Ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero sai atirando e acusa Geddel Vieira Lima

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Mais um ministro do Governo Michel Temer pede para sair. E as razões que o fizeram se demitir são graves, pois denota um estilo corrupto dentro do primeiro escalão. Em entrevista aos repórteres Paulo Gama e Natuza Nery, da Folha de São Paulo, Marcelo Calero, que ocupava a pasta da Cultura, diz que já no seu […]

POR Redação SRzd19/11/2016|2 min de leitura

Ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero sai atirando e acusa Geddel Vieira Lima
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Mais um ministro do Governo Michel Temer pede para sair. E as razões que o fizeram se demitir são graves, pois denota um estilo corrupto dentro do primeiro escalão. Em entrevista aos repórteres Paulo Gama e Natuza Nery, da Folha de São Paulo, Marcelo Calero, que ocupava a pasta da Cultura, diz que já no seu primeiro mês no cargo recebeu telefonema suspeito de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), responsável pela articulação política do governo Michel Temer no cargo de ministro da Secretaria de Governo.

Neste primeiro contato, Geddel pediu para Calero liberar um empreendimento na Bahia que estava sob análise do iPhan(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Apesar do iPhan baiano ter liberado, o Instituto no âmbito nacional encontrou inúmeras irregularidades que impossibilitavam a autorização como queria Geddel. Marcelo Calero confessou que ficou assustado com a forma assertiva e truculenta de Geddel.

Geddel Vieira Lima, articulador político do governo e um dos homens fortes de Michel Temer, o cobrou a pressionar o iPhan a liberar imediatamente um empreendimento de 30 andares no centro histórico de Salvador. O motivo: Geddel era dono de um imóvel no empreendimento embargado. “E eu, que comprei um andar alto, como é que eu fico?”, cobrava o ministro.

“Eu fiquei surpreendido, porque me pareceu – não sei se estou sendo muito ingênuo – tão absurdo o ministro me ligar determinando que eu liberasse um empreendimento no qual ele tinha um imóvel. Você fica atônito. Veio à minha cabeça: “Gente, esse cara é louco, pode estar grampeado e vai me envolver em rolo, pelo amor de Deus”.

Segundo Calero, ele não foi para o governo para “fazer maracutaia”, nem para ceder às pressões de uma pessoa “truculenta” como Geddel.

“Estou fora da lógica desses caras, não sou político profissional. Não tenho rabo preso. Não estou aqui para fazer maracutaia. Nós precisamos ter a coragem de dizer: ‘Daqui eu não passo’. Vou voltar a ser um diplomata de carreira que passou em quinto lugar num concurso, estudando e trabalhando ao mesmo tempo. Se for para fazer errado, vou embora. Ele só me disse que tinha apartamento no prédio em 28 de outubro.”

Mais um ministro do Governo Michel Temer pede para sair. E as razões que o fizeram se demitir são graves, pois denota um estilo corrupto dentro do primeiro escalão. Em entrevista aos repórteres Paulo Gama e Natuza Nery, da Folha de São Paulo, Marcelo Calero, que ocupava a pasta da Cultura, diz que já no seu primeiro mês no cargo recebeu telefonema suspeito de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), responsável pela articulação política do governo Michel Temer no cargo de ministro da Secretaria de Governo.

Neste primeiro contato, Geddel pediu para Calero liberar um empreendimento na Bahia que estava sob análise do iPhan(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Apesar do iPhan baiano ter liberado, o Instituto no âmbito nacional encontrou inúmeras irregularidades que impossibilitavam a autorização como queria Geddel. Marcelo Calero confessou que ficou assustado com a forma assertiva e truculenta de Geddel.

Geddel Vieira Lima, articulador político do governo e um dos homens fortes de Michel Temer, o cobrou a pressionar o iPhan a liberar imediatamente um empreendimento de 30 andares no centro histórico de Salvador. O motivo: Geddel era dono de um imóvel no empreendimento embargado. “E eu, que comprei um andar alto, como é que eu fico?”, cobrava o ministro.

“Eu fiquei surpreendido, porque me pareceu – não sei se estou sendo muito ingênuo – tão absurdo o ministro me ligar determinando que eu liberasse um empreendimento no qual ele tinha um imóvel. Você fica atônito. Veio à minha cabeça: “Gente, esse cara é louco, pode estar grampeado e vai me envolver em rolo, pelo amor de Deus”.

Segundo Calero, ele não foi para o governo para “fazer maracutaia”, nem para ceder às pressões de uma pessoa “truculenta” como Geddel.

“Estou fora da lógica desses caras, não sou político profissional. Não tenho rabo preso. Não estou aqui para fazer maracutaia. Nós precisamos ter a coragem de dizer: ‘Daqui eu não passo’. Vou voltar a ser um diplomata de carreira que passou em quinto lugar num concurso, estudando e trabalhando ao mesmo tempo. Se for para fazer errado, vou embora. Ele só me disse que tinha apartamento no prédio em 28 de outubro.”

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