ECONOMIA: Os efeitos da troca de comando no BC norte-americano

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O analista Alexandre Pavan Póvoa, da MAM – Modal Asset Management, alerta que o mercado financeiro minimizou, erradamente, a troca de comando no Federal Reserve, o Banco Central americano em janeiro deste ano.

POR Redação SRzd27/05/2006|2 min de leitura

ECONOMIA: Os efeitos da troca de comando no BC norte-americano
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O experiente economista Alexandre Pavan Póvoa, da MAM – Modal Asset Management, alerta que o mercado financeiro minimizou, erradamente, a troca de comando no Federal Reserve, o Banco Central americano em janeiro deste ano. Na sua mais atual carta dirigida aos seus clientes ele escreve: “Quando em janeiro, Alan Greenspan anunciou a sua aposentadoria, a maioria do mercado considerou um ‘não-eventoâ?, até para a nossa surpresa. A justificativa até que era razoável: a grande credibilidade adquirida pelos bancos centrais mundiais seria um fator fundamental para que os países desenvolvidos pudessem trabalhar com uma taxa de juros reais um pouco mais baixas. Mas desprezar a importância da experiência de Alan Greenspan na condução de expectativas parecia fruto de um otimismo exagerado. Nada contra Ben Bernanke, economista de alto gabarito e renome internacional. Mas confiança é algo que se conquista, não se nasce com ela. A grande diferença é que todo o ‘benefício da dúvidaâ? sempre foi pró-Greenspan, cujo estilo era conhecido e a competência exaltada. No caso de Bernanke, a situação é mais desconfortável.

Além do mundo hoje ser bem mais complexo ‘ leia-se fenômeno China + déficits gêmeos norte-americano ‘ os investidores não conhecem o modo de atuação do novo presidente do FED. Nas primeiras ‘escorregadasâ?, seja em declarações do tipo que a ‘política monetária pode estar dissociada do equilíbrio de riscos entre inflação e atividadeâ? e na escrita de um statement pós-reunião do FED (dia 10/05) pouco claro, o mercado não lhe deu o benefício da dúvida, sobretudo após a divulgação de um CPI (índice de inflação ao varejo ‘ dia 17/05) acima do esperado. Em outras palavras, ‘não querendo pagar para verâ?, iniciou-se o grande processo de desalavancagem a que temos assistido”.

O experiente economista Alexandre Pavan Póvoa, da MAM – Modal Asset Management, alerta que o mercado financeiro minimizou, erradamente, a troca de comando no Federal Reserve, o Banco Central americano em janeiro deste ano. Na sua mais atual carta dirigida aos seus clientes ele escreve: “Quando em janeiro, Alan Greenspan anunciou a sua aposentadoria, a maioria do mercado considerou um ‘não-eventoâ?, até para a nossa surpresa. A justificativa até que era razoável: a grande credibilidade adquirida pelos bancos centrais mundiais seria um fator fundamental para que os países desenvolvidos pudessem trabalhar com uma taxa de juros reais um pouco mais baixas. Mas desprezar a importância da experiência de Alan Greenspan na condução de expectativas parecia fruto de um otimismo exagerado. Nada contra Ben Bernanke, economista de alto gabarito e renome internacional. Mas confiança é algo que se conquista, não se nasce com ela. A grande diferença é que todo o ‘benefício da dúvidaâ? sempre foi pró-Greenspan, cujo estilo era conhecido e a competência exaltada. No caso de Bernanke, a situação é mais desconfortável.

Além do mundo hoje ser bem mais complexo ‘ leia-se fenômeno China + déficits gêmeos norte-americano ‘ os investidores não conhecem o modo de atuação do novo presidente do FED. Nas primeiras ‘escorregadasâ?, seja em declarações do tipo que a ‘política monetária pode estar dissociada do equilíbrio de riscos entre inflação e atividadeâ? e na escrita de um statement pós-reunião do FED (dia 10/05) pouco claro, o mercado não lhe deu o benefício da dúvida, sobretudo após a divulgação de um CPI (índice de inflação ao varejo ‘ dia 17/05) acima do esperado. Em outras palavras, ‘não querendo pagar para verâ?, iniciou-se o grande processo de desalavancagem a que temos assistido”.

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