Jogador de futebol e outras seis pessoas morrem em ação policial no Amapá

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Amapá. Sete pessoas foram mortas durante uma ação policial na madrugada de domingo (28) no bairro Pantanal, Zona Norte de Macapá. Entre as vítimas está o jogador de futebol Wendel Cristian Conceição Wanderley, que atuou por clubes tradicionais do estado como Ypiranga, Trem e EC Macapá. O caso provocou forte comoção e levou ao afastamento […]

POR Redação SRzd 5/5/2025| 3 min de leitura

Jogador de futebol e outras seis pessoas morrem em ação policial no Amapá. Foto: Reprodução de TV

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Amapá. Sete pessoas foram mortas durante uma ação policial na madrugada de domingo (28) no bairro Pantanal, Zona Norte de Macapá. Entre as vítimas está o jogador de futebol Wendel Cristian Conceição Wanderley, que atuou por clubes tradicionais do estado como Ypiranga, Trem e EC Macapá. O caso provocou forte comoção e levou ao afastamento dos nove policiais militares envolvidos, por determinação do governador Clécio Luís (Solidariedade).

De acordo com a Polícia Militar, a operação foi motivada por uma denúncia de tráfico de drogas e presença de suspeitos armados em um carro branco, modelo Onix Plus. Segundo o boletim de ocorrência, os policiais teriam sido recebidos a tiros e revidaram em legítima defesa. A PM afirma ter apreendido sete armas, dinheiro e porções de drogas no veículo.

No entanto, a versão da polícia é contestada por testemunhas. Nas redes sociais, amigos e familiares das vítimas afirmam que o grupo voltava de um jogo de futebol e que não houve confronto. “A polícia matou um jovem que não tinha passagem pela polícia, era acadêmico de educação física, trabalhador e jogador de futebol”, escreveu um internauta sobre Wendel.

Entre os mortos também está um adolescente de 14 anos, Max Dias Toloza, além de Erick Marlon Pimentel Ferreira, apontado pela polícia como líder do tráfico local. As demais vítimas foram identificadas como:

  • Thiago Cardoso da Fonseca
  • Emanuel Brayan Pimentel Ferreira
  • Wesley Jhonata Monteiro Ribeiro
  • Cleiton Ramon da Silva Pereira

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp) afirmou que a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso com “rigor e imparcialidade” e verificar se houve uso excessivo da força. “Estamos enfrentando o crime organizado, mas todas as medidas legais serão tomadas para esclarecer os fatos”, declarou o secretário José Netto.

O governador Clécio Luís afirmou em publicação nas redes sociais que, além do afastamento dos policiais, determinou assistência aos familiares das vítimas e investigação rigorosa: “Agiremos com firmeza e responsabilidade”.

O caso também teve repercussão institucional. A OAB-Amapá denunciou a detenção de uma advogada que estaria presente na ação. Segundo a entidade, ela foi algemada enquanto tentava garantir os direitos de um dos cidadãos. A polícia alegou que a prisão ocorreu por desacato.

Clubes amapaenses lamentaram a morte de Wendel. O Ypiranga escreveu em nota: “Uma perda precoce que nos deixa consternados”. O EC Macapá também prestou homenagem e lembrou que o jogador foi campeão sub-20 pelo clube em 2023.

+ confira:

Rodapé - brasil

Amapá. Sete pessoas foram mortas durante uma ação policial na madrugada de domingo (28) no bairro Pantanal, Zona Norte de Macapá. Entre as vítimas está o jogador de futebol Wendel Cristian Conceição Wanderley, que atuou por clubes tradicionais do estado como Ypiranga, Trem e EC Macapá. O caso provocou forte comoção e levou ao afastamento dos nove policiais militares envolvidos, por determinação do governador Clécio Luís (Solidariedade).

De acordo com a Polícia Militar, a operação foi motivada por uma denúncia de tráfico de drogas e presença de suspeitos armados em um carro branco, modelo Onix Plus. Segundo o boletim de ocorrência, os policiais teriam sido recebidos a tiros e revidaram em legítima defesa. A PM afirma ter apreendido sete armas, dinheiro e porções de drogas no veículo.

No entanto, a versão da polícia é contestada por testemunhas. Nas redes sociais, amigos e familiares das vítimas afirmam que o grupo voltava de um jogo de futebol e que não houve confronto. “A polícia matou um jovem que não tinha passagem pela polícia, era acadêmico de educação física, trabalhador e jogador de futebol”, escreveu um internauta sobre Wendel.

Entre os mortos também está um adolescente de 14 anos, Max Dias Toloza, além de Erick Marlon Pimentel Ferreira, apontado pela polícia como líder do tráfico local. As demais vítimas foram identificadas como:

  • Thiago Cardoso da Fonseca
  • Emanuel Brayan Pimentel Ferreira
  • Wesley Jhonata Monteiro Ribeiro
  • Cleiton Ramon da Silva Pereira

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp) afirmou que a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso com “rigor e imparcialidade” e verificar se houve uso excessivo da força. “Estamos enfrentando o crime organizado, mas todas as medidas legais serão tomadas para esclarecer os fatos”, declarou o secretário José Netto.

O governador Clécio Luís afirmou em publicação nas redes sociais que, além do afastamento dos policiais, determinou assistência aos familiares das vítimas e investigação rigorosa: “Agiremos com firmeza e responsabilidade”.

O caso também teve repercussão institucional. A OAB-Amapá denunciou a detenção de uma advogada que estaria presente na ação. Segundo a entidade, ela foi algemada enquanto tentava garantir os direitos de um dos cidadãos. A polícia alegou que a prisão ocorreu por desacato.

Clubes amapaenses lamentaram a morte de Wendel. O Ypiranga escreveu em nota: “Uma perda precoce que nos deixa consternados”. O EC Macapá também prestou homenagem e lembrou que o jogador foi campeão sub-20 pelo clube em 2023.

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