As investigações da Polícia Civil apontam que Dr. Jairinho teria praticado uma sessão de tortura contra Henry Borel, de apenas 4 anos, semanas antes da morte do menino.
Ainda de acordo com os agentes, o vereador agredia a criança com o conhecimento da mãe, Monique Medeiros. As informações são da TV Globo.
O parlamentar, que foi afastado pelo seu partido e pode perder seu cargo, “impunha uma rotina da violência ao enteado”. É o que concluíram as investigações da Polícia Civil após ouvir 18 testemunhas no inquérito. Para o delegado, “há provas contundentes que revelam fundadas razões de autoria de crime hediondo”.
Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam, na manhã desta quinta-feira (8), o casal por atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe que era conivente.
Jairinho e Monique eram monitorados pela Polícia Civil há dois dias e acabaram sendo detidos em uma casa em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
No dia 12 de fevereiro, Monique descobriu que o político estava no apartamento, trancado no quarto, com o Henry. A polícia descobriu que ela estranhou que ele tenha chegado cedo em casa.
Comportamento suspeito
Além dos depoimentos e laudos periciais, de necropsia e de local, os policiais apontam alguns comportamentos suspeitos do casal que contribuíram com o descarte da hipótese de acidente. Se condenados, eles podem ficar até 30 anos presos.
Os policiais descobriram que, após o início das investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.
Além disso, a mãe de Henry chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, toda de branco, para ir à delegacia. No dia seguinte ao enterro, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca.
Perícias realizadas os 11 celulares e computadores apreendidos com o pai do menino, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, além da sua ex-mulher e do vereador. Mensagens trocadas entre a professora e a babá do menino, em 12 de fevereiro, que mostram a funcionária alertando a patroa sobre as agressões cometidas por Jairinho.