‘Tem que meter a faca no Sistema S’, diz futuro ministro Paulo Guedes

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou nesta segunda-feira (17) o Sistema S, formado por entidades empresariais e que se dedica, entre outras coisas, ao ensino profissionalizante no país. A uma plateia de empresários reunidos na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Guedes criticou os custos do sistema. Para ele, os […]

POR Redação SRzd17/12/2018|3 min de leitura

‘Tem que meter a faca no Sistema S’, diz futuro ministro Paulo Guedes

Paulo Guedes. Foto: Divulgação

| Siga-nos Google News

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou nesta segunda-feira (17) o Sistema S, formado por entidades empresariais e que se dedica, entre outras coisas, ao ensino profissionalizante no país.

A uma plateia de empresários reunidos na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Guedes criticou os custos do sistema. Para ele, os cortes nos programas precisam ser acentuados.

“Tem que meter a faca no Sistema S”, disse. Ele acrescentou que não “adianta cobrar sacrifícios dos outros e não dar o exemplo”. Guedes não explicitou ao que se referia, mas a reforma trabalhista, aprovada no governo Michel Temer, acabou com o imposto sindical obrigatório, o que afetou sindicatos e centrais sindicais, como a CUT.

Após a palestra de Guedes, o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, afirmou aos jornalistas presentes que concorda com a necessidade de revisão nos custos, mas destacou a importância do investimento em qualificação de mão de obra.

“As instituições no Brasil, privadas e públicas, merecem uma revisita para melhorarem os seus custos. O ministro Paulo Guedes, ao mesmo tempo que diz que quer cortar no orçamento dos ‘S’, diz que não quer prejudicar as coisas que dão certo, as escolas que estão funcionando, que estão entregando mudança de vida para as pessoas. Portanto, estamos muito tranquilos, porque é um objetivo comum”, salientou.

O Sistema S começou a ser implementado no Brasil para oferecer cursos profissionalizantes. O primeiro a ser criado foi o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, em 1942. Atualmente, nove entidades se dedicam à formação profissional em suas respectivas áreas de atuação (indústria, comércio, agronegócio, transportes, cooperativismo e empreendedorismo). Todas têm seu nome iniciado com a letra “S”.

Embora sejam privadas e administradas por entidades patronais, as instituições são mantidas por contribuições estipuladas pela Constituição. Uma parcela da folha de pagamento das empresas é destinada às entidades patronais da categoria a qual pertencem. Estas, por sua vez, são obrigadas por lei a destinar os recursos ao aperfeiçoamento profissional (por meio dos serviços de aprendizagem) e ao bem estar social dos trabalhadores (por meio dos chamados Serviços Sociais).

O dinheiro arrecadado pelo governo é distribuído integralmente para as entidades. Em 2017, de acordo com números da Receita Federal, foram repassados R$ 16,5 bilhões às entidades do Sistema S. Este ano, até outubro, R$ 14,4 bilhões.

As alíquotas cobradas sobre a folha de pagamento para cada entidade variam de setor para setor. Os percentuais vão de 1% a 2,5%, dependendo da entidade.

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou nesta segunda-feira (17) o Sistema S, formado por entidades empresariais e que se dedica, entre outras coisas, ao ensino profissionalizante no país.

A uma plateia de empresários reunidos na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Guedes criticou os custos do sistema. Para ele, os cortes nos programas precisam ser acentuados.

“Tem que meter a faca no Sistema S”, disse. Ele acrescentou que não “adianta cobrar sacrifícios dos outros e não dar o exemplo”. Guedes não explicitou ao que se referia, mas a reforma trabalhista, aprovada no governo Michel Temer, acabou com o imposto sindical obrigatório, o que afetou sindicatos e centrais sindicais, como a CUT.

Após a palestra de Guedes, o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, afirmou aos jornalistas presentes que concorda com a necessidade de revisão nos custos, mas destacou a importância do investimento em qualificação de mão de obra.

“As instituições no Brasil, privadas e públicas, merecem uma revisita para melhorarem os seus custos. O ministro Paulo Guedes, ao mesmo tempo que diz que quer cortar no orçamento dos ‘S’, diz que não quer prejudicar as coisas que dão certo, as escolas que estão funcionando, que estão entregando mudança de vida para as pessoas. Portanto, estamos muito tranquilos, porque é um objetivo comum”, salientou.

O Sistema S começou a ser implementado no Brasil para oferecer cursos profissionalizantes. O primeiro a ser criado foi o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, em 1942. Atualmente, nove entidades se dedicam à formação profissional em suas respectivas áreas de atuação (indústria, comércio, agronegócio, transportes, cooperativismo e empreendedorismo). Todas têm seu nome iniciado com a letra “S”.

Embora sejam privadas e administradas por entidades patronais, as instituições são mantidas por contribuições estipuladas pela Constituição. Uma parcela da folha de pagamento das empresas é destinada às entidades patronais da categoria a qual pertencem. Estas, por sua vez, são obrigadas por lei a destinar os recursos ao aperfeiçoamento profissional (por meio dos serviços de aprendizagem) e ao bem estar social dos trabalhadores (por meio dos chamados Serviços Sociais).

O dinheiro arrecadado pelo governo é distribuído integralmente para as entidades. Em 2017, de acordo com números da Receita Federal, foram repassados R$ 16,5 bilhões às entidades do Sistema S. Este ano, até outubro, R$ 14,4 bilhões.

As alíquotas cobradas sobre a folha de pagamento para cada entidade variam de setor para setor. Os percentuais vão de 1% a 2,5%, dependendo da entidade.

Notícias Relacionadas

Ver tudo