Capa de Veja trata a temática ‘crianças transsexuais’ e revolta evangélicos e conservadores

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A capa da revista Veja, da Editoria Abril, é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta sexta-feira 13, com a hashtag #Vejalixo. A revolta é por causa da capa que anuncia reportagem sobre pais de crianças transexuais. Os leitores da revista acusaram a publicação de fazer “apologia da ideologia de gênero” ao descrever “a […]

POR Redação SRzd 13/10/2017| 3 min de leitura

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Capa de Veja. Foto: Reprodução

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A capa da revista Veja, da Editoria Abril, é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta sexta-feira 13, com a hashtag #Vejalixo. A revolta é por causa da capa que anuncia reportagem sobre pais de crianças transexuais. Os leitores da revista acusaram a publicação de fazer “apologia da ideologia de gênero” ao descrever “a saga dos pais de crianças que não se identificam com seu sexo biológico”.

No Facebook, a repercussão também foi grande: de 5700 reações à publicação da capa, 3680 demonstram indignação, como mostra o DCM. Confira aqui alguns comentários.

Nesta semana, a TV Globo também foi alvo de muitas críticas nas redes sociais, onde chegou a ser chamada de comunista, depois de ter exibido reportagens em defesa da liberdade artística e de expressão e sobre identidade de gênero na infância no programa Fantástico.

A revista esclareceu em reportagem publicada em seu site que “As cenas com a atriz Carol Duarte na pele do extraordinário personagem transgênero ultrapassou por mais de uma vez os 40 pontos de Ibope em A Força do Querer, novela da Globo. Na próxima sexta-feira (20), a trama chega ao fim – termina a ficção, mas de modo algum o tema que ajudou a iluminar, comprovação da excelência do faro da autora Glória Perez.

Os transgêneros fazem parte do cotidiano brasileiro, e já não se pode fingir que não existem, apenas por não combinarem com o padrão. Nem são muitos – 0,5% da população mundial –, mas a dificuldade de aceitação os faz envoltos em preconceito e um mar de dúvidas. Na idade adulta, invariavelmente resulta em isolamento social. Na infância, pode ser ainda mais dramático, se não for bem compreendido.

VEJA acompanhou durante semanas o cotidiano de famílias em que há meninas que não se enxergam no corpo feminino e meninos que não estão confortáveis com o corpo masculino – conversou também com pais de transgêneros já crescidos. Alguns são realmente pequenos, de apenas 6 anos de idade. Da conversa com psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas e educadores, brota um retrato nem sempre muito nítido. Há mais cuidado, hoje – e a novela é constatação desse avanço –, mas as dificuldades de relacionamento são imensas.

Como freio para o sofrimento, de modo a oferecer um pouco de luz na escuridão, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou recentemente um manual que pretende assegurar o atendimento e o acompanhamento correto de crianças e adolescentes com sinais de transtorno de gênero na rede de saúde. Em maio deste ano, a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, entrevistou 29 responsáveis por crianças e adolescentes trans de  7 e 18 anos para saber como eles lidaram com a condição do filho, sobretudo no início da descoberta.

Enxergar como pais e filhos lidam com isso é flagrar a história em seu berço. É também um modo de, aos poucos, ainda que lentamente, barrar a intolerância”.

Informações colhidas em Veja, sites Brasil 247 e DCM.

Capa de Veja. Foto: Reprodução
Capa de Veja. Foto: Reprodução

A capa da revista Veja, da Editoria Abril, é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta sexta-feira 13, com a hashtag #Vejalixo. A revolta é por causa da capa que anuncia reportagem sobre pais de crianças transexuais. Os leitores da revista acusaram a publicação de fazer “apologia da ideologia de gênero” ao descrever “a saga dos pais de crianças que não se identificam com seu sexo biológico”.

No Facebook, a repercussão também foi grande: de 5700 reações à publicação da capa, 3680 demonstram indignação, como mostra o DCM. Confira aqui alguns comentários.

Nesta semana, a TV Globo também foi alvo de muitas críticas nas redes sociais, onde chegou a ser chamada de comunista, depois de ter exibido reportagens em defesa da liberdade artística e de expressão e sobre identidade de gênero na infância no programa Fantástico.

A revista esclareceu em reportagem publicada em seu site que “As cenas com a atriz Carol Duarte na pele do extraordinário personagem transgênero ultrapassou por mais de uma vez os 40 pontos de Ibope em A Força do Querer, novela da Globo. Na próxima sexta-feira (20), a trama chega ao fim – termina a ficção, mas de modo algum o tema que ajudou a iluminar, comprovação da excelência do faro da autora Glória Perez.

Os transgêneros fazem parte do cotidiano brasileiro, e já não se pode fingir que não existem, apenas por não combinarem com o padrão. Nem são muitos – 0,5% da população mundial –, mas a dificuldade de aceitação os faz envoltos em preconceito e um mar de dúvidas. Na idade adulta, invariavelmente resulta em isolamento social. Na infância, pode ser ainda mais dramático, se não for bem compreendido.

VEJA acompanhou durante semanas o cotidiano de famílias em que há meninas que não se enxergam no corpo feminino e meninos que não estão confortáveis com o corpo masculino – conversou também com pais de transgêneros já crescidos. Alguns são realmente pequenos, de apenas 6 anos de idade. Da conversa com psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas e educadores, brota um retrato nem sempre muito nítido. Há mais cuidado, hoje – e a novela é constatação desse avanço –, mas as dificuldades de relacionamento são imensas.

Como freio para o sofrimento, de modo a oferecer um pouco de luz na escuridão, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou recentemente um manual que pretende assegurar o atendimento e o acompanhamento correto de crianças e adolescentes com sinais de transtorno de gênero na rede de saúde. Em maio deste ano, a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, entrevistou 29 responsáveis por crianças e adolescentes trans de  7 e 18 anos para saber como eles lidaram com a condição do filho, sobretudo no início da descoberta.

Enxergar como pais e filhos lidam com isso é flagrar a história em seu berço. É também um modo de, aos poucos, ainda que lentamente, barrar a intolerância”.

Informações colhidas em Veja, sites Brasil 247 e DCM.

Capa de Veja. Foto: Reprodução
Capa de Veja. Foto: Reprodução

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