Funai encontra novos índios isolados no Norte do país

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) encontrou um grupo indígena isolado próximo a fronteira do Brasil com o Peru. A região, no sudoeste estado do Amazonas, é conhecida como Vale do Javari e abriga diversas tribos. A equipe da Funai conseguiu ter acesso a essa população desconhecida após percorrer um longo trajeto. Foram mais de […]

POR Redação SRzd23/08/2018|3 min de leitura

Funai encontra novos índios isolados no Norte do país

Maloca encontrada dentro de mata densa. Foto: Reprodução/Funai

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) encontrou um grupo indígena isolado próximo a fronteira do Brasil com o Peru. A região, no sudoeste estado do Amazonas, é conhecida como Vale do Javari e abriga diversas tribos.

A equipe da Funai conseguiu ter acesso a essa população desconhecida após percorrer um longo trajeto. Foram mais de 180 quilômetros por rios e estradas, além de 120 quilômetros a pé pela mata densa. No caminho, foram percebidos indícios de que haviam populações isoladas na região. A confirmação ocorreu com a ajuda de um drone, que registou imagens do dia a dia dos índios. Nenhum contato direto foi estabelecido em respeito ao isolamento dos indígenas e, também, para evitar transmissão de doenças.

Embora tenham sido divulgadas nesta semana, as imagens foram gravadas no último ano. A Funai tem usado o registro para alertar sobre a preservação de terras indígenas. “Essa é a terceira expedição terrestre de monitoramento dos índios isolados em menos de um ano nessa região. Outros dois sobrevoos também foram realizados nesse período. A proposta é manter um trabalho contínuo da FPEVJ, a partir de Eirunepé-AM, ampliando-o para outras áreas de circulação dos Índios Isolados no alto curso dos rios Jutaí e Itaquaí. A vigilância e fiscalização devem ser intensificadas na região para coibir a ação de infratores e garantir a posse plena do território pelos indígenas”, afirmou Vitor Góis, servidor da Funai que coordenou os trabalhos em campo.

De acordo com a Fundação, foram encontradas provas de irregularidades que ameaçam a existência dos indígenas na região. Entre elas, a presença assídua de caçadores em busca de animais silvestres; e proprietários de terra e gado, que foram notificados por ocuparem ilegalmente parte Terra Indígena (TI) Mawetek.

O rio Juruazinho, um importante afluente da região, compreende o limite sul da Terra Indígena Vale do Javari e norte da Terra Indígena Mawetek. A TI Vale do Javari é a segunda maior do país e está localizada no sudoeste do Amazonas. Ela é ocupada por seis povos contatados (Matsés, Matis, Marubo, Kanamari e Kulina-Pano); dois de recente contato (Korubo e Tsohom Djapa); e dezesseis registros em estudo de índios isolados (sendo 11 confirmados). Já a TI Mawetek é de usufruto exclusivo do povo Kanamari e está inserida nos afluentes que formam o rio Juruá, próximo a cidade de Eirunepé, sendo contígua ao limite sul da TI Vale do Javari.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) encontrou um grupo indígena isolado próximo a fronteira do Brasil com o Peru. A região, no sudoeste estado do Amazonas, é conhecida como Vale do Javari e abriga diversas tribos.

A equipe da Funai conseguiu ter acesso a essa população desconhecida após percorrer um longo trajeto. Foram mais de 180 quilômetros por rios e estradas, além de 120 quilômetros a pé pela mata densa. No caminho, foram percebidos indícios de que haviam populações isoladas na região. A confirmação ocorreu com a ajuda de um drone, que registou imagens do dia a dia dos índios. Nenhum contato direto foi estabelecido em respeito ao isolamento dos indígenas e, também, para evitar transmissão de doenças.

Embora tenham sido divulgadas nesta semana, as imagens foram gravadas no último ano. A Funai tem usado o registro para alertar sobre a preservação de terras indígenas. “Essa é a terceira expedição terrestre de monitoramento dos índios isolados em menos de um ano nessa região. Outros dois sobrevoos também foram realizados nesse período. A proposta é manter um trabalho contínuo da FPEVJ, a partir de Eirunepé-AM, ampliando-o para outras áreas de circulação dos Índios Isolados no alto curso dos rios Jutaí e Itaquaí. A vigilância e fiscalização devem ser intensificadas na região para coibir a ação de infratores e garantir a posse plena do território pelos indígenas”, afirmou Vitor Góis, servidor da Funai que coordenou os trabalhos em campo.

De acordo com a Fundação, foram encontradas provas de irregularidades que ameaçam a existência dos indígenas na região. Entre elas, a presença assídua de caçadores em busca de animais silvestres; e proprietários de terra e gado, que foram notificados por ocuparem ilegalmente parte Terra Indígena (TI) Mawetek.

O rio Juruazinho, um importante afluente da região, compreende o limite sul da Terra Indígena Vale do Javari e norte da Terra Indígena Mawetek. A TI Vale do Javari é a segunda maior do país e está localizada no sudoeste do Amazonas. Ela é ocupada por seis povos contatados (Matsés, Matis, Marubo, Kanamari e Kulina-Pano); dois de recente contato (Korubo e Tsohom Djapa); e dezesseis registros em estudo de índios isolados (sendo 11 confirmados). Já a TI Mawetek é de usufruto exclusivo do povo Kanamari e está inserida nos afluentes que formam o rio Juruá, próximo a cidade de Eirunepé, sendo contígua ao limite sul da TI Vale do Javari.

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