A Polícia Civil registrou boletim de ocorrência sobre a invasão do hospital de campanha do Anhembi por deputados estaduais de São Paulo como infração de medida sanitária preventiva, artigo 268 do Código Penal.
De acordo com o artigo, que trata da infração de determinação do poder público destinada a impedir propagação de doença contagiosa, os deputados podem pegar detenção de um mês a um ano e multa.
O boletim de ocorrência, feito a partir de depoimento de João Guilherme Moura, gerente administrativo do Iabas (empresa que administra o hospital de campanha), diz que os deputados Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT), Leticia Aguiar (PSL), Coronel Telhada (PP) e Sargento Neri (Avante), por volta das 14h, “compareceram ao local visando fiscalizar os trabalhos realizados”.
O documento diz ainda que os deputados foram impedidos de entrar, já que não usavam equipamentos exigidos, mas, “mesmo assim acabaram desobedecendo a ordem e filmaram o local, inclusive os pacientes hospitalizados”.
A Prefeitura de São Paulo afirmou em nota que “os deputados e assessores invadiram o HMCamp do Anhembi de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPIs e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade.”
Ainda de acordo com a gestão municipal, os deputados filmaram as alas do hospital que ainda não foram ativadas “e gravaram pacientes sem autorização prévia, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos”.