta edição, traz 197 expositores ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, em uma área de 75 mil metros quadrados. […]

POR Redação SRzd04/08/2018|3 min de leitura

Bienal do Livro deve atrair 700 mil visitantes em São Paulo

25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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A Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou nesta sexta-feira (3) na capital paulista com expectativa de atrair 700 mil pessoas durante os dez dias do evento, mesmo público do ano passado.

Em sua vigésima quinta edição, traz 197 expositores ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, em uma área de 75 mil metros quadrados.

A atual edição da Bienal, cujo investimento girou em torno de R$ 32 milhões, espera ajudar a reverter a retração do mercado editoral estimada em 25% nos últimos 10 anos.

João Scortecci, diretor editorial da Associação da Indústria Gráfica (Aigraf-SP), disse que setor enfrentou momentos difíceis na última década.

“As editoras começaram a diminuir as tiragens, não fazer todos os títulos e, principalmente, não imprimir a reedição, que é muito importante para o mercado, pois os custos de produção da obra são absorvidos na edição anterior”, explicou.

+ Livrarias segmentadas

A situação econômica do país, com redução de consumo e diminuição na compra de livros didáticos por parte do governo, foram fatores que contribuíram para o cenário negativo, na avaliação de Scortecci. Desde 2017, o número de gráficas reduziu de 22 mil para 18 mil.

O diretor da Aigraf acredita que o modelo atual de grandes livrarias deve acabar no futuro. “As megalojas em shoppings não têm como se sustentar, são espaços muito caros. Então, precisamos fazer o que aconteceu na França e outros países, a volta das livrarias segmentadas de pequeno porte. Em Paris, os editores se tornaram donos das livrarias e tiveram resultados muito melhores. O mercado está se reinventando”, disse.

Para ele, a moda do livro eletrônico passou e a mudança de tecnologia não contribuiu para a queda nas vendas de livros. “O que está faltando são leitores, as pessoas não estão lendo. O mundo digital influenciou da seguinte forma, antes de você pegar um livro, vai para o Facebook. Isso acaba desviando o foco do leitor”, avaliou.

+ Leitores

Apesar das redes sociais, alguns leitores jovens como Lívia Figueiredo Soares, 11 anos, persistem. Ela tem uma prateleira de livros só seus em casa e visita a Bienal com objetivo de ampliar a coleção. “Meu livro favorito é Querido diário otário, estou querendo completar a coleção porque eu ainda não li todos”, disse. A mãe, Daniela Figueiredo, 30 anos, analista de comércio exterior, incentiva a leitura da filha. “Gosto de romance, aventura, história de época. Leio de dois a três livros por mês”, disse.

Daniele Santos Lima, 30 anos, professora, outra apaixonada por livros, gostou dos preços e das opções de obras na Bienal. “Eu gosto mais de literatura de ficção científica. Como estou terminando a pós-graduação, tenho lido poucos livros. Mas costumava ler 10 livros por ano”.

* Fonte: Agência Brasil

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou nesta sexta-feira (3) na capital paulista com expectativa de atrair 700 mil pessoas durante os dez dias do evento, mesmo público do ano passado.

Em sua vigésima quinta edição, traz 197 expositores ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, em uma área de 75 mil metros quadrados.

A atual edição da Bienal, cujo investimento girou em torno de R$ 32 milhões, espera ajudar a reverter a retração do mercado editoral estimada em 25% nos últimos 10 anos.

João Scortecci, diretor editorial da Associação da Indústria Gráfica (Aigraf-SP), disse que setor enfrentou momentos difíceis na última década.

“As editoras começaram a diminuir as tiragens, não fazer todos os títulos e, principalmente, não imprimir a reedição, que é muito importante para o mercado, pois os custos de produção da obra são absorvidos na edição anterior”, explicou.

+ Livrarias segmentadas

A situação econômica do país, com redução de consumo e diminuição na compra de livros didáticos por parte do governo, foram fatores que contribuíram para o cenário negativo, na avaliação de Scortecci. Desde 2017, o número de gráficas reduziu de 22 mil para 18 mil.

O diretor da Aigraf acredita que o modelo atual de grandes livrarias deve acabar no futuro. “As megalojas em shoppings não têm como se sustentar, são espaços muito caros. Então, precisamos fazer o que aconteceu na França e outros países, a volta das livrarias segmentadas de pequeno porte. Em Paris, os editores se tornaram donos das livrarias e tiveram resultados muito melhores. O mercado está se reinventando”, disse.

Para ele, a moda do livro eletrônico passou e a mudança de tecnologia não contribuiu para a queda nas vendas de livros. “O que está faltando são leitores, as pessoas não estão lendo. O mundo digital influenciou da seguinte forma, antes de você pegar um livro, vai para o Facebook. Isso acaba desviando o foco do leitor”, avaliou.

+ Leitores

Apesar das redes sociais, alguns leitores jovens como Lívia Figueiredo Soares, 11 anos, persistem. Ela tem uma prateleira de livros só seus em casa e visita a Bienal com objetivo de ampliar a coleção. “Meu livro favorito é Querido diário otário, estou querendo completar a coleção porque eu ainda não li todos”, disse. A mãe, Daniela Figueiredo, 30 anos, analista de comércio exterior, incentiva a leitura da filha. “Gosto de romance, aventura, história de época. Leio de dois a três livros por mês”, disse.

Daniele Santos Lima, 30 anos, professora, outra apaixonada por livros, gostou dos preços e das opções de obras na Bienal. “Eu gosto mais de literatura de ficção científica. Como estou terminando a pós-graduação, tenho lido poucos livros. Mas costumava ler 10 livros por ano”.

* Fonte: Agência Brasil

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