O governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, que em 2018 apoiou Jair Bolsonaro, reconheceu, em entrevista ao jornalista Pedro Venceslau, publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”, que tal posicionamento foi um equívoco.
“A eleição de Jair Bolsonaro foi um grande erro para o Brasil. Eu não mantenho o meu compromisso diante de um equívoco tão grande. O Bolsonaro prometeu um país liberal, economia globalizada e combate à corrupção. E não fez”, afirmou.
Doria também disse, nesta entrevista, que não irá disputar a reeleição ao governo estadual em 2022 e defendeu uma frente ampla para derrotar Bolsonaro, com a centro-esquerda, que pode vir a ser liderada ou não pelo PSDB.
“A frente não deve ser contra Bolsonaro, mas a favor do Brasil. A frente deve reunir o maior número possível de pessoas e pensamentos que estejam dispostos a proteger o Brasil e a população. Comporta o pensamento liberal de centro, que é o que eu pratico, mas comporta também centro-direita, centro-esquerda, aqueles que têm um pensamento mais à esquerda e à direita. Só não caberá o pensamento dos extremistas, até porque os extremistas não querem compartilhar, discutir. Eles querem impor situações ao País, tanto na extrema-esquerda, quanto na extrema-direita. Destes extremos nós temos que ficar longe”, disse.
Sobre Sérgio Moro, afirmou: “Ele deve fazer parte dessa frente. Tem história, biografia e posicionamento. Nunca declarou que era candidato. Sempre teve altivez e grandeza para defender o país, independentemente dos interesses pessoais”.