Jovem Pan explica afastamento de Villa, que contesta: ‘Sou defensor da democracia’

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Por meio de comunicado, a rádio Jovem Pan se pronunciou sobre a retirada do ar do historiador e comentarista político Marco Antonio Villa, afastado por trinta dias. Sem citar o profissional, que tem contrato vigente até 24 de junho, a nota, que foi lida durante a programação na emissora paulista e teve publicação nas redes […]

POR Redação SRzd30/05/2019|4 min de leitura

Jovem Pan explica afastamento de Villa, que contesta: ‘Sou defensor da democracia’

Marco Antonio Villa. Foto: Reprodução de Internet

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Por meio de comunicado, a rádio Jovem Pan se pronunciou sobre a retirada do ar do historiador e comentarista político Marco Antonio Villa, afastado por trinta dias.

Sem citar o profissional, que tem contrato vigente até 24 de junho, a nota, que foi lida durante a programação na emissora paulista e teve publicação nas redes sociais, nega a influência do presidente Jair Bolsonaro na decisão. No texto, a empresa afirma que prefere resolver este tipo de assunto internamente e que o “respeito ao público impõe aos seus comentaristas limites que separam a crítica substantiva da adjetivação grosseira”.

Inicialmente, a Jovem Pan informou que o comentarista havia tirado férias, o que foi contestado por Villa: “De férias eu não estou. Eu tenho o documento da empresa, datado de 24 de maio, dizendo o seguinte: em face da necessidade de algumas readequações internas, vimos pela presente comunicar que, pelo período de 30 dias, prescindiremos de vosso serviço. Então, primeiro ponto, restabelecendo a verdade: eu não solicitei férias. A empresa é que não solicitou meus serviços. Tudo bem, isso não é problema. Só estou restabelecendo a verdade”.

Ao UOL, Marco Antonio Villa, por orientação de seu advogado, não quis falar sobre o comunicado divulgado pela rádio, mas esclareceu a declaração.

“Sou defensor da democracia e contra a ditadura, contra as pessoas que querem fechar o STF, invadir o Congresso Nacional, e aí incluem os nazistas, neonazistas. Eu não acho que isso foi uma deselegância, adjetivação, isso é conceituar, e assim sempre foi durante os anos em que estive na rádio. Quando alguém defende o fechamento do Supremo e a invasão do Congresso, isso é o neonazismo, sim. Eu não defendo essas pautas, e essas pautas estavam sendo colocadas [na manifestação], sim. Isso é uma concepção autoritária e totalitária porque nega a existência de oposição e Constituição. Estou do lado do polo democrático, portanto não há nada grosseiro”, afirmou nesta quinta-feira (30).

“É claro que os extremistas não gostam de mim porque sou um defensor da democracia, e sempre apontei no Olavo de Carvalho a raiz autoritária, chamando-o de Jim Jones [líder religioso que assassinou mais de 900 pessoas]. E ele me xingou violentamente, colocando até a minha mãe. É um sujeito de nível rasteiro”, concluiu.

Leia a íntegra da nota da Jovem Pan:

“Confrontado com versões e rumores envolvendo um integrante do nosso quadro de profissionais, o Grupo Jovem Pan tem a comunicar o seguinte:

1. Preferimos restringir ao âmbito interno da empresa discordâncias entre funcionários e direção da empresa;

2. O Grupo Jovem Pan foi pioneiro na intensificação do debate político com a contratação de comentaristas com diferentes pontos de vista, que sempre se manifestaram livremente;

3. O apreço do Grupo Jovem Pan pelo convívio dos contrários – sem o qual não existe democracia real – é atestado diariamente pelo conteúdo da nossa programação;

4. O Grupo Jovem Pan jamais cedeu a pressões de governantes e nunca transformou a liberdade de expressão em moeda de troca;

5. Vale frisar que o atual governo federal não fez chegar ao Grupo Jovem Pan qualquer crítica ao desempenho dos nossos profissionais;

6. Fiel à própria história, o Grupo Jovem Pan seguirá orientado pelo amor à verdade e pelo respeito ao público, que vem homenageando esse comportamento com recordes de audiência e com a consolidação da credibilidade que merece um trabalho sério e sóbrio;

7. O Grupo Jovem Pan entende que esse mesmo respeito ao público impõe aos seus comentaristas limites que separam a crítica substantiva da adjetivação grosseira. Quando tal barreira é ultrapassada, cabe à direção da empresa aplicar medidas que garantam a volta à normalidade.”

