Hacker diz que Bolsonaro ofereceu indulto por manipulação em urna

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O hacker Walter Delgatti Neto afirmou, em depoimento nesta quinta (17) na CPMI do 8 de Janeiro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele um indulto, caso ele fosse preso, para realizar a operação falsa de fraudar as urnas, em que simularia a impressão de um voto falso com um “código-fonte fake”. “Ele me […]

POR Redação SRzd17/08/2023|3 min de leitura

Hacker diz que Bolsonaro ofereceu indulto por manipulação em urna

Walter Delgatti. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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O hacker Walter Delgatti Neto afirmou, em depoimento nesta quinta (17) na CPMI do 8 de Janeiro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele um indulto, caso ele fosse preso, para realizar a operação falsa de fraudar as urnas, em que simularia a impressão de um voto falso com um “código-fonte fake”.

“Ele me disse que estaria salvando o Brasil, precisava ajudá-lo a garantir a lisura das eleições. A ideia era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto ao deputado federal [Daniel Silveira] e como eu estava com [inaudível] da Spoofing da época, e com as cautelares que me proibiram de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto que foi oferecido no dia”, disse Delgatti.

“Se um juiz te prender, eu vou mandar prender o juiz”, teria dito Bolsonaro, segundo Delgatti. Ele afirmou também que, no primeiro encontro, um café da manhã com cerca de três horas de duração, a conversa girou em torno das urnas eletrônicas, mas que o ex-presidente não entendeu a parte técnica e ordenou que ele fosse enviado ao Ministério da Defesa, por onde esteve em outras quatro ocasiões.

A declaração foi dada após questionamento da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama, do PSD, se ele havia recebido alguma espécie de garantia de proteção do ex-presidente.

Bolsonaro: “A parte técnica não entendo”

“A ideia era falar sobre as urnas, a lisura das urnas, e a eleição. Até que o presidente me disse: a parte técnica não entendo, vou te enviar ao Ministério da Defesa e lá você explica isso”, afirmou Delgatti.

No encontro, que teria sido intermediado pela deputada federal Carla Zambelli, do PL, o hacker destacou que Jair Bolsonaro questionou se ele conseguiria invadir urnas eletrônicas, para testar a lisura dos equipamentos.

Delgatti Neto afirmou que o marqueteiro da última campanha presidencial de Bolsonaro, Duda Lima, queria que ele criasse um código “fake” para uma urna eletrônica com o objetivo de enganar a população e desacreditar o processo eleitoral brasileiro. O hacker assegurou que Bolsonaro teria dado aval para o plano.

Grampo contra Moraes

Delgatti ainda declarou que ouviu que o governo já tinha conseguido grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e que Bolsonaro teria, nessa reunião, sugerido que Delgatti “assumisse a autoria” do grampo.

“Segundo ele [Bolsonaro], eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”, declarou o hacker.

O hacker Walter Delgatti Neto afirmou, em depoimento nesta quinta (17) na CPMI do 8 de Janeiro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele um indulto, caso ele fosse preso, para realizar a operação falsa de fraudar as urnas, em que simularia a impressão de um voto falso com um “código-fonte fake”.

“Ele me disse que estaria salvando o Brasil, precisava ajudá-lo a garantir a lisura das eleições. A ideia era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto ao deputado federal [Daniel Silveira] e como eu estava com [inaudível] da Spoofing da época, e com as cautelares que me proibiram de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto que foi oferecido no dia”, disse Delgatti.

“Se um juiz te prender, eu vou mandar prender o juiz”, teria dito Bolsonaro, segundo Delgatti. Ele afirmou também que, no primeiro encontro, um café da manhã com cerca de três horas de duração, a conversa girou em torno das urnas eletrônicas, mas que o ex-presidente não entendeu a parte técnica e ordenou que ele fosse enviado ao Ministério da Defesa, por onde esteve em outras quatro ocasiões.

A declaração foi dada após questionamento da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama, do PSD, se ele havia recebido alguma espécie de garantia de proteção do ex-presidente.

Bolsonaro: “A parte técnica não entendo”

“A ideia era falar sobre as urnas, a lisura das urnas, e a eleição. Até que o presidente me disse: a parte técnica não entendo, vou te enviar ao Ministério da Defesa e lá você explica isso”, afirmou Delgatti.

No encontro, que teria sido intermediado pela deputada federal Carla Zambelli, do PL, o hacker destacou que Jair Bolsonaro questionou se ele conseguiria invadir urnas eletrônicas, para testar a lisura dos equipamentos.

Delgatti Neto afirmou que o marqueteiro da última campanha presidencial de Bolsonaro, Duda Lima, queria que ele criasse um código “fake” para uma urna eletrônica com o objetivo de enganar a população e desacreditar o processo eleitoral brasileiro. O hacker assegurou que Bolsonaro teria dado aval para o plano.

Grampo contra Moraes

Delgatti ainda declarou que ouviu que o governo já tinha conseguido grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e que Bolsonaro teria, nessa reunião, sugerido que Delgatti “assumisse a autoria” do grampo.

“Segundo ele [Bolsonaro], eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”, declarou o hacker.

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