Poucos dias antes do colapso no sistema de saúde de Manaus, membros da equipe do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediram ao governo do Amazonas que adotasse um “meio-termo” nas medidas restritivas do estado, algo diferente do lockdown.
Segundo reportagem do jornal “O Globo”, o pedido foi feito em caráter reservado após reunião realizada em Manaus, no dia 10 de janeiro.
Quatro dias depois, o governador Wilson Lima, do PSC, assinou um decreto impondo medidas menos restritivas que o lockdown no estado, como o toque de recolher entre 19h e 6h.
Por conta do avanço da Covid-19, que circula no estado em uma variante ainda mais contagiosa, o Amazonas enfrenta superlotação de hospitais e falta de oxigênio para internados. O Ministério Público Federal (MPF) aponta que pelo menos 29 pessoas morreram por falta de oxigênio.
Esta não foi a primeira vez que Wilson Lima optou por medidas menos severas para conter a doença. No dia 23 de dezembro, quando o estado já enfrentava um novo aumento no número de casos, o governador assinou um decreto impondo medidas de restrição ao comércio.
A medida, no entanto, foi criticada por políticos e empresários. No dia 27, Lima recuou e afrouxou as regras permitindo o retorno das atividades do comércio local.