Caso João Alberto: Violência era permitida, diz ex-fiscal do Carrefour

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Em depoimento à polícia, um ex-fiscal do supermercado Carrefour onde João Alberto Silveira Freitas foi espancando até a morte, disse que a gerência da unidade na Zona Norte de Porto Alegre autorizava o “emprego de violência” em clientes que “estavam causando problemas”. A fala reforça a responsabilidade da multinacional na morte de João Alberto. O […]

POR Redação SRzd24/11/2020|3 min de leitura

Caso João Alberto: Violência era permitida, diz ex-fiscal do Carrefour

Carrefour Hipermecado foi acusado de controlar necessidades de uso do banheiro dos funcionários. Foto: Divulgação

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Em depoimento à polícia, um ex-fiscal do supermercado Carrefour onde João Alberto Silveira Freitas foi espancando até a morte, disse que a gerência da unidade na Zona Norte de Porto Alegre autorizava o “emprego de violência” em clientes que “estavam causando problemas”. A fala reforça a responsabilidade da multinacional na morte de João Alberto.

O UOL teve acesso ao depoimento em que o ex-fiscal diz que o uso da violência ocorria também para que suspeitos confessassem “furto ou confusão ocorrida no interior do estabelecimento”.

O ex-funcionário disse ainda que nesta unidade do Carrefour há uma sala sem câmeras de segurança próxima de onde Beto, como era conhecida a vítima, foi agredido. Ele disse que é “usual a prática dos seguranças do local de imobilizar suspeitos e levar até a referida sala para que nada fosse gravado pelo sistema de segurança”.

O homem disse a polícia que “era comum, ao desconfiarem de algum furto de bens, serem tomadas providências sob a orientação da gerência da segurança e da líder da loja que na época que o declarante trabalhava era a Sra. Adriana”.

As providências consistiam em “constrangimento dos clientes suspeitos através de acompanhamento dentro da loja por fiscais e mensagens de rádio em volume alto para que todos que estivessem próximos ouvissem e a pessoa se sentisse desconfortável a ponto de devolver eventual mercadoria furtada”.

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O UOL teve acesso ao depoimento em que o ex-fiscal diz que o uso da violência ocorria também para que suspeitos confessassem “furto ou confusão ocorrida no interior do estabelecimento”.

O ex-funcionário disse ainda que nesta unidade do Carrefour há uma sala sem câmeras de segurança próxima de onde Beto, como era conhecida a vítima, foi agredido. Ele disse que é “usual a prática dos seguranças do local de imobilizar suspeitos e levar até a referida sala para que nada fosse gravado pelo sistema de segurança”.

O homem disse a polícia que “era comum, ao desconfiarem de algum furto de bens, serem tomadas providências sob a orientação da gerência da segurança e da líder da loja que na época que o declarante trabalhava era a Sra. Adriana”.

As providências consistiam em “constrangimento dos clientes suspeitos através de acompanhamento dentro da loja por fiscais e mensagens de rádio em volume alto para que todos que estivessem próximos ouvissem e a pessoa se sentisse desconfortável a ponto de devolver eventual mercadoria furtada”.

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