Ex-presidente do IBGE diz que cancelamento do Censo é ‘catástrofe’
O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, o IBGE, Paulo Rabello de Castro, afirmou neste sábado (24), em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, que o cancelamento do Censo Demográfico de 2021 é uma “catástrofe”. “Ao mesmo tempo que esse terrível vírus ceifa vidas e ceifa também uma parte do […]
PORRedação SRzd24/4/2021|
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Paulo Rabello de Castro. Foto: Reprodução da TV
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O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, o IBGE, Paulo Rabello de Castro, afirmou neste sábado (24), em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, que o cancelamento do Censo Demográfico de 2021 é uma “catástrofe”.
“Ao mesmo tempo que esse terrível vírus ceifa vidas e ceifa também uma parte do PIB, a ausência de estatísticas liquida as políticas públicas e ainda liquida, a mais longo prazo, a própria democracia. Muita gente não percebe, mas é a contagem da população por município, por Estado, que qualifica a quantidade de representantes nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Ela estabiliza as participações de acordo com o tamanho das respectivas populações. E não é só isso. O Censo Demográfico também revela a qualidade das habitações, as taxas de emprego ou desemprego da população, as características dos domicílios e das famílias, pautando todas as políticas públicas”, avaliou.
Rabello ainda comentou que a realização da pesquisa empregaria mais de 200 mil pessoas: “Os R$ 2 bilhões de gastos do Censo se somariam como parte do auxílio emergencial, porque os licenciadores iriam utilizar esses recursos para o seu sustento. Vai haver uma enxurrada de constatações judiciais e, provavelmente, o governo vai, a título de indenização a Estados e municípios, gastar os mais de R$ 2 bilhões que seriam gastos inicialmente. É o Brasil jogando dinheiro fora”, prevê.
O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, o IBGE, Paulo Rabello de Castro, afirmou neste sábado (24), em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, que o cancelamento do Censo Demográfico de 2021 é uma “catástrofe”.
“Ao mesmo tempo que esse terrível vírus ceifa vidas e ceifa também uma parte do PIB, a ausência de estatísticas liquida as políticas públicas e ainda liquida, a mais longo prazo, a própria democracia. Muita gente não percebe, mas é a contagem da população por município, por Estado, que qualifica a quantidade de representantes nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Ela estabiliza as participações de acordo com o tamanho das respectivas populações. E não é só isso. O Censo Demográfico também revela a qualidade das habitações, as taxas de emprego ou desemprego da população, as características dos domicílios e das famílias, pautando todas as políticas públicas”, avaliou.
Rabello ainda comentou que a realização da pesquisa empregaria mais de 200 mil pessoas: “Os R$ 2 bilhões de gastos do Censo se somariam como parte do auxílio emergencial, porque os licenciadores iriam utilizar esses recursos para o seu sustento. Vai haver uma enxurrada de constatações judiciais e, provavelmente, o governo vai, a título de indenização a Estados e municípios, gastar os mais de R$ 2 bilhões que seriam gastos inicialmente. É o Brasil jogando dinheiro fora”, prevê.