Inteligência artificial. Um novo fenômeno tem ganhado destaque na internet e movimentado o mercado de conteúdo adulto: as chamadas IAs do job ou garotas do job. Trata-se de mulheres virtuais criadas por meio de inteligência artificial (IA) para produzir fotos e vídeos sensuais ou explícitos, que são comercializados em plataformas como OnlyFans, Privacy e Fanvue. […]
PORRedação SRzd23/3/2025|
4 min de leitura
| Siga-nos
Inteligência artificial. Um novo fenômeno tem ganhado destaque na internet e movimentado o mercado de conteúdo adulto: as chamadas IAs do job ou garotas do job. Trata-se de mulheres virtuais criadas por meio de inteligência artificial (IA) para produzir fotos e vídeos sensuais ou explícitos, que são comercializados em plataformas como OnlyFans, Privacy e Fanvue. O tema, que ganhou força no TikTok e em outras redes sociais, já rende lucros significativos para alguns criadores, além de impulsionar a venda de cursos que ensinam como entrar nesse mercado.
Elaine Pasdiora, de Porto Velho (RO), faturou mais de R$ 20 mil entre janeiro e março de 2025 com suas IAs do job, principalmente vendendo cursos sobre o tema. A expressão, popular nas redes sociais, refere-se à criação de personagens virtuais para conteúdo adulto. Apesar do crescimento do nicho, especialistas alertam para golpes e frustrações, já que o lucro não é garantido.
Para criar as garotas do job, os desenvolvedores utilizam sites específicos que permitem gerar imagens e vídeos de pessoas nuas ou em cenas de sexo. Algumas plataformas oferecem modelos prontos, enquanto outras permitem personalizações mais avançadas, como ajustes de poses, movimentos e até sincronização de áudio. Ferramentas como o ChatGPT são usadas para criar comandos mais precisos em inglês, ampliando as possibilidades de customização.
Após a criação, os desenvolvedores montam perfis no Instagram para divulgar as garotas do job, funcionando como uma vitrine para atrair assinantes. Os conteúdos explícitos são disponibilizados em plataformas pagas, onde os interessados precisam assinar planos mensais, geralmente em dólar ou euro.
O público consumidor desse tipo de conteúdo é majoritariamente composto por homens acima de 40 anos, estrangeiros (especialmente dos EUA, Índia e Paquistão) e pessoas com dificuldades em se relacionar. No entanto, a maioria das garotas do job segue um padrão estético específico: mulheres brancas, com corpos considerados dentro dos padrões de beleza convencionais.
Essa falta de diversidade tem sido criticada por especialistas, que apontam para a perpetuação de estereótipos. Cleber Zanchettin, especialista em IA e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que a indústria de conteúdo adulto gerado por inteligência artificial é um segmento em expansão. “As próprias empresas do setor pornográfico estão investindo no treinamento de modelos para criar pornografia personalizada e interativa”, afirma.
Apesar do potencial lucrativo, questões éticas e legais ainda são um desafio. Em dezembro de 2024, o Senado brasileiro aprovou um projeto para regulamentar o uso de IA no país, mas a proposta ainda está em debate. Elaine Pasdiora, uma das criadoras de IAs do job, afirma se preocupar com a ética do negócio e evita práticas ilegais, como a manipulação de fotos de pessoas reais.
A popularização do tema levou ao surgimento de diversos cursos que prometem ensinar como ganhar dinheiro com as IAs do job. Os preços variam de R$ 30 a R$ 500, e muitos prometem retornos financeiros rápidos. No entanto, Elaine e outros criadores alertam que o sucesso não é imediato e que muitas pessoas desistem devido à demora em obter resultados.
Especialistas acreditam que o mercado de conteúdo adulto gerado por IA tende a crescer nos próximos anos, impulsionado pela evolução das tecnologias de inteligência artificial. Diogo Cortiz, professor da PUC-SP e especialista em IA, ressalta que a qualidade das criações tem melhorado rapidamente. “O que era tosco há um ano já não é mais agora”, afirma.
