Cheque especial corresponde a um dinheiro com limite pré-aprovado que o banco disponibiliza para os clientes. A partir das informações cadastrais e da movimentação financeira, o banco estipula um limite de crédito ao cliente. Geralmente, o valor desse recurso aparece no saldo total da conta corrente, gerando a sensação de que a quantia integral pertence ao dono da conta. A fácil disponibilidade desse “benefício” faz com que muitas pessoas se endividem e não saibam como sair do cheque especial.
Embora seja uma das linhas de crédito mais acessíveis, o cheque especial também se apresenta como uma das alternativas mais caras. De acordo como um levantamento feito pelo Banco Central em 2016, os juros desse recurso têm alcançado, em média, 318,4% ao ano.
Infelizmente, muitas pessoas acabam se rendendo a esse recurso e ficando suscetíveis à alta cobranças de juros. Se você vive uma situação semelhante, fique atento às nossas dicas e descubra o melhor caminho para sair do cheque especial.
5 dicas para sair do cheque especial
1. Administre suas economias
Compreendemos que, em certos casos, as pessoas recorrem ao cheque especial por falta de opções. No entanto, o controle das economias continua sendo indispensável. Se a situação não está boa, você não vai querer que ela piore, não é mesmo? Por isso, reveja hábitos e comece a economizar para que dívida não aumente. Monte planilhas e recorra aos aplicativos de controle financeiro. Se encontrar maiores dificuldades para administrar as finanças, considere o auxílio de um consultor de finanças pessoais. Por meio da consultoria financeira pessoal, ele te mostrará a forma mais indicada para sair do cheque especial.
2. Converse com o seu gerente
Após elaborar o controle financeiro, marque uma conversa com o seu gerente. O diálogo permitirá que vocês encontrem a melhor alternativa para sair do cheque especial. Dependendo da situação, é possível renegociar a dívida. Mas, cuidado! Só feche o acordo se tiver certeza de que pagará a quantia estabelecida. Muitas pessoas acabam não pagando o valor renegociado. De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), um terço dos devedores renegocia dívidas, mas não consegue quitá-las.
3. Troque a dívida por uma mais barata
Engana-se quem acredita que esse é um mau negócio. Na verdade, a substituição de dívida é a melhor saída para casos que não são resolvidos nem com o planejamento financeiro nem com a renegociação de dívida. O cheque especial é uma das linhas de crédito mais caras. Portanto, a substituição dele por um empréstimo consignado, por exemplo, pode ser uma boa solução, já que a taxa de juros do consignado são menores.
4. Busque verba extra
Se o orçamento ficou limitado e você não consegue pagar o parcelamento da dívida, pense em ampliar a sua renda. Vender produtos de catálogos, dirigir para empresas de transporte particular, comercializar itens artesanais ou, até mesmo, fazer doces sob encomenda são algumas possibilidades. Busque uma atividade que não precise de altos investimentos financeiros e que tenha a ver com o seu perfil.
5. Cancele o cheque especial
Muitas pessoas não sabem, mas o cheque especial não é um serviço obrigatório. Ele pode ser cancelado a qualquer momento, mesmo que você tenha dívidas em aberto. Então, para sair do cheque especial, procure o seu banco e peça o cancelamento desse recurso. Mas, fique atento! Embora a dívida fique “congelada”, o débito continuará existindo e ele deverá ser pago.
Fonte: Bremenkamp Consultoria Financeira