Governador de Minas, Romeu Zema, choca ao propor separação do país

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Em entrevista publicada no Estadão neste sábado (5), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), promoveu um discurso de viés separatista ao pregar a união dos estados do Sul e Sudeste contra o Nordeste em disputas políticas. Zema defendeu a atuação do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), atualmente presidido pelo governador Ratinho Júnior, do Paraná, e […]

POR Redação SRzd06/08/2023|4 min de leitura

Governador de Minas, Romeu Zema, choca ao propor separação do país

Romeu Zema. Foto: Instagram

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Em entrevista publicada no Estadão neste sábado (5), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), promoveu um discurso de viés separatista ao pregar a união dos estados do Sul e Sudeste contra o Nordeste em disputas políticas. Zema defendeu a atuação do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), atualmente presidido pelo governador Ratinho Júnior, do Paraná, e afirmou que o objetivo do grupo é conquistar o “protagonismo político”, que, em sua visão, tais estados nunca tiveram: “Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País. Não é pouco, né? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos, nós queremos – que é o que nunca tivemos – o protagonismo político”.

O governador bolsonarista afirmou que os estados do Sudeste e do Sul do país são diferentes porque neles há mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial. “Quando se fala em Sul e Sudeste nós temos aqui uma semelhança enorme. Se tem estados que podem contribuir para este país dar certo, eu diria que são esses sete estados. São estados onde, diferente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas que trabalham do que vivendo de auxílio emergencial”, afirmou.

Com uma atitude dotada de preconceitos regionais, a afirmação de que os sete estados do Sul e Sudeste são os únicos que têm mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílios do Governo Federal é uma forma de atacar as regiões que apresentaram inclusive a derrota eleitoral do projeto fascista derrotado nas urnas em 2022.

O governador mineiro reclamou, principalmente, da União e representatividade de estados do Norte e Nordeste, “muito menores em termos de economia e população” – segundo ele, e afirmou que os estados do Sul e Sudeste arrecadam muito mais à União do que recebem de volta. “Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento”, declarou.

Além disso, Zema elogiou o governo de Jair Bolsonaro (PL), ao qual deu “nota 8”. Para ele, o grande legado de Bolsonaro foi ter organizado a direita, algo de “fundamental importância”, na visão do mineiro. Ele entende que o campo direitista precisa se unir para as eleições de 2026 e chama a esquerda de “adversários”: “Se for para lançar dois, três nomes (em 2026), aí é para dar de mão beijada a reeleição ao adversário”.

As rádios da região Nordeste repercutiram a declaração de ódio e preconceito de Zema e viram nela o início de um ação política para jogar brasileiros contra brasileiros. Zema já havia sido chamado de “ignorante”, “sem cultura”, “iletrado” e ” sem educação” quando atacou os heróis da Inconfidência. Na ocasião, durante feriado cívico, Zema chamou de “golpe” a Inconfidência Mineira — revolta popular de caráter separatista que ocorreu no estado no século 18 sob o comando de Tiradentes. Em publicação no Instagram do governo, o perfil da gestão afirmou que os participantes não confessaram “seus crimes”.

“A data de hoje recorda a luta dos inconfidentes mineiros pela liberdade do Brasil e dos brasileiros. Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792”, diz a legenda. Após a repercussão, a palavra “crimes” foi editada e trocada para “atos”.

Em entrevista publicada no Estadão neste sábado (5), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), promoveu um discurso de viés separatista ao pregar a união dos estados do Sul e Sudeste contra o Nordeste em disputas políticas. Zema defendeu a atuação do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), atualmente presidido pelo governador Ratinho Júnior, do Paraná, e afirmou que o objetivo do grupo é conquistar o “protagonismo político”, que, em sua visão, tais estados nunca tiveram: “Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País. Não é pouco, né? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos, nós queremos – que é o que nunca tivemos – o protagonismo político”.

O governador bolsonarista afirmou que os estados do Sudeste e do Sul do país são diferentes porque neles há mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial. “Quando se fala em Sul e Sudeste nós temos aqui uma semelhança enorme. Se tem estados que podem contribuir para este país dar certo, eu diria que são esses sete estados. São estados onde, diferente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas que trabalham do que vivendo de auxílio emergencial”, afirmou.

Com uma atitude dotada de preconceitos regionais, a afirmação de que os sete estados do Sul e Sudeste são os únicos que têm mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílios do Governo Federal é uma forma de atacar as regiões que apresentaram inclusive a derrota eleitoral do projeto fascista derrotado nas urnas em 2022.

O governador mineiro reclamou, principalmente, da União e representatividade de estados do Norte e Nordeste, “muito menores em termos de economia e população” – segundo ele, e afirmou que os estados do Sul e Sudeste arrecadam muito mais à União do que recebem de volta. “Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento”, declarou.

Além disso, Zema elogiou o governo de Jair Bolsonaro (PL), ao qual deu “nota 8”. Para ele, o grande legado de Bolsonaro foi ter organizado a direita, algo de “fundamental importância”, na visão do mineiro. Ele entende que o campo direitista precisa se unir para as eleições de 2026 e chama a esquerda de “adversários”: “Se for para lançar dois, três nomes (em 2026), aí é para dar de mão beijada a reeleição ao adversário”.

As rádios da região Nordeste repercutiram a declaração de ódio e preconceito de Zema e viram nela o início de um ação política para jogar brasileiros contra brasileiros. Zema já havia sido chamado de “ignorante”, “sem cultura”, “iletrado” e ” sem educação” quando atacou os heróis da Inconfidência. Na ocasião, durante feriado cívico, Zema chamou de “golpe” a Inconfidência Mineira — revolta popular de caráter separatista que ocorreu no estado no século 18 sob o comando de Tiradentes. Em publicação no Instagram do governo, o perfil da gestão afirmou que os participantes não confessaram “seus crimes”.

“A data de hoje recorda a luta dos inconfidentes mineiros pela liberdade do Brasil e dos brasileiros. Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792”, diz a legenda. Após a repercussão, a palavra “crimes” foi editada e trocada para “atos”.

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