Editorial do The Guardian aponta que ‘democracia brasileira está em perigo’

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Um novo editorial do jornal inglês The Guardian discorre sobre a eleição presidencial brasileira. Nele, é apontado que a “democracia está em perigo” no Brasil com a candidatura à Presidência da República de Jair Bolsonaro (PSL).​ O veículo menciona movimentos como “Ele Não” e compara Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos Donald Tump.​ ​O texto […]

POR Redação SRzd05/10/2018|3 min de leitura

Editorial do The Guardian aponta que ‘democracia brasileira está em perigo’

Jair Bolsonaro. Foto: Pozzebom/Agência Brasil

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Um novo editorial do jornal inglês The Guardian discorre sobre a eleição presidencial brasileira. Nele, é apontado que a “democracia está em perigo” no Brasil com a candidatura à Presidência da República de Jair Bolsonaro (PSL).​ O veículo menciona movimentos como “Ele Não” e compara Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos Donald Tump.​

​O texto abre dizendo, em tradução livre, que “o antes inacreditável risco do político de direita Jair Bolsonaro se tornar presidente do Brasil agora é real. ​O perigo que ele representa para a democracia é imenso”. ​​Em seguida, é abordado o movimento “ele não” como resposta das massas, principalmente mulheres, ao crescimento do candidato nas pesquisas.

O editorial aponta que não é impossível que Jair seja eleito, visto o destaque que ele tem ganhado nas recentes pesquisas eleitorais; além de estar 10 pontos na frente, no primeiro turno, de “seu rival mais próximo”, Fernando Haddad (PT).

As comparações entre Bolsonaro e o presidente norte-americano Donald Trump também são mencionadas. No entanto, o The Guardian acredita ser “muito gentil” chamar o candidato do PSL de “Donald Trump Latino-Americano”.

“Bolsonaro é um misógino e homofóbico cujas opiniões sobre comunidades indígenas e meio ambiente são tão sombrias quanto. Ele exalta torturadores e a ditadura militar que ocorreu no Brasil de 1964 até 1985. Ele recentemente pediu que seus oponentes políticos fossem mortos”, escreveu o veículo em inglês.

​A maior semelhança entre Bolsonaro e Trump, segundo o jornal, é que ambos “são sintomas de um problema mais profundo”. O The Guardian destaca que o Brasil, atualmente, está se “recuperando da sua pior recessão” e isso teria aberto espaço para um candidato que antes era “ofensivo, mas irrelevante”.

O The Guardian ressalta ainda que uma derrota de Bolsonaro nas urnas pode gerar uma situação de desconforto por parte de seus eleitores. “Oponentes temem que se Haddad vencer, seu rival irá afirmar que resultado é ilegítimo — e que o exército possa querer intervir”, comentou.

Na conclusão do editorial, é destacada a necessidade de reconstruir uma cultura política saudável no Brasil. “Mesmo o melhor cenário – uma derrota clara para Bolsonaro, aceita pelos seus apoiadores – dificilmente seria motivo de comemoração. As forças que lhe deram origem não desaparecerão por si mesmas. Reconstruir a economia, reduzir o crime e combater a corrupção será essencial para a construção de uma cultura política mais saudável. Essa é uma tarefa verdadeiramente gigantesca, mas, agora, é a melhor esperança do Brasil”, concluiu

Um novo editorial do jornal inglês The Guardian discorre sobre a eleição presidencial brasileira. Nele, é apontado que a “democracia está em perigo” no Brasil com a candidatura à Presidência da República de Jair Bolsonaro (PSL).​ O veículo menciona movimentos como “Ele Não” e compara Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos Donald Tump.​

​O texto abre dizendo, em tradução livre, que “o antes inacreditável risco do político de direita Jair Bolsonaro se tornar presidente do Brasil agora é real. ​O perigo que ele representa para a democracia é imenso”. ​​Em seguida, é abordado o movimento “ele não” como resposta das massas, principalmente mulheres, ao crescimento do candidato nas pesquisas.

O editorial aponta que não é impossível que Jair seja eleito, visto o destaque que ele tem ganhado nas recentes pesquisas eleitorais; além de estar 10 pontos na frente, no primeiro turno, de “seu rival mais próximo”, Fernando Haddad (PT).

As comparações entre Bolsonaro e o presidente norte-americano Donald Trump também são mencionadas. No entanto, o The Guardian acredita ser “muito gentil” chamar o candidato do PSL de “Donald Trump Latino-Americano”.

“Bolsonaro é um misógino e homofóbico cujas opiniões sobre comunidades indígenas e meio ambiente são tão sombrias quanto. Ele exalta torturadores e a ditadura militar que ocorreu no Brasil de 1964 até 1985. Ele recentemente pediu que seus oponentes políticos fossem mortos”, escreveu o veículo em inglês.

​A maior semelhança entre Bolsonaro e Trump, segundo o jornal, é que ambos “são sintomas de um problema mais profundo”. O The Guardian destaca que o Brasil, atualmente, está se “recuperando da sua pior recessão” e isso teria aberto espaço para um candidato que antes era “ofensivo, mas irrelevante”.

O The Guardian ressalta ainda que uma derrota de Bolsonaro nas urnas pode gerar uma situação de desconforto por parte de seus eleitores. “Oponentes temem que se Haddad vencer, seu rival irá afirmar que resultado é ilegítimo — e que o exército possa querer intervir”, comentou.

Na conclusão do editorial, é destacada a necessidade de reconstruir uma cultura política saudável no Brasil. “Mesmo o melhor cenário – uma derrota clara para Bolsonaro, aceita pelos seus apoiadores – dificilmente seria motivo de comemoração. As forças que lhe deram origem não desaparecerão por si mesmas. Reconstruir a economia, reduzir o crime e combater a corrupção será essencial para a construção de uma cultura política mais saudável. Essa é uma tarefa verdadeiramente gigantesca, mas, agora, é a melhor esperança do Brasil”, concluiu

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