Infectologista questiona redução do tempo de isolamento e vinculação ao teste obrigatório

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O Ministério da Saúde anunciou, na noite desta segunda-feira (10), a redução do período de isolamento para pacientes com Covid-19. Agora, serão cinco dias o tempo de resguardo para pessoas assintomáticas com a doença, desde que apresentem teste negativo. Também há a alternativa de cumprir uma semana de quarentena, sem exame ao final. Para quem […]

POR Redação SRzd12/01/2022|4 min de leitura

Infectologista questiona redução do tempo de isolamento e vinculação ao teste obrigatório

Isolamento social. Foto: Pikist

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O Ministério da Saúde anunciou, na noite desta segunda-feira (10), a redução do período de isolamento para pacientes com Covid-19.

Agora, serão cinco dias o tempo de resguardo para pessoas assintomáticas com a doença, desde que apresentem teste negativo. Também há a alternativa de cumprir uma semana de quarentena, sem exame ao final. Para quem tiver sintomas, o prazo de dez dias se mantém.

Segundo o infectologista e diretor médico da Target Medicina de Precisão, Adelino de Melo Freire Júnior, a medida anunciada pelo Ministério da Saúde é questionável.

“Do ponto de vista do tempo de isolamento, há questionamentos técnicos de segurança em relação a mudança de dez para cinco dias de isolamento. O embasamento científico para essa decisão é questionável e a motivação para essa mudança é mais econômica do que científica, já que a medida visa, principalmente, diminuir o impacto de absenteísmo em empresas. De acordo com os estudos mais relevantes, uma parcela dos doentes ainda pode transmitir a doença no quinto dia de sintomas”, afirma.

O infectologista ressalta que nos Estados Unidos, primeiro país a adotar essa medida, já há uma dificuldade em testagens, como falta de suprimentos e que isso poderá acontecer no Brasil.

“O que preocupa é o Ministério da Saúde vincular a redução do tempo de isolamento a realização de testes. Anteriormente, a pessoa cumpria 10 dias de isolamento e, sem testagem, era liberada do isolamento – sendo essa orientação seguida há mais de um ano. O que muda é justamente condicionar a liberação precoce do isolamento a uma testagem e isso pode ocasionar uma falta de testes para quem está doente. Nosso cenário atual é de falta de insumos, falta de teste rápido e laboratórios pedindo mais prazo para entregar os resultados – o que compromete a assistência hospitalar. A cadeia de suprimentos não tem conseguido suportar e poderá comprometer a testagem de quem está doente”, afirma.

O que diz o Ministério da Saúde sobre a nova recomendação

O isolamento de casos leves e moderados de Covid-19 terá um novo prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde. A partir de agora, o isolamento deverá ser feito por sete dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos. O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga, na sede do Ministério, em Brasília.

Aqueles que realizarem testagem (RT-PCR ou teste rápido de antígeno) para Covid-19 com resultado negativo no quinto dia, poderão sair do isolamento, antes do prazo de sete dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas, e sem o uso de antitérmicos. Se o resultado for positivo, é necessário permanecer em isolamento por dez dias a contar do início dos sintomas.

Para aqueles que no sétimo dia ainda apresentem sintomas, é obrigatória a realização da testagem. Caso o resultado seja negativo, a pessoa deverá aguardar 24 horas sem sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, para sair do isolamento.

Com o diagnóstico positivo, deverá ser mantido o isolamento por pelo menos 10 dias contados a partir do início dos sintomas, sendo liberado do isolamento desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, há pelo menos 24h.

Para aqueles que não realizaram a testagem até o décimo dia, mas estiverem sem sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, há pelo menos 24 horas, poderá sair do isolamento ao fim do décimo dia.

O entendimento de isolamento é a separação de indivíduos infectados dos não infectados durante o período de transmissibilidade da doença. É nesse prazo que é possível transmitir o vírus em condições de infectar outra pessoa.

Leia também:

+ Pesquisadores apontam prejuízo bilionário se Carnaval for cancelado

+ A pior desde 2015, inflação no Brasil é a terceira maior do G-20

O Ministério da Saúde anunciou, na noite desta segunda-feira (10), a redução do período de isolamento para pacientes com Covid-19.

Agora, serão cinco dias o tempo de resguardo para pessoas assintomáticas com a doença, desde que apresentem teste negativo. Também há a alternativa de cumprir uma semana de quarentena, sem exame ao final. Para quem tiver sintomas, o prazo de dez dias se mantém.

Segundo o infectologista e diretor médico da Target Medicina de Precisão, Adelino de Melo Freire Júnior, a medida anunciada pelo Ministério da Saúde é questionável.

“Do ponto de vista do tempo de isolamento, há questionamentos técnicos de segurança em relação a mudança de dez para cinco dias de isolamento. O embasamento científico para essa decisão é questionável e a motivação para essa mudança é mais econômica do que científica, já que a medida visa, principalmente, diminuir o impacto de absenteísmo em empresas. De acordo com os estudos mais relevantes, uma parcela dos doentes ainda pode transmitir a doença no quinto dia de sintomas”, afirma.

O infectologista ressalta que nos Estados Unidos, primeiro país a adotar essa medida, já há uma dificuldade em testagens, como falta de suprimentos e que isso poderá acontecer no Brasil.

“O que preocupa é o Ministério da Saúde vincular a redução do tempo de isolamento a realização de testes. Anteriormente, a pessoa cumpria 10 dias de isolamento e, sem testagem, era liberada do isolamento – sendo essa orientação seguida há mais de um ano. O que muda é justamente condicionar a liberação precoce do isolamento a uma testagem e isso pode ocasionar uma falta de testes para quem está doente. Nosso cenário atual é de falta de insumos, falta de teste rápido e laboratórios pedindo mais prazo para entregar os resultados – o que compromete a assistência hospitalar. A cadeia de suprimentos não tem conseguido suportar e poderá comprometer a testagem de quem está doente”, afirma.

O que diz o Ministério da Saúde sobre a nova recomendação

O isolamento de casos leves e moderados de Covid-19 terá um novo prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde. A partir de agora, o isolamento deverá ser feito por sete dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos. O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga, na sede do Ministério, em Brasília.

Aqueles que realizarem testagem (RT-PCR ou teste rápido de antígeno) para Covid-19 com resultado negativo no quinto dia, poderão sair do isolamento, antes do prazo de sete dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas, e sem o uso de antitérmicos. Se o resultado for positivo, é necessário permanecer em isolamento por dez dias a contar do início dos sintomas.

Para aqueles que no sétimo dia ainda apresentem sintomas, é obrigatória a realização da testagem. Caso o resultado seja negativo, a pessoa deverá aguardar 24 horas sem sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, para sair do isolamento.

Com o diagnóstico positivo, deverá ser mantido o isolamento por pelo menos 10 dias contados a partir do início dos sintomas, sendo liberado do isolamento desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, há pelo menos 24h.

Para aqueles que não realizaram a testagem até o décimo dia, mas estiverem sem sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, há pelo menos 24 horas, poderá sair do isolamento ao fim do décimo dia.

O entendimento de isolamento é a separação de indivíduos infectados dos não infectados durante o período de transmissibilidade da doença. É nesse prazo que é possível transmitir o vírus em condições de infectar outra pessoa.

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