Decepcionados com Bolsonaro, militares articulam apoio a outro candidato em 2022

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Militares que ajudaram o presidente Jair Bolsonaro a se eleger em 2018 se articulam para apoiar outro candidato na disputa eleitoral de 2022. Encabeçado por oficiais da reserva, o movimento ganhou força depois que o ex-presidente Lula voltou aos holofotes com a anulação de suas condenações pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin […]

POR Redação SRzd29/03/2021|3 min de leitura

Decepcionados com Bolsonaro, militares articulam apoio a outro candidato em 2022

Jair Bolsonaro e militares. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

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Militares que ajudaram o presidente Jair Bolsonaro a se eleger em 2018 se articulam para apoiar outro candidato na disputa eleitoral de 2022.

Encabeçado por oficiais da reserva, o movimento ganhou força depois que o ex-presidente Lula voltou aos holofotes com a anulação de suas condenações pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin .

O jornal “O Globo” ouviu sete generais e um coronel da reserva, que defenderam uma terceira via. Seis deles já ocuparam cargos no governo Bolsonaro. “O centro tem uma grande chance agora, porque um grupo se perdeu na corrupção e outro não sabe governar. E para que existe eleição? Para corrigir. Precisamos voltar à normalidade e ao equilíbrio”, disse, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz , ex-ministro da Secretaria de Governo.

A opinião é parecida com a do general Maynard Santa Rosa, que foi secretário de Assuntos Estratégicos até novembro de 2019. “O retorno do PT seria um retrocesso inaceitável. Por sua vez, o atual governo não conseguiu honrar o próprio discurso e cumprir o que todo mundo esperava”, afirmou ao jornal.

Na semana passada, uma mensagem circulou por grupos de WhatsApp de militares. Nela, o general da reserva Paulo Chagas defendeu que “renovar é preciso”, que o “Brasil está sem rumo” e que “é hora de construir uma terceira via”. Chagas concorreu ao governo do Distrito Federal em 2018, com o apoio de Bolsonaro. “O grupo de decepcionados com a atuação do presidente é significativo”, contou ao “Globo”.

De acordo com um dos generais ouvidos pela reportagem, que preferiu não ser identificado, a preferência por uma terceira via também ganha força entre oficiais que estão no comando das tropas. Militares da ativa, porém, são proibidos de expressarem opiniões políticas publicamente.

O desgasta que Bolsonaro tem causado às Forças Armadas tem gerado um forte descontentamento, sobretudo após a forma como Eduardo Pazuello foi tratado pelo presidente durante seu período como ministro da Saúde.

Descontentes com Bolsonaro, os militares entrevistados ainda se identificam com a Lava-Jato e criticam a decisão do STF de declarar Sergio Moro suspeito no julgamento de Lula . Apoiar Moro nas eleições presidenciáveis de 2022, portanto, é uma opção.

“O Moro é uma das opções, ainda mais num país que precisa de honestidade”, disse Santos Cruz . O militar, porém, não descarta a própria candidatura. “Ele também poderia ser um bom candidato”, afirmou o general Francisco Mamede de Brito Filho, ex secretário de Governo.

Grupo tem força?

Para o cientista político João Roberto Martins Filho, porém, o grupo contra Bolsonaro nas Forças Armadas ainda é minoria. “O Santos Cruz tem que ser acompanhado, já que está se lançando na vida política. E pode ser uma alternativa, se houver rompimento com o Bolsonaro”, analisou, em conversa com o Globo.

O PT também deve tentar uma aproximação com as Forças Armadas, já que manteve boas relações com os militares nos governos Lula e Dilma.

Militares que ajudaram o presidente Jair Bolsonaro a se eleger em 2018 se articulam para apoiar outro candidato na disputa eleitoral de 2022.

Encabeçado por oficiais da reserva, o movimento ganhou força depois que o ex-presidente Lula voltou aos holofotes com a anulação de suas condenações pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin .

O jornal “O Globo” ouviu sete generais e um coronel da reserva, que defenderam uma terceira via. Seis deles já ocuparam cargos no governo Bolsonaro. “O centro tem uma grande chance agora, porque um grupo se perdeu na corrupção e outro não sabe governar. E para que existe eleição? Para corrigir. Precisamos voltar à normalidade e ao equilíbrio”, disse, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz , ex-ministro da Secretaria de Governo.

A opinião é parecida com a do general Maynard Santa Rosa, que foi secretário de Assuntos Estratégicos até novembro de 2019. “O retorno do PT seria um retrocesso inaceitável. Por sua vez, o atual governo não conseguiu honrar o próprio discurso e cumprir o que todo mundo esperava”, afirmou ao jornal.

Na semana passada, uma mensagem circulou por grupos de WhatsApp de militares. Nela, o general da reserva Paulo Chagas defendeu que “renovar é preciso”, que o “Brasil está sem rumo” e que “é hora de construir uma terceira via”. Chagas concorreu ao governo do Distrito Federal em 2018, com o apoio de Bolsonaro. “O grupo de decepcionados com a atuação do presidente é significativo”, contou ao “Globo”.

De acordo com um dos generais ouvidos pela reportagem, que preferiu não ser identificado, a preferência por uma terceira via também ganha força entre oficiais que estão no comando das tropas. Militares da ativa, porém, são proibidos de expressarem opiniões políticas publicamente.

O desgasta que Bolsonaro tem causado às Forças Armadas tem gerado um forte descontentamento, sobretudo após a forma como Eduardo Pazuello foi tratado pelo presidente durante seu período como ministro da Saúde.

Descontentes com Bolsonaro, os militares entrevistados ainda se identificam com a Lava-Jato e criticam a decisão do STF de declarar Sergio Moro suspeito no julgamento de Lula . Apoiar Moro nas eleições presidenciáveis de 2022, portanto, é uma opção.

“O Moro é uma das opções, ainda mais num país que precisa de honestidade”, disse Santos Cruz . O militar, porém, não descarta a própria candidatura. “Ele também poderia ser um bom candidato”, afirmou o general Francisco Mamede de Brito Filho, ex secretário de Governo.

Grupo tem força?

Para o cientista político João Roberto Martins Filho, porém, o grupo contra Bolsonaro nas Forças Armadas ainda é minoria. “O Santos Cruz tem que ser acompanhado, já que está se lançando na vida política. E pode ser uma alternativa, se houver rompimento com o Bolsonaro”, analisou, em conversa com o Globo.

O PT também deve tentar uma aproximação com as Forças Armadas, já que manteve boas relações com os militares nos governos Lula e Dilma.

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