Crise: taxa de desemprego média chegou a 11,5% em 2016

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A taxa de desemprego alcançou 12,0% no quarto trimestre do ano passado, de acordo com a Pnad Contínua divulgada hoje pelo IBGE. O resultado ficou acima da projeção do mercado e da mediana das expectativas (de 11,7% e de 11,9%, respectivamente), segundo coleta da Bloomberg. Descontados os efeitos sazonais, o ritmo de elevação da desocupação […]

POR Redação SRzd31/01/2017|3 min de leitura

Crise: taxa de desemprego média chegou a 11,5% em 2016
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A taxa de desemprego alcançou 12,0% no quarto trimestre do ano passado, de acordo com a Pnad Contínua divulgada hoje pelo IBGE. O resultado ficou acima da projeção do mercado e da mediana das expectativas (de 11,7% e de 11,9%, respectivamente), segundo coleta da Bloomberg.

Descontados os efeitos sazonais, o ritmo de elevação da desocupação foi intensificado, ao subir de 12,6% para 13,0% entre novembro e dezembro. Na comparação com igual período de 2015, houve elevação de 3,0 pontos percentuais. Assim, diante do enfraquecimento do mercado de trabalho ao longo de todo o ano passado, a taxa de desemprego média chegou a 11,5% em 2016, com queda de 1,8% da população ocupada e alta de 1,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Vale lembrar que em 2015, a média tinha sido de 8,4%.

O fraco desempenho da ocupação foi responsável pela piora da taxa de desemprego no período, ao passar de uma elevação de 0,2% na margem em novembro para um recuo de 0,1% no último mês do ano passado, também excetuada a sazonalidade. Na comparação interanual, a população ocupada caiu 2,1% no quarto trimestre. Mantendo a tendência dos últimos meses, a PEA voltou a crescer mais fortemente, ao passar de uma alta interanual de 1,1% para outra de 1,3% entre novembro e o mês passado. Assim, a taxa de participação ficou praticamente estável, ao passar de 61,4% para 61,5% no período.

A elevação da PEA no último trimestre do ano passado, após ter desacelerado entre junho e outubro, está relacionada ao crescimento do emprego informal e por conta própria. O retorno desses trabalhadores à força de trabalho como empregados no quarto trimestre evitou uma retração ainda maior da ocupação. De fato, a população ocupada por conta própria, responsável por cerca de 25% da ocupação total, subiu 0,1% na média dos últimos três meses, contra retração de 8,8% no último semestre. No mesmo sentido, o emprego informal, que responde por aproximadamente 10% do total ocupado, acelerou seu ritmo de alta, de 5,2% nos últimos seis meses para 8,9% no último trimestre de 2016.

O rendimento médio nominal mostrou modesta aceleração, na comparação interanual, ao passar de uma alta de 7,4% para outra de 7,5%, entre novembro e dezembro. Embora a série seja bastante volátil, a média móvel dos últimos três meses aponta para um ganho de 7,3%. Vale destacar que o resultado, que considera também os trabalhadores informais e autônomos, foi inferior à elevação de 9,7% em dezembro, apontada pelos salários médios dos empregados admitidos do Caged, que abrange apenas os profissionais formais com carteira assinada restrito. Nos próximos meses, acreditamos que os ganhos de rendimento seguirão moderados, colaborando para o processo desinflacionário em curso. O rendimento médio real habitual atingiu R$ 2.043,00 em dezembro, o equivalente a uma queda interanual de 0,5%.

Diante da continuidade da queda da população ocupada, acreditamos que o mercado de trabalho seguirá fraco até o terceiro trimestre deste ano, respondendo de forma defasada à melhora da economia. Dessa forma, os ajustes, considerando o número de pessoas ocupadas e a descompressão dos ganhos salariais, deverão persistir ao longo dos próximos meses.

A taxa de desemprego alcançou 12,0% no quarto trimestre do ano passado, de acordo com a Pnad Contínua divulgada hoje pelo IBGE. O resultado ficou acima da projeção do mercado e da mediana das expectativas (de 11,7% e de 11,9%, respectivamente), segundo coleta da Bloomberg.

Descontados os efeitos sazonais, o ritmo de elevação da desocupação foi intensificado, ao subir de 12,6% para 13,0% entre novembro e dezembro. Na comparação com igual período de 2015, houve elevação de 3,0 pontos percentuais. Assim, diante do enfraquecimento do mercado de trabalho ao longo de todo o ano passado, a taxa de desemprego média chegou a 11,5% em 2016, com queda de 1,8% da população ocupada e alta de 1,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Vale lembrar que em 2015, a média tinha sido de 8,4%.

O fraco desempenho da ocupação foi responsável pela piora da taxa de desemprego no período, ao passar de uma elevação de 0,2% na margem em novembro para um recuo de 0,1% no último mês do ano passado, também excetuada a sazonalidade. Na comparação interanual, a população ocupada caiu 2,1% no quarto trimestre. Mantendo a tendência dos últimos meses, a PEA voltou a crescer mais fortemente, ao passar de uma alta interanual de 1,1% para outra de 1,3% entre novembro e o mês passado. Assim, a taxa de participação ficou praticamente estável, ao passar de 61,4% para 61,5% no período.

A elevação da PEA no último trimestre do ano passado, após ter desacelerado entre junho e outubro, está relacionada ao crescimento do emprego informal e por conta própria. O retorno desses trabalhadores à força de trabalho como empregados no quarto trimestre evitou uma retração ainda maior da ocupação. De fato, a população ocupada por conta própria, responsável por cerca de 25% da ocupação total, subiu 0,1% na média dos últimos três meses, contra retração de 8,8% no último semestre. No mesmo sentido, o emprego informal, que responde por aproximadamente 10% do total ocupado, acelerou seu ritmo de alta, de 5,2% nos últimos seis meses para 8,9% no último trimestre de 2016.

O rendimento médio nominal mostrou modesta aceleração, na comparação interanual, ao passar de uma alta de 7,4% para outra de 7,5%, entre novembro e dezembro. Embora a série seja bastante volátil, a média móvel dos últimos três meses aponta para um ganho de 7,3%. Vale destacar que o resultado, que considera também os trabalhadores informais e autônomos, foi inferior à elevação de 9,7% em dezembro, apontada pelos salários médios dos empregados admitidos do Caged, que abrange apenas os profissionais formais com carteira assinada restrito. Nos próximos meses, acreditamos que os ganhos de rendimento seguirão moderados, colaborando para o processo desinflacionário em curso. O rendimento médio real habitual atingiu R$ 2.043,00 em dezembro, o equivalente a uma queda interanual de 0,5%.

Diante da continuidade da queda da população ocupada, acreditamos que o mercado de trabalho seguirá fraco até o terceiro trimestre deste ano, respondendo de forma defasada à melhora da economia. Dessa forma, os ajustes, considerando o número de pessoas ocupadas e a descompressão dos ganhos salariais, deverão persistir ao longo dos próximos meses.

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