Delator diz que fez pagamentos a Eduardo Paes e Pedro Paulo dentro da agência Prole

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A delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, é avassaladora para o ex-prefeito Eduardo Paes e seu homem de confiança, deputado Pedro Paulo.  “Nervosinho”, como era chamado pelos executivos da construtora Odebrecht, teria recebido dinheiro vivo, em 2012, dentro da agência de publicidade Prole, que cuidava dos interesses midiáticos do […]

POR Redação SRzd13/04/2017|3 min de leitura

Delator diz que fez pagamentos a Eduardo Paes e Pedro Paulo dentro da agência Prole

Pedro Paulo, Eduardo e Sérgio Cabral. Foto: Blog do Mello

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A delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, é avassaladora para o ex-prefeito Eduardo Paes e seu homem de confiança, deputado Pedro Paulo.  “Nervosinho”, como era chamado pelos executivos da construtora Odebrecht, teria recebido dinheiro vivo, em 2012, dentro da agência de publicidade Prole, que cuidava dos interesses midiáticos do Governo Municipal.

De acordo com o executivo, a Odebrecht desembolsou R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões, não declarados.  Parte do dinheiro foi entregue em espécie no endereço da agência Prole, no Rio, e o restante, em contas no exterior indicadas pela mesma empresa de publicidade, que prestava serviços à campanha.

“O propósito para os pagamentos feitos, como detalhado no tópico inicial deste relato, era manter o acesso privilegiado da companhia à agenda de Eduardo Paes, permitindo que pudéssemos tratar diretamente com ele, sem burocracia ou qualquer dificuldade, sobre atrasos de pagamentos ou qualquer problema na execução de nossos contratos”.

Renato Pereira. Foto: Sócio da agência Prole

Azevedo revelou que os valores eram acertados por outro diretor da Odebrecht, Benedicto Junior, diretamente com o prefeito. Feito o entendimento, Leandro Andrade Azevedo entrava no circuito e negociava a forma de pagamento. Segundo a delação, vários diretores da Prole estavam cientes do “jogo” corrupto. Um dos diretores, minoritário, está no exterior, mas também deverá ser arrolado. Todos os diretores da Prole terão muito que se explicar para a Polícia Federal.

O operador de todo o esquema corrupto, segundo o delator, era o deputado Pedro Paulo, que sempre teve acesso à maçaneta da porta do gabinete de Paes e era a aposta de “Nervosinho” para sua sucessão. A agência Prole está bem enrolada. Conforme as informações prestadas por Azevedo, Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht para as mãos de Renato Pereira, o dono da Prole.

“Em reunião realizada no Palácio da Cidade, situado na Rua São Clemente, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ, Pedro Paulo orientou-me a efetuar pagamentos a Renato Pereira, da agência de publicidade Prole, responsável pela campanha de todo o PMDB no Rio de Janeiro”, disse o executivo da construtora.

Na ocasião, o delator teve uma surpresa. “Eu questionei Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos com Renato Pereira, quando então ele me disse que Renato estava do lado de fora da sala e entraria na sequência para tratar deste assunto. Combinei com Renato que os pagamentos seriam feitos via entregas semanais/quinzenais de dinheiro […] na Urca”.

A gigantesca importância enviada para fora do país estaria numa conta, em rastreamento, nas Bahamas e outra na Suíça. A agência Prole também atendeu os governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

A delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, é avassaladora para o ex-prefeito Eduardo Paes e seu homem de confiança, deputado Pedro Paulo.  “Nervosinho”, como era chamado pelos executivos da construtora Odebrecht, teria recebido dinheiro vivo, em 2012, dentro da agência de publicidade Prole, que cuidava dos interesses midiáticos do Governo Municipal.

De acordo com o executivo, a Odebrecht desembolsou R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões, não declarados.  Parte do dinheiro foi entregue em espécie no endereço da agência Prole, no Rio, e o restante, em contas no exterior indicadas pela mesma empresa de publicidade, que prestava serviços à campanha.

“O propósito para os pagamentos feitos, como detalhado no tópico inicial deste relato, era manter o acesso privilegiado da companhia à agenda de Eduardo Paes, permitindo que pudéssemos tratar diretamente com ele, sem burocracia ou qualquer dificuldade, sobre atrasos de pagamentos ou qualquer problema na execução de nossos contratos”.

Renato Pereira. Foto: Sócio da agência Prole

Azevedo revelou que os valores eram acertados por outro diretor da Odebrecht, Benedicto Junior, diretamente com o prefeito. Feito o entendimento, Leandro Andrade Azevedo entrava no circuito e negociava a forma de pagamento. Segundo a delação, vários diretores da Prole estavam cientes do “jogo” corrupto. Um dos diretores, minoritário, está no exterior, mas também deverá ser arrolado. Todos os diretores da Prole terão muito que se explicar para a Polícia Federal.

O operador de todo o esquema corrupto, segundo o delator, era o deputado Pedro Paulo, que sempre teve acesso à maçaneta da porta do gabinete de Paes e era a aposta de “Nervosinho” para sua sucessão. A agência Prole está bem enrolada. Conforme as informações prestadas por Azevedo, Pedro Paulo, então coordenador da campanha do prefeito, deixou claro que o dinheiro deveria sair da Odebrecht para as mãos de Renato Pereira, o dono da Prole.

“Em reunião realizada no Palácio da Cidade, situado na Rua São Clemente, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ, Pedro Paulo orientou-me a efetuar pagamentos a Renato Pereira, da agência de publicidade Prole, responsável pela campanha de todo o PMDB no Rio de Janeiro”, disse o executivo da construtora.

Na ocasião, o delator teve uma surpresa. “Eu questionei Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos com Renato Pereira, quando então ele me disse que Renato estava do lado de fora da sala e entraria na sequência para tratar deste assunto. Combinei com Renato que os pagamentos seriam feitos via entregas semanais/quinzenais de dinheiro […] na Urca”.

A gigantesca importância enviada para fora do país estaria numa conta, em rastreamento, nas Bahamas e outra na Suíça. A agência Prole também atendeu os governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

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