Caminhoneiros decidem manter greve que afeta supermercados, aeroportos e transporte
Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião desta quarta-feira (23), com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para esta quinta-feira (24). […]
POR Redação SRzd23/05/2018|5 min de leitura
Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião desta quarta-feira (23), com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para esta quinta-feira (24). O protesto é contra os recentes aumentos nos preços dos combustíveis. A expectativa é que o governo apresente respostas às reivindicações dos motoristas.
“Não houve nenhuma proposta efetiva que possamos levar para a categoria. A proposta deles foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã às 14h’, disse o presidente da CNTA.
Participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil),Valter Casimiro Silveira (Transportes), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues. Do lado dos caminhoneiros, estiveram presentes representantes de dez entidades. O encontro também teve a participação de deputados federais.
Em evento ocorrido também no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação.
Cinco aeroportos são afetados pela greve dos caminhoneiros
A Infraero alertou que cinco aeroportos só têm combustível suficiente para esta quarta-feira (23): Congonhas, em São Paulo, e os de Recife, Palmas, Maceió e Aracaju. Congonhas é um dos três aeroportos mais movimentados do país, onde está a rota de maior circulação de passageiros, a ponte aérea Rio-São Paulo.
O Aeroporto de Brasília, no entanto, informou também que não há combustível suficiente para operação regular do Terminal aéreo. Por isso, apenas aviões com capacidade para decolar sem a necessidade de abastecimento em Brasília podem pousar no terminal.
De acordo com a Infraero, outros seis aeroportos têm combustível para no máximo dois dias: Goiânia (Goiás), Teresina (Piauí), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Ilhéus (Bahia), Foz do Iguaçu (Paraná) e Londrina (Paraná).
Paralisação provoca falta de alimentos
A paralisação entra em seu terceiro dia e tem impactos na oferta de produtos e serviços comuns no cotidiano dos brasileiros, como alimentos, combustíveis, cartas e transporte público, além de problemas de trânsito e congestionamentos.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou nota afirmando que já identifica falta de produtos em alguns estados.
“Mesmo com o esforço do setor de supermercados para garantir o perfeito abastecimento da população brasileira, identificamos que alguns estados já começaram a sofrer com o desabastecimento de alimentos, e que isso poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, se algo não for feito”, diz a Abras.
Produtores de carne suína e de aves informaram que 78 fábricas estavam paradas no país por causa da paralisação dos motoristas.
Na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio de Janeiro, já é possível perceber a falta de alimentos, como batata e cenoura, segundo a chefe da Divisão Técnica da Ceasa, engenheira agrônoma Rosana Moreira.
Greve pode levar à paralisação na produção de veículos
Outra entidade que também alerta para possíveis prejuízos é a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que considera a situação preocupante e se permanecer, até o fim de semana, poderá levar à paralisação da produção de veículos.
“Muitas fábricas já pararam suas linhas de montagem e, se a greve dos caminhoneiros continuar até o fim de semana, é certo que todas as fábricas pararão. Com isso, teremos uma queda na produção, nas vendas e nas exportações de veículos, tendo como consequência impacto direto na balança comercial brasileira e na arrecadação de tributos”, afirmou o presidente da Anfavea, Antonio Megale, em nota.
Sistema de transporte rodoviário é prejudicado
O Rio Ônibus informa que, em razão da interrupção do abastecimento de óleo diesel em todo o estado do Rio de Janeiro, o sistema de transporte rodoviário de passageiros opera, no fim da tarde desta quarta-feira (23), com cerca de 72% do total da frota. Com as manifestações que vêm sendo promovidas em todo o país pelo setor de transporte de cargas contra a política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras, as empresas de ônibus estão sob o risco iminente de falta de combustível.
O sistema que serve à capital fluminense consome, em média, 764 mil litros de combustível por dia, um volume que torna ainda mais complexo o abastecimento da frota neste cenário de escassez de oferta de óleo diesel. Reajustes na ordem de 40% no valor do óleo diesel foram registrados somente nos últimos 15 meses. Os gastos com o insumo correspondem a mais ou menos 30% da folha das empresas. Caso a situação não seja normalizada o mais brevemente possível, há risco de paralisação total do sistema.
Correios suspendem algumas entregas
Os Correios anunciaram a suspensão das entregas de encomendas com dia e hora marcados: as modalidades Sedex 10, 12 e Hoje. Além disso, o prazo de entrega de cartas e encomendas pelas modalidades Sedex e PAC vai aumentar em alguns dias enquanto durarem os efeitos da greve.
Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião desta quarta-feira (23), com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para esta quinta-feira (24). O protesto é contra os recentes aumentos nos preços dos combustíveis. A expectativa é que o governo apresente respostas às reivindicações dos motoristas.
“Não houve nenhuma proposta efetiva que possamos levar para a categoria. A proposta deles foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã às 14h’, disse o presidente da CNTA.
Participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil),Valter Casimiro Silveira (Transportes), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues. Do lado dos caminhoneiros, estiveram presentes representantes de dez entidades. O encontro também teve a participação de deputados federais.
Em evento ocorrido também no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação.
Cinco aeroportos são afetados pela greve dos caminhoneiros
A Infraero alertou que cinco aeroportos só têm combustível suficiente para esta quarta-feira (23): Congonhas, em São Paulo, e os de Recife, Palmas, Maceió e Aracaju. Congonhas é um dos três aeroportos mais movimentados do país, onde está a rota de maior circulação de passageiros, a ponte aérea Rio-São Paulo.
O Aeroporto de Brasília, no entanto, informou também que não há combustível suficiente para operação regular do Terminal aéreo. Por isso, apenas aviões com capacidade para decolar sem a necessidade de abastecimento em Brasília podem pousar no terminal.
De acordo com a Infraero, outros seis aeroportos têm combustível para no máximo dois dias: Goiânia (Goiás), Teresina (Piauí), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Ilhéus (Bahia), Foz do Iguaçu (Paraná) e Londrina (Paraná).
Paralisação provoca falta de alimentos
A paralisação entra em seu terceiro dia e tem impactos na oferta de produtos e serviços comuns no cotidiano dos brasileiros, como alimentos, combustíveis, cartas e transporte público, além de problemas de trânsito e congestionamentos.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou nota afirmando que já identifica falta de produtos em alguns estados.
“Mesmo com o esforço do setor de supermercados para garantir o perfeito abastecimento da população brasileira, identificamos que alguns estados já começaram a sofrer com o desabastecimento de alimentos, e que isso poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, se algo não for feito”, diz a Abras.
Produtores de carne suína e de aves informaram que 78 fábricas estavam paradas no país por causa da paralisação dos motoristas.
Na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio de Janeiro, já é possível perceber a falta de alimentos, como batata e cenoura, segundo a chefe da Divisão Técnica da Ceasa, engenheira agrônoma Rosana Moreira.
Greve pode levar à paralisação na produção de veículos
Outra entidade que também alerta para possíveis prejuízos é a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que considera a situação preocupante e se permanecer, até o fim de semana, poderá levar à paralisação da produção de veículos.
“Muitas fábricas já pararam suas linhas de montagem e, se a greve dos caminhoneiros continuar até o fim de semana, é certo que todas as fábricas pararão. Com isso, teremos uma queda na produção, nas vendas e nas exportações de veículos, tendo como consequência impacto direto na balança comercial brasileira e na arrecadação de tributos”, afirmou o presidente da Anfavea, Antonio Megale, em nota.
Sistema de transporte rodoviário é prejudicado
O Rio Ônibus informa que, em razão da interrupção do abastecimento de óleo diesel em todo o estado do Rio de Janeiro, o sistema de transporte rodoviário de passageiros opera, no fim da tarde desta quarta-feira (23), com cerca de 72% do total da frota. Com as manifestações que vêm sendo promovidas em todo o país pelo setor de transporte de cargas contra a política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras, as empresas de ônibus estão sob o risco iminente de falta de combustível.
O sistema que serve à capital fluminense consome, em média, 764 mil litros de combustível por dia, um volume que torna ainda mais complexo o abastecimento da frota neste cenário de escassez de oferta de óleo diesel. Reajustes na ordem de 40% no valor do óleo diesel foram registrados somente nos últimos 15 meses. Os gastos com o insumo correspondem a mais ou menos 30% da folha das empresas. Caso a situação não seja normalizada o mais brevemente possível, há risco de paralisação total do sistema.
Correios suspendem algumas entregas
Os Correios anunciaram a suspensão das entregas de encomendas com dia e hora marcados: as modalidades Sedex 10, 12 e Hoje. Além disso, o prazo de entrega de cartas e encomendas pelas modalidades Sedex e PAC vai aumentar em alguns dias enquanto durarem os efeitos da greve.