Festival de Parintins. Primeiro a se apresentar na segunda noite de Festival de Parintins 2024, o Boi-Bumbá Caprichoso mostrou novamente suas credenciais para brigar pelo tricampeonato.
O touro negro fez uma forte apresentação: alto nível técnico, galera vibrante e embalado pela beleza plástica que já é de praxe do bumbá. Apesar disso, enfrentou problemas na montagem de alegorias e organização da arena, falha que não é comum ver no Caprichoso.
Bloco A
O bumbá evoluiu na parte comum e musical da primeira para a segunda noite. Com uma sonorização superior, o desempenho do apresentador, levantador de toadas e amo do boi foi favorecido.
O repertório, que deixou a desejar na primeira noite, se mostrou acertado neste sábado (29), e embalou a galera azulada, que proporcionou uma exibição empolgante e quente para o Caprichoso.
O erro mais grave do boi, porém, ficou em organização do conjunto folclórico. A equipe do bumbá teve alguns problemas para montar módulos alegóricos na arena. O maior deles foi na apresentação dos tuxauas, que o módulo central da alegoria não conseguiu ser colocado de frente e ficou virado para o lado do boi contrário.
Bloco B
Os itens individuais também se saíram melhor na segunda noite. Destaque para a cunhã-poranga Marciele Albuquerque e rainha do folclore Cleise Simas, que impactaram o Bumbódromo com figurinos impecáveis, cênica forte e chegada de guindaste. O boi Caprichoso apostou em pintura afro no rosto e ao som da toada Málúù Dúdú fez mais uma forte apresentação.
Bloco C
O touro azulado mostrou mais uma vez porque é referência em parte plástica de Parintins. Um trabalho primoroso evidenciado em todos os módulos alegóricos.
Destaque total para o ritual indígena Mística Marubo, que com efeitos de guindaste e água, impressionou todos do Bumbódromo. A lenda amazônica Engeramento também impressionou pelo tamanho e transformação.
Outro ponto forte e potente da apresentação foram as tribos indígenas, que emocionaram ao estender uma bandeira com os dizeres “Antes da coroa, existia o cocar”.