Fiocruz é eleita a melhor instituição de saúde pública do mundo

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A escolha, feita pela World Federation of Public Health Associations, acontece somente a cada três anos.

POR Redação SRzd 23/8/2006| 3 min de leitura

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A escolha, feita pela World Federation of Public Health Associations, acontece somente a cada três anos.

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Orgulho do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, foi eleita a melhor instituição de Saúde Pública do mundo pela World Federation of Public Health Associations (Federação Mundial das Associações de Saúde Pública), uma organização não-governamental internacional que reúne profissionais de saúde de todo o mundo, promovendo intercâmbios e colaborações. A escolha da melhor instituição é feita a cada três anos.

A premiação será esta semana, no encerramento do XI Congresso Mundial de Saúde Pública, que acontece, no Rio de Janeiro, simultaneamente ao VIII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Serão agraciados a Fiocruz e seu presidente, o sanitarista Paulo Buss.

O Instituto Soroterápico Federal foi criado em 25 de maio de 1900 com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste. O local escolhido para construção do Prédio Central, chamado de Pavilhão Mourisco, foi a região da antiga Fazenda de Manguinhos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Logo, o instituto de simples produtor, passou a se dedicar também à pesquisa e à medicina experimental, principalmente depois que Oswaldo Cruz assumiu sua direção, em 1902.

No ano seguinte, Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública. Assim, Manguinhos se tornou base para suas memoráveis campanhas de saneamento, especialmente na cidade do Rio de Janeiro, que na época foi assolada por surtos e epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola. Mesmo enfrentando uma oposição cerrada, inclusive um levante popular – a Revolta da Vacina, em 1904 – o sanitarista obteve sucesso que levou a instituição a receber a medalha de ouro na Exposição Internacional de Higiene, do IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim, em setembro de 1907.

Em 1908, Manguinhos foi rebatizado Instituto Oswaldo Cruz. O trabalho da entidade não se restringiu à capital brasileira. Atendendo às solicitações do governo, colaborou de forma decisiva na ocupação do interior do país. Lá, os pesquisadores realizaram expedições científicas, permitindo, assim, o cumprimento de acordos internacionais e colaborando com o desenvolvimento nacional. O levantamento pioneiro sobre as condições de vida das populações do interior, realizados pelos cientistas de Manguinhos, fundamentou debates acirrados e resultou na criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.

Após a Revolução de 30, o Instituto foi transferido para o recém-criado Ministério da Educação e Saúde Pública. Embora beneficiado com maior aporte de recursos federais, Manguinhos perdeu autonomia, parte de seu pessoal e tornou-se mais vulnerável às interferências políticas externas.

Nas décadas de 50 e 60, o Instituto defendeu o movimento para a criação do Ministério da Ciência e a transferência do setor de pesquisa para o novo órgão. No entanto, o Ministério da Saúde dava mais prioridade para a produção de vacinas. Esta polêmica culminou no Massacre de Manguinhos, em 1970, com a cassação dos direitos políticos e aposentadoria de dez renomados pesquisadores da instituição. Em 1985, eles foram reintegrados. Ainda em 1970, foi instituída a Fundação Oswaldo Cruz, congregando inicialmente o então Instituto Oswaldo Cruz, a Fundação de Recursos Humanos para a Saúde (posteriormente ENSP) e o Instituto Fernandes Figueira (IFF). As demais unidades que hoje compõem a Fiocruz foram incorporadas ao longo dos anos.

Fonte: Portal da Saúde

Orgulho do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, foi eleita a melhor instituição de Saúde Pública do mundo pela World Federation of Public Health Associations (Federação Mundial das Associações de Saúde Pública), uma organização não-governamental internacional que reúne profissionais de saúde de todo o mundo, promovendo intercâmbios e colaborações. A escolha da melhor instituição é feita a cada três anos.

A premiação será esta semana, no encerramento do XI Congresso Mundial de Saúde Pública, que acontece, no Rio de Janeiro, simultaneamente ao VIII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Serão agraciados a Fiocruz e seu presidente, o sanitarista Paulo Buss.

O Instituto Soroterápico Federal foi criado em 25 de maio de 1900 com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste. O local escolhido para construção do Prédio Central, chamado de Pavilhão Mourisco, foi a região da antiga Fazenda de Manguinhos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Logo, o instituto de simples produtor, passou a se dedicar também à pesquisa e à medicina experimental, principalmente depois que Oswaldo Cruz assumiu sua direção, em 1902.

No ano seguinte, Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública. Assim, Manguinhos se tornou base para suas memoráveis campanhas de saneamento, especialmente na cidade do Rio de Janeiro, que na época foi assolada por surtos e epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola. Mesmo enfrentando uma oposição cerrada, inclusive um levante popular – a Revolta da Vacina, em 1904 – o sanitarista obteve sucesso que levou a instituição a receber a medalha de ouro na Exposição Internacional de Higiene, do IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim, em setembro de 1907.

Em 1908, Manguinhos foi rebatizado Instituto Oswaldo Cruz. O trabalho da entidade não se restringiu à capital brasileira. Atendendo às solicitações do governo, colaborou de forma decisiva na ocupação do interior do país. Lá, os pesquisadores realizaram expedições científicas, permitindo, assim, o cumprimento de acordos internacionais e colaborando com o desenvolvimento nacional. O levantamento pioneiro sobre as condições de vida das populações do interior, realizados pelos cientistas de Manguinhos, fundamentou debates acirrados e resultou na criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.

Após a Revolução de 30, o Instituto foi transferido para o recém-criado Ministério da Educação e Saúde Pública. Embora beneficiado com maior aporte de recursos federais, Manguinhos perdeu autonomia, parte de seu pessoal e tornou-se mais vulnerável às interferências políticas externas.

Nas décadas de 50 e 60, o Instituto defendeu o movimento para a criação do Ministério da Ciência e a transferência do setor de pesquisa para o novo órgão. No entanto, o Ministério da Saúde dava mais prioridade para a produção de vacinas. Esta polêmica culminou no Massacre de Manguinhos, em 1970, com a cassação dos direitos políticos e aposentadoria de dez renomados pesquisadores da instituição. Em 1985, eles foram reintegrados. Ainda em 1970, foi instituída a Fundação Oswaldo Cruz, congregando inicialmente o então Instituto Oswaldo Cruz, a Fundação de Recursos Humanos para a Saúde (posteriormente ENSP) e o Instituto Fernandes Figueira (IFF). As demais unidades que hoje compõem a Fiocruz foram incorporadas ao longo dos anos.

Fonte: Portal da Saúde

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