A comissão especial da Reforma Administrativa que reestruturou o governo Jair Bolsonaro impôs uma derrota ao Planalto ao aprovar, nesta quinta-feira (9), a transferência das atividades do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia.
A demanda uniu partidos do centrão e da oposição na última semana, e ainda deve passar pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado antes de entrar em vigor.
Sérgio Moro tem defendido a permanência do Coaf em suas mãos. Segundo ele, é importante aproximar o órgão de inteligência financeira da Polícia Federal, do Ministério Público e das polícias estaduais. Ele também já tinha ameaçado pedir demissão caso tivesse seus poderes esvaziados.
O relatório foi aprovado, mas ainda serão votados outros pontos. Parlamentares pedem, também, o retorno da demarcação de terras indígenas para o Ministério da Justiça e a eliminação de uma emenda inserida pelo líder do governo no Senado e relator da MP, Bezerra Coelho, que proíbe auditores fiscais de investigar crimes não fiscais, alterando uma lei de 2002 sem relação com a MP.