Governo de São Paulo vai buscar comprador para fábrica da Ford
Após o anúncio, esta semana, do fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, o governador de São Paulo, João Doria, reuniu-se na manhã desta quinta-feira (21) com o CEO da Ford América do Sul, Lyle Watters. Após a reunião, Doria anunciou que, na semana que vem, o governo do estado vai buscar um […]
POR Redação SRzd21/02/2019|4 min de leitura
Após o anúncio, esta semana, do fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, o governador de São Paulo, João Doria, reuniu-se na manhã desta quinta-feira (21) com o CEO da Ford América do Sul, Lyle Watters. Após a reunião, Doria anunciou que, na semana que vem, o governo do estado vai buscar um comprador para a fábrica, no intuito de manter os empregos.
“Foi uma reunião longa e dura”, disse Doria, ao fazer o anúncio. “[A decisão] é que governo de São Paulo vai buscar comprador para essa fábrica para a preservação do parque fabril e dos empregos”, acrescentou.
Segundo Doria, como o fechamento da fábrica não será imediato, mas ao longo de 2019, nesse período o governo pretende ajudar a Ford a encontrar um comprador para a fábrica.
“Não há preocupação imediata dos funcionários da Ford, na perda de seus empregos. Vai continuar normalmente. Ao longo desse período, o governo vai ajudar a Ford a encontrar um comprador para o parque fabril para que ali possam permanecer os trabalhadores, ainda que com uma nova marca assumindo o parque industrial”, disse o governador.
“Até o final deste ano os empregos estão assegurados, mas vamos, de forma célere, buscar um potencial comprador para as instalações da Ford em São Bernardo do Campo”, acrescentou.
Segundo Doria, a Ford garantiu que a fábrica de Tatuapé, onde há 1,6 mil trabalhadores, e as sedes de Tatuí, com 270 funcionários, e de Barueri, com 170 funcionários, não serão afetados. Também serão mantidos, segundo Doria, o centro administrativo da Ford em São Bernardo do Campo.
A reunião aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Também estiveram presentes o vice-presidente de Assuntos Governamentais, Comunicação e Estratégia da Ford na América do Sul, Rogelio Golfarb; o vice-governador e secretário de governo, Rodrigo Garcia; o secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles; e o assessor da secretaria da Fazenda e Planejamento, Gustavo Ley.
O prefeito de São Bernardo disse que foi surpreendido com a notícia sobre o fechamento da fábrica na cidade. E que a medida traria um grande impacto de arrecadação para a cidade, de R$ 4 milhões em ISS por ano e de R$ 14,5 milhões em transferência do ICMS.
Sindicato
Nenhum representante de sindicato dos trabalhadores foi convidado a participar do encontro. Em vídeo divulgado no site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o presidente Wagner Santana criticou o governo e a Ford por não convidarem os trabalhadores para participar da reunião.
“Ficamos sabendo, através da imprensa, que ocorrerá às 10h uma reunião com o governador, o presidente da empresa e também o prefeito da cidade. Solicitamos que a gente pudesse, como trabalhadores, os mais afetados por essa decisão, participar dessa reunião. Recebemos o retorno do gabinete do governador dizendo que eles não nos queriam nessa reunião”, disse o sindicalista.
O governador João Doria confirmou que o governo não convidou os sindicalistas para participar da reunião: “Não foi feito convite porque não era o momento para ter o sindicato participando da reunião. Mas haverá, no momento oportuno. Primeiro, precisávamos ter o diagnóstico. Saímos de uma reunião de forma positiva. Agora, temos um cenário melhor, mais tranquilizador. Oportunamente eles serão convidados para a conversa conjuntamente com a Ford”.
Após o anúncio, esta semana, do fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, o governador de São Paulo, João Doria, reuniu-se na manhã desta quinta-feira (21) com o CEO da Ford América do Sul, Lyle Watters. Após a reunião, Doria anunciou que, na semana que vem, o governo do estado vai buscar um comprador para a fábrica, no intuito de manter os empregos.
“Foi uma reunião longa e dura”, disse Doria, ao fazer o anúncio. “[A decisão] é que governo de São Paulo vai buscar comprador para essa fábrica para a preservação do parque fabril e dos empregos”, acrescentou.
Segundo Doria, como o fechamento da fábrica não será imediato, mas ao longo de 2019, nesse período o governo pretende ajudar a Ford a encontrar um comprador para a fábrica.
“Não há preocupação imediata dos funcionários da Ford, na perda de seus empregos. Vai continuar normalmente. Ao longo desse período, o governo vai ajudar a Ford a encontrar um comprador para o parque fabril para que ali possam permanecer os trabalhadores, ainda que com uma nova marca assumindo o parque industrial”, disse o governador.
“Até o final deste ano os empregos estão assegurados, mas vamos, de forma célere, buscar um potencial comprador para as instalações da Ford em São Bernardo do Campo”, acrescentou.
Segundo Doria, a Ford garantiu que a fábrica de Tatuapé, onde há 1,6 mil trabalhadores, e as sedes de Tatuí, com 270 funcionários, e de Barueri, com 170 funcionários, não serão afetados. Também serão mantidos, segundo Doria, o centro administrativo da Ford em São Bernardo do Campo.
A reunião aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Também estiveram presentes o vice-presidente de Assuntos Governamentais, Comunicação e Estratégia da Ford na América do Sul, Rogelio Golfarb; o vice-governador e secretário de governo, Rodrigo Garcia; o secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles; e o assessor da secretaria da Fazenda e Planejamento, Gustavo Ley.
O prefeito de São Bernardo disse que foi surpreendido com a notícia sobre o fechamento da fábrica na cidade. E que a medida traria um grande impacto de arrecadação para a cidade, de R$ 4 milhões em ISS por ano e de R$ 14,5 milhões em transferência do ICMS.
Sindicato
Nenhum representante de sindicato dos trabalhadores foi convidado a participar do encontro. Em vídeo divulgado no site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o presidente Wagner Santana criticou o governo e a Ford por não convidarem os trabalhadores para participar da reunião.
“Ficamos sabendo, através da imprensa, que ocorrerá às 10h uma reunião com o governador, o presidente da empresa e também o prefeito da cidade. Solicitamos que a gente pudesse, como trabalhadores, os mais afetados por essa decisão, participar dessa reunião. Recebemos o retorno do gabinete do governador dizendo que eles não nos queriam nessa reunião”, disse o sindicalista.
O governador João Doria confirmou que o governo não convidou os sindicalistas para participar da reunião: “Não foi feito convite porque não era o momento para ter o sindicato participando da reunião. Mas haverá, no momento oportuno. Primeiro, precisávamos ter o diagnóstico. Saímos de uma reunião de forma positiva. Agora, temos um cenário melhor, mais tranquilizador. Oportunamente eles serão convidados para a conversa conjuntamente com a Ford”.