Em alta! A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Carnaval de 2025 movimente R$ 12,03 bilhões em receitas no país, um aumento real de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, descontada a inflação.
Apenas em fevereiro de 2024, o Brasil recebeu 833,31 mil turistas estrangeiros. Para 2025, a expectativa é que este número cresça 4,8%, atingindo 868,46 mil visitantes.
Para a entidade, este crescimento está diretamente relacionado ao avanço no número de turistas estrangeiros, impulsionado pelo câmbio e pela diversidade de atrativos culturais do Brasil. Se confirmada a projeção, este será o melhor Carnaval desde 2015, diz a CNC.
“O Brasil não é apenas uma alternativa econômica, mas também um destino que combina diversidade cultural e hospitalidade, atraindo turistas de diversos lugares do mundo”, disse José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac para a Agência Brasil.
Ele reforça que manter investimentos em promoção internacional e infraestrutura é algo essencial para que o setor siga crescendo.
“Estamos construindo um modelo de turismo que alia desenvolvimento socioeconômico e valorização cultural, beneficiando toda a cadeia produtiva”, acentuou.
Os gastos dos turistas em bares e restaurantes deverão liderar as receitas do carnaval, com projeção de R$ 5,4 bilhões, seguidos pelos serviços de transporte de passageiros (R$ 3,31 bilhões) e hospedagem (R$ 1,28 bilhão). Esses segmentos somados representarão 83% do total gerado pelo turismo durante a folia.
Empregos temporários
O Carnaval de 2025 será responsável pela criação de 32,6 mil vagas temporárias. O setor de bares e restaurantes oferecerá o maior número de postos (22,85 mil), seguido por hotéis, pousadas e similares (4,06 mil) e empresas de transporte (3,31 mil).
Apesar disso, a taxa de efetivação após o evento deverá ser de apenas 7%, refletindo a previsão de crescimento econômico mais moderado em 2025.
“O Carnaval tem um papel muito importante na geração de empregos temporários, especialmente em localidades que atraem um grande volume de visitantes. Esses postos são essenciais para movimentar a economia regional e atendendo a alta demanda sazonal”, ressaltou Alexandre Sampaio, diretor da CNC e coordenador do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da entidade (Cetur).
Segundo a CNC, mesmo diante de desafios globais, o turismo brasileiro segue em crescimento. Desde a crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19, em 2020, o setor não apenas se recuperou, mas também superou os níveis anteriores, registrando faturamento 11% maior em relação a fevereiro de 2020.