Plataformas como OnlyFans e Privacy permitem conteúdos gerados por IA, desde que os criadores informem o uso da tecnologia. No entanto, há tentativas de burlar sistemas de verificação, levantando preocupações sobre fraudes e a necessidade de mais regulamentação.
Inteligência artificial. Um novo fenômeno tem ganhado destaque na internet e movimentado o mercado de conteúdo adulto: as chamadas IAs do job ou garotas do job. Trata-se de mulheres virtuais criadas por meio de inteligência artificial (IA) para produzir fotos e vídeos sensuais ou explícitos, que são comercializados em plataformas como OnlyFans, Privacy e Fanvue. O tema, que ganhou força no TikTok e em outras redes sociais, já rende lucros significativos para alguns criadores, além de impulsionar a venda de cursos que ensinam como entrar nesse mercado.
Elaine Pasdiora, de Porto Velho (RO), faturou mais de R$ 20 mil entre janeiro e março de 2025 com suas IAs do job, principalmente vendendo cursos sobre o tema. A expressão, popular nas redes sociais, refere-se à criação de personagens virtuais para conteúdo adulto. Apesar do crescimento do nicho, especialistas alertam para golpes e frustrações, já que o lucro não é garantido.
Para criar as garotas do job, os desenvolvedores utilizam sites específicos que permitem gerar imagens e vídeos de pessoas nuas ou em cenas de sexo. Algumas plataformas oferecem modelos prontos, enquanto outras permitem personalizações mais avançadas, como ajustes de poses, movimentos e até sincronização de áudio. Ferramentas como o ChatGPT são usadas para criar comandos mais precisos em inglês, ampliando as possibilidades de customização.
Após a criação, os desenvolvedores montam perfis no Instagram para divulgar as garotas do job, funcionando como uma vitrine para atrair assinantes. Os conteúdos explícitos são disponibilizados em plataformas pagas, onde os interessados precisam assinar planos mensais, geralmente em dólar ou euro.
O público consumidor desse tipo de conteúdo é majoritariamente composto por homens acima de 40 anos, estrangeiros (especialmente dos EUA, Índia e Paquistão) e pessoas com dificuldades em se relacionar. No entanto, a maioria das garotas do job segue um padrão estético específico: mulheres brancas, com corpos considerados dentro dos padrões de beleza convencionais.
Essa falta de diversidade tem sido criticada por especialistas, que apontam para a perpetuação de estereótipos. Cleber Zanchettin, especialista em IA e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que a indústria de conteúdo adulto gerado por inteligência artificial é um segmento em expansão. “As próprias empresas do setor pornográfico estão investindo no treinamento de modelos para criar pornografia personalizada e interativa”, afirma.
Apesar do potencial lucrativo, questões éticas e legais ainda são um desafio. Em dezembro de 2024, o Senado brasileiro aprovou um projeto para regulamentar o uso de IA no país, mas a proposta ainda está em debate. Elaine Pasdiora, uma das criadoras de IAs do job, afirma se preocupar com a ética do negócio e evita práticas ilegais, como a manipulação de fotos de pessoas reais.
A popularização do tema levou ao surgimento de diversos cursos que prometem ensinar como ganhar dinheiro com as IAs do job. Os preços variam de R$ 30 a R$ 500, e muitos prometem retornos financeiros rápidos. No entanto, Elaine e outros criadores alertam que o sucesso não é imediato e que muitas pessoas desistem devido à demora em obter resultados.
Especialistas acreditam que o mercado de conteúdo adulto gerado por IA tende a crescer nos próximos anos, impulsionado pela evolução das tecnologias de inteligência artificial. Diogo Cortiz, professor da PUC-SP e especialista em IA, ressalta que a qualidade das criações tem melhorado rapidamente. “O que era tosco há um ano já não é mais agora”, afirma.
Plataformas como OnlyFans e Privacy permitem conteúdos gerados por IA, desde que os criadores informem o uso da tecnologia. No entanto, há tentativas de burlar sistemas de verificação, levantando preocupações sobre fraudes e a necessidade de mais regulamentação.