Um protesto realizado nesta segunda-feira (15) em Belo Horizonte, culminou em censura ao trabalho da imprensa, com direito a ataques violentos contra um repórter-fotográfico do jornal “O Estado de Minas”.
Os manifestantes protestavam em favor de Jair Bolsonaro, contra o Supremo Tribunal Federal (STF), ao prefeito Alexandre Kalil e às medidas sanitárias de restrição adotadas na capital mineira desde o início de março para conter a pandemia de Covid-19.
As agressões sofridas pelo repórter-fotógrafico constam em Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal (Deajec), no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital. A violência também foi registrada em fotos e vídeos.
Segundo reportagem do jornal nas imagens, o profissional – que não será identificado por motivos de segurança –, aparece sendo empurrado e ofendido pelos manifestantes em frente ao 12º BI, quartel do Exército. O grupo tenta impedir que o jornalista filme e fotografe o ato, sob alegação de que ele é “comunista”.
O profissional relata que levou pontapés na perna esquerda e golpes com um cabo de uma bandeira próximo ao rosto. “Tudo isso sem motivo algum. Fui à manifestação simplesmente para fazer o meu trabalho, que é reportar”, disse.
O nome do agressor é Paulo Cesar Bretas, de 69 anos. O fotógrafo agredido registrou a ocorrência identificando o agressor. Uma das três fotos de Bretas no Instagram mostra ele trabalhando como Papai Noel em um shopping da capital mineira.