O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem dito a aliados que pretende segurar a sabatina de André Mendonça, indicado de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), até 2023.
Segundo a jornalista Thais Arbex, da CNN Brasil, o senador trabalha para que a indicação de Mendonça perca validade e a cadeira na corte seja ocupada por indicado no próximo mandato presidencial.
Alcolumbre estaria se inspirando no caso do americano Merrick Garland, indicado à Suprema Corte em 2016 pelo então presidente Barack Obama. À época, o senador americano Mitch McConnell, do partido Republicanos e opositor do então presidente, se recusou a sabatinar o indicado.
André Mendonça foi indicado, em julho deste ano, por Bolsonaro para vaga de Marco Aurélio Mello, no STF.
Pós-graduado em direito pela Universidade de Brasília e pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, ele foi Advogado-Geral da União de janeiro de 2019 a abril de 2020, quando foi nomeado ministro da Justiça. Em março de 2021, voltou a chefiar a AGU.
É doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Mendonça ganhou o Prêmio Innovare, que premia boas práticas no âmbito do poder Judiciário.