O presidente Jair Bolsonaro chamou de “atos terroristas” os protestos que têm ocorrido no Chile, que começaram na semana passada e já deixaram 18 mortos e 535 feridos, além de 2.410 detidos. As manifestações ocorrem desde sexta-feira (18), quando o governo chileno anunciou um reajuste na tarifa do metrô, que posteriormente foi suspenso.
“O problema do Chile foi gravíssimo. Aquilo não é manifestação, nem reivindicação. São atos terroristas”, disse na noite de quinta-feira (24) em Pequim, onde se encontra com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta sexta-feira (25).
Bolsonaro voltou a afirmar que tem conversado com o mistério da Defesa, caso ocorra episódios similares no Brasil: “As tropas tem que estar preparadas para fazer a manutenção da lei e da ordem”.
No Chile, o presidente Sebastian Piñera mobilizou as Forças Armadas para reprimir as manifestações, o que não ocorrida desde o final da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Jair Bolsonaro falou que possui “informes de possíveis reuniões de atos preparatórios para manifestações não legais”, mas não especificou quais são esses protestos, quem são os responsáveis e quando aconteceriam.
“Tem manifestações que são legais, tudo bem. Quando você reivindica respeitando o direito do próximo”, afirmou, durante conversa com jornalistas.
Bolsonaro anuncia isenção de visto para chineses
O presidente Jair Bolsonaro disse, durante sua viagem à China, que o governo vai isentar os pedidos de visto para a entrada de chineses no Brasil. Ainda não há uma data definida para a entrada em vigor da medida, e o governo não disse se vai haver reciprocidade do procedimento para os brasileiros que queiram viajar para a China.
Atualmente, 60 mil chineses visitam o Brasil por ano. O foco da isenção será lazer e negócios. De acordo com a Embratur, a China é o país com maior número de turistas viajando pelo mundo, com cerca de 141 milhões de chineses viajando ao exterior anualmente. A estimativa é de que, em 2030, sejam mais de 300 milhões de chineses viajando anualmente.