As investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, mortos a tiros há seis anos, chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com informações da Rede Globo, o caso foi enviado ao STF pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quinta-feira (14), após ser identificado o suposto envolvimento de uma pessoa com foro privilegiado.
De acordo com a Constituição Federal, pessoas em altos cargos políticos devem responder a tribunais específicos. No STF, por exemplo, são julgados possíveis crimes cometidos pelo presidente da República, o vice-presidente, os ministros, senadores, deputados federais, embaixadores e magistrados de tribunais superiores.
Antes o processo do caso Marielle Franco estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ensejava a suspeita de que os mandantes ou outros envolvidos tivessem foro privilegiado em âmbito estadual.
Agora, com o envio ao STF, especulasse que se trate de um deputado federal ou senador. O ministro Alexandre de Moraes será o relator das investigações.
Crime completou seis anos
Marielle Franco e seu motorista, Anderson Torres, estavam dentro do carro quando foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30, enquanto voltavam de um evento que havia acontecido na Lapa.
Até hoje, estão presos por envolvimento no crime: Ronie Lessa, Élcio de Queiroz, Maxwell Simões Corrêa e Edilson Barbosa dos Santos.
Ronie Lessa e Élcio são acusados de terem executado o crime. Segundo as investigações, Maxwell participou do plano do assassinato e monitorou a rotina da vereadora, além de ter ajudado Ronnie e Élcio no desmanche do carro usado no crime e do sumiço das cápsulas da munição. Edilson é dono do ferro-velho onde o carro usado no crime foi desmontado.
Além da comprovação dos mandantes do crime, ainda falta descobrir o que motivou o assassinato. Toda a dinâmica de execução já está praticamente desvendada após as prisões e depoimentos coletados.