Oito pessoas foram mortas durante ação da Polícia Militar no Complexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro, no último domingo (22).

Segundo a Polícia Civil, sete vítimas foram identificadas, dos oito corpos encontrados por moradores em uma região de mangue na comunidade e já levados para o Instituto Médico-Legal. Destes, quatro eram investigados em inquéritos que estão em andamento nos registros da policiais.

O delegado Bruno Cleuder, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, abriu inquérito e o Ministério Público Rio, instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apurar as circunstâncias do caso.

+ Quem são os sete homens identificados por familiares:

Rafael Menezes Alves, 28 anos. É testemunha e envolvido em uma investigação que apurava tráfico de drogas e corrupção de menores;

Carlos Eduardo Curado de Almeida, 31 anos. Possui três anotações criminais, por tráfico, receptação, falsa identidade, desobediência e ameaça;

Ítalo Georde Barbosa Govea Rossi, 28 anos. Possui seis anotações por porte ilegal de arma, homicídio qualificado, tráfico, associação e corrupção ativa;

Jhonata Klando Pacheco Sodré, 28 anos, tem anotações por roubo e tráfico no estado do Pará;

Elio da Silva Araújo, 52 anos, respondeu a um processo por esbulho possessório, que foi extinto em 2013.

David Wilson de Oliveira, de 23 anos e Kaua Brener Gonçalves, de 17 anos, não possuem anotação criminal.

As mortes ocorreram um dia após um sargento da Polícia Militar, Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, ser assassinado, durante um patrulhamento no Complexo do Salgueiro. Segundo o tenente-coronel Major Blaz, a grande maioria dos mortos estava vestido com roupas ou itens de camuflagem:

“O PIC, Procedimento Investigatório Criminal, vai analisar eventuais violações a direitos praticados quando da execução da operação, tendo sido a ação regularmente comunicada pela Polícia Militar ao MP. A instituição conta com estruturas para prestar apoio a eventuais testemunhas e receber relatos de moradores e entidades sociais que possam colaborar com as apurações. Registra que há um plantão permanente – (21) 2215-7003 telefone e Whatsapp Business – criado para o recebimento de denúncias, registros audiovisuais e demais informações em caráter de urgência acerca de violações a direitos praticadas no âmbito de operações policiais no Estado do Rio de Janeiro”, informou o MP-RJ em nota.