Por meio de comunicado, a rádio Jovem Pan se pronunciou sobre a retirada do ar do historiador e comentarista político Marco Antonio Villa, afastado por trinta dias.

Sem citar o profissional, que tem contrato vigente até 24 de junho, a nota, que foi lida durante a programação na emissora paulista e teve publicação nas redes sociais, nega a influência do presidente Jair Bolsonaro na decisão. No texto, a empresa afirma que prefere resolver este tipo de assunto internamente e que o “respeito ao público impõe aos seus comentaristas limites que separam a crítica substantiva da adjetivação grosseira”.

Inicialmente, a Jovem Pan informou que o comentarista havia tirado férias, o que foi contestado por Villa: “De férias eu não estou. Eu tenho o documento da empresa, datado de 24 de maio, dizendo o seguinte: em face da necessidade de algumas readequações internas, vimos pela presente comunicar que, pelo período de 30 dias, prescindiremos de vosso serviço. Então, primeiro ponto, restabelecendo a verdade: eu não solicitei férias. A empresa é que não solicitou meus serviços. Tudo bem, isso não é problema. Só estou restabelecendo a verdade”.

Ao UOL, Marco Antonio Villa, por orientação de seu advogado, não quis falar sobre o comunicado divulgado pela rádio, mas esclareceu a declaração.

“Sou defensor da democracia e contra a ditadura, contra as pessoas que querem fechar o STF, invadir o Congresso Nacional, e aí incluem os nazistas, neonazistas. Eu não acho que isso foi uma deselegância, adjetivação, isso é conceituar, e assim sempre foi durante os anos em que estive na rádio. Quando alguém defende o fechamento do Supremo e a invasão do Congresso, isso é o neonazismo, sim. Eu não defendo essas pautas, e essas pautas estavam sendo colocadas [na manifestação], sim. Isso é uma concepção autoritária e totalitária porque nega a existência de oposição e Constituição. Estou do lado do polo democrático, portanto não há nada grosseiro”, afirmou nesta quinta-feira (30).

“É claro que os extremistas não gostam de mim porque sou um defensor da democracia, e sempre apontei no Olavo de Carvalho a raiz autoritária, chamando-o de Jim Jones [líder religioso que assassinou mais de 900 pessoas]. E ele me xingou violentamente, colocando até a minha mãe. É um sujeito de nível rasteiro”, concluiu.

Leia a íntegra da nota da Jovem Pan:

“Confrontado com versões e rumores envolvendo um integrante do nosso quadro de profissionais, o Grupo Jovem Pan tem a comunicar o seguinte:

1. Preferimos restringir ao âmbito interno da empresa discordâncias entre funcionários e direção da empresa;

2. O Grupo Jovem Pan foi pioneiro na intensificação do debate político com a contratação de comentaristas com diferentes pontos de vista, que sempre se manifestaram livremente;

3. O apreço do Grupo Jovem Pan pelo convívio dos contrários – sem o qual não existe democracia real – é atestado diariamente pelo conteúdo da nossa programação;

4. O Grupo Jovem Pan jamais cedeu a pressões de governantes e nunca transformou a liberdade de expressão em moeda de troca;

5. Vale frisar que o atual governo federal não fez chegar ao Grupo Jovem Pan qualquer crítica ao desempenho dos nossos profissionais;

6. Fiel à própria história, o Grupo Jovem Pan seguirá orientado pelo amor à verdade e pelo respeito ao público, que vem homenageando esse comportamento com recordes de audiência e com a consolidação da credibilidade que merece um trabalho sério e sóbrio;

7. O Grupo Jovem Pan entende que esse mesmo respeito ao público impõe aos seus comentaristas limites que separam a crítica substantiva da adjetivação grosseira. Quando tal barreira é ultrapassada, cabe à direção da empresa aplicar medidas que garantam a volta à normalidade.”

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