O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o governo do Rio de Janeiro celebram, nesta quarta-feira (8), um acordo estratégico para o estabelecimento do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra).
Sob a vigência inicial de doze meses, o pacto visa intensificar a luta contra organizações criminosas, concentrando esforços em investigações de lavagem de dinheiro e recuperação de ativos, com a meta de enfraquecer financeiramente tais grupos e reduzir sua influência nas comunidades fluminenses.
Segundo o G1, “a criação do Cifra permitirá compartilhar informações, métodos e técnicas, o que pode servir de molde para outros estados do Brasil. Um dos pontos de partida para a criação do comitê são investigações já desenvolvidas pelo Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Polícia Civil do Rio, com foco para a recuperação de ativos”.
No contexto da segurança pública, o foco no Rio de Janeiro estará nos braços financeiros de milícias, tráfico de drogas e narcomilícias, que estabelecem suas próprias “leis” e sistemas de “justiça”.
A coordenação-geral do Cifra será atribuída à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça, e à Secretaria de Polícia Civil do Rio.
Enquanto isso, a coordenação operacional será realizada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil.
Objetivos
Os objetivos centrais do acordo incluem a redução dos índices de criminalidade, o enfraquecimento das organizações criminosas através do combate direto aos núcleos financeiros, e a integração dos órgãos de segurança pública para aprimorar as ações.
A colaboração entre o MJSP, Polícia Civil do Rio e diversas entidades, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal, entre outros, buscará identificar, rastrear e interromper fluxos financeiros ilícitos.As quantias recuperadas serão investidas em planos de combate ao crime.
“Haverá ainda a interação com atores relacionados à demanda, como Banco Central, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e agências reguladoras”, ressalta a reportagem.