O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira, foi preso em sua casa e levado pela Polícia Federal com base no instituto da condução coercitiva nesta quarta-feira. Na operação “O Quinto do Ouro”, a Polícia Federal do Rio mandou prender também cinco dos seis conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e ainda levou para depor o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, segundo informações do jornal O Globo.

Em nota, a Fetranspor negou envolvimento em práticas ilícitas e afirma que “no curso da investigação será comprovado que nenhum membro da federação participou de qualquer irregularidade”.

Lélis Teixeira foi contratado pelos donos das empresas de ônibus para representar os verdadeiros proprietários, portanto é o que se chama no mercado um “quadro técnico”.

Em maio, em Montreal, Canadá, pela UITP, a Cúpula Global de Transportes Públicos reuniu 2.500 pessoas, de 84 países, e contou com 330 expositores de 30 países, exibindo seus mais recentes produtos e soluções inovadoras em 25.000 m² e atraindo 13 mil visitantes durante os três dias premiou Lélis Teixeira por serviços prestados ao setor.

O tema central da Cúpula, naquela ocasião, – Liderar a Transição –, destacou a necessidade de os transportes públicos assumirem a liderança face às numerosas mudanças e desafios como a digitalização, a energia e o surgimento de novos atores no mercado da mobilidade. O evento também debateu a grande quantidade de inovação no setor, de assistentes de dados a veículos autônomos. “Para liderar a transição, o modelo de negócio dos transportes públicos terá que mudar, e está mudando para integrar plenamente novos serviços, como a bicicleta ou o automóvel”, afirmou o Secretário-Geral da UITP, Alain Flausch. Ele afirmou que os clientes terão de ser colocados no cerne das preocupações das empresas e que o trabalho em conjunto será fundamental para que o setor se torne mais ágil e atenda às expectativas dessa nova era.

Nesta manhã, no Rio, o mundo caiu sobe a cabeça dos caciques de um dos setores de transporte mais visados do país.