No início da tarde desta terça-feira (1) jornalistas franceses, chineses e de outros três países abandonaram a cobertura da posse do presidente Jair Bolsonaro.
O grupo estava no Palácio Itamaraty, onde será oferecido um jantar aos chefes de Estado que vieram ao Brasil presenciar a cerimônia.
Repórteres brasileiros e estrangeiros foram obrigados a chegar ao Ministério das Relações Exteriores às 11h, mas o evento está marcado para começar apenas às 19h. A justificativa para a espera de oito horas é o esquema de segurança. Além disso, todos os jornalistas foram colocados em um espaço minúsculo batizado de “chiqueirinho” e impedidos de circular pelo Itamaraty.
Profissionais credenciados no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional também foram obrigados a se apresentarem cedo às áreas destinadas à imprensa. Pela primeira vez em uma posse presidencial, os jornalistas só tiveram acesso aos locais de trabalho por meio de um ônibus fretado pelo governo.
Ao contrário de posses anteriores, jornalistas não podem transitar livremente pela Esplanada dos Ministérios. Os profissionais também não têm autorização para falar com o público que acompanha o desfile de Bolsonaro, nem podem sair da cobertura do Congresso Nacional e ir ao Palácio do Planalto ou ao Itamaraty. Todos esses locais realizam cerimônias diferentes da posse presidencial.