Covid-19 escancara desigualdade e afeta mais pobres, negros e desempregados em SP

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O novo inquérito sorológico da Prefeitura de São Paulo divulgado nesta quinta-feira (27) escancara as desigualdades da cidade. O levantamento mostra que a Covid-19 está atingindo mais os moradores negros do que brancos, os mais pobres do que os mais ricos e ainda os desempregados mais do que aqueles que estão trabalhando em casa ou […]

POR Redação SRzd27/08/2020|3 min de leitura

Covid-19 escancara desigualdade e afeta mais pobres, negros e desempregados em SP

Comunidade de Paraisópolis. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O novo inquérito sorológico da Prefeitura de São Paulo divulgado nesta quinta-feira (27) escancara as desigualdades da cidade. O levantamento mostra que a Covid-19 está atingindo mais os moradores negros do que brancos, os mais pobres do que os mais ricos e ainda os desempregados mais do que aqueles que estão trabalhando em casa ou fora dela.

Na cidade toda, a prevalência da doença ficou em 11%. A partir desse dado, prefeitura estima que 1,3 milhão de moradores estejam com o anticorpo para o novo coronavírus.

Na análise por classe social, o estudo mostrou que a prevalência entre os paulistanos das classes D/E foi de 18,2%, enquanto nas classes A/B ela ficou em 4,4%.

O dado fica mais exposto quando se observa a prevalência da doença dividindo a cidade de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nas regiões em que ele fica entre 0,63 e 0,73, a taxa de prevalência é de 14%. Ela cai para 12,1% nas áreas com IDH de 0,73 a 0,84 e despenca para 6,2% nos distritos mais ricos, com índice de 0,84 a 0,95. Entre os pretos e pardos, a doença afetou 15,1%, o dobro dos 7,5% identificados entre os brancos.

Quando o corte é por ocupação, o retrato da tragédia social é ainda mais revelador. Nos desempregados, a prevalência foi de 18,1%. Entre as pessoas que tiveram que sair de casa para trabalhar, ela ficou em 11,9%. Aqueles que puderam trabalhar sem sair ficaram mais protegidos: 4,4% tiveram contato com a doença.

O maior risco de contágio, segundo a prefeitura, foi observado nas casas que têm 5 ou mais moradores. Nesses locais, 16% foram infectados. Quase o dobro do que nos domicílios com 1 a 2 pessoas, onde a taxa ficou em 8,9%.

O estudo é feito em todas as regiões da cidade, pelas áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). São sorteadas casas nessas áreas e, em cada uma, é realizado o exame em um morador.











 

O novo inquérito sorológico da Prefeitura de São Paulo divulgado nesta quinta-feira (27) escancara as desigualdades da cidade. O levantamento mostra que a Covid-19 está atingindo mais os moradores negros do que brancos, os mais pobres do que os mais ricos e ainda os desempregados mais do que aqueles que estão trabalhando em casa ou fora dela.

Na cidade toda, a prevalência da doença ficou em 11%. A partir desse dado, prefeitura estima que 1,3 milhão de moradores estejam com o anticorpo para o novo coronavírus.

Na análise por classe social, o estudo mostrou que a prevalência entre os paulistanos das classes D/E foi de 18,2%, enquanto nas classes A/B ela ficou em 4,4%.

O dado fica mais exposto quando se observa a prevalência da doença dividindo a cidade de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nas regiões em que ele fica entre 0,63 e 0,73, a taxa de prevalência é de 14%. Ela cai para 12,1% nas áreas com IDH de 0,73 a 0,84 e despenca para 6,2% nos distritos mais ricos, com índice de 0,84 a 0,95. Entre os pretos e pardos, a doença afetou 15,1%, o dobro dos 7,5% identificados entre os brancos.

Quando o corte é por ocupação, o retrato da tragédia social é ainda mais revelador. Nos desempregados, a prevalência foi de 18,1%. Entre as pessoas que tiveram que sair de casa para trabalhar, ela ficou em 11,9%. Aqueles que puderam trabalhar sem sair ficaram mais protegidos: 4,4% tiveram contato com a doença.

O maior risco de contágio, segundo a prefeitura, foi observado nas casas que têm 5 ou mais moradores. Nesses locais, 16% foram infectados. Quase o dobro do que nos domicílios com 1 a 2 pessoas, onde a taxa ficou em 8,9%.

O estudo é feito em todas as regiões da cidade, pelas áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). São sorteadas casas nessas áreas e, em cada uma, é realizado o exame em um morador.











 

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