O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar na manhã neste sábado (16) as medidas de isolamento social adotadas por governadores para conter o avanço do Covid-19 no Brasil que já causou 14.962 mortes.
Segundo o ocupante do Planalto, “o desemprego, a fome e a miséria será o futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total”.
Bolsonaro promoveu, durante a semana, uma verdadeira cruzada contra os governadores que apoiam as medidas de isolamento social, chegando ao ponto de fazer um decreto incluindo salões de beleza, academias e barbearias como atividades essenciais.
Os governadores negaram a reabertura dos serviços, baseando-se na decisão do STF que garante autonomia a prefeitos e governadores determinarem medidas para o enfrentamento ao Coronavírus repercutiu entre os senadores.
Na sexta-feira (15), o médico Nelson Teich, que ocupou o Ministério da Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta, pediu demissão do cargo. O ex-ministro deixou o cargo devido às divergências entre ele e Bolsonaro quanto o combate da Covid-19.
Assim como Mandetta, Teich não era favorável ao uso da cloroquina no tratamento inicial do coronavírus e ao relaxamento do isolamento social como formas de enfrentar o contágio do vírus. Os posicionamentos são os opostos ao presidente da República — ele ainda defende o isolamento vertical e o medicamento para o tratamento da doença, mesmo sem comprovação científica.