‘Juiz não é robô’; Bretas faz desabafo após receber críticas

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Antes de interrogar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o juiz Marcelo Bretas comentou nesta sexta-feira (8) sobre outra audiência desta semana que causou polêmica. Na terça passada, Cabral convidou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prestar depoimento como testemunha de defesa. Bretas se referiu a Lula como uma figura histórica da política […]

POR Redação SP09/06/2018|3 min de leitura

‘Juiz não é robô’; Bretas faz desabafo após receber críticas

Marcelo Bretas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

| Siga-nos Google News

Antes de interrogar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o juiz Marcelo Bretas comentou nesta sexta-feira (8) sobre outra audiência desta semana que causou polêmica. Na terça passada, Cabral convidou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prestar depoimento como testemunha de defesa. Bretas se referiu a Lula como uma figura histórica da política e permitiu que o ex-governador conhecesse o neto recém-nascido.

Os comentários feitos por Bretas nesta sexta foram considerados por ele próprio como um desabafo, após ser criticado em redes sociais. Internautas o atacaram por considerarem que havia elogiado Lula.

“Só não bateram mais em mim por ter me deixado encontrar seu neto (na terça) porque houve um assunto mais importante que foi a conversa com o ex-presidente. Tem pessoas que confundem as coisas. Acham que juiz não tem que ser humano, que tem que ser máquina. Juiz é humano, mais do que qualquer um tem que ter respeitar a humanidade. Achei que o senhor não causaria mal nenhum a sociedade se encontrasse sua família”, disse Bretas.

O magistrado disse ainda que trabalha há dois anos na Lava Jato, mas que antes disso repetiu o gesto com presos pobres. Ou seja, permitiu a visita de familiares.

“Cansei de pedir aos policiais que aguardassem aqui fora. Não fiz isso porque era o senhor não. O país está muito sensível politicamente. Nos tratamos com respeito, independentemente de ter condenado o senhor. Juiz não é inimigo de ninguém”, completou.

Na semana passada, Bretas falou o seguinte para Lula ao encerrar a oitiva: “Senhor Luiz Inácio, muito obrigado. Inclusive pela postura que se portou. O senhor é uma figura importante no nosso país, é relevante sua história para todos nós. Para mim, inclusive. Aos 18 anos estava aqui num comício na Avenida Presidente Vargas com um milhão de pessoas e eu estava lá usando o boné e a camiseta com seu nome”.

Logo após a audiência da última terça-feira, em conversa informal, o magistrado fez questão de dizer que havia falado sobre o passado do ex-presidente e que não entrava no mérito de seus mandatos. No depoimento desta sexta, destrinchou o assunto diante de Sérgio Cabral.

“Juiz não é robô. Não espero que as pessoas entendam isso e, cá entre nós, não estou preocupado. Mas se tiver que tomar decisão que ninguém goste e tiver que tomar, vou tomar. Como falei de maneira respeitosa a um político de relevância. Seja amado ou seja odiado, ninguém pode negar que foi uma pessoa relevante. Aqui, ele foi ouvido como testemunha de defesa – sequer é réu na Justiça do Rio”

Também nesta sexta-feira, Cabral admitiu a Bretas que seu grupo movimentou algo próximo de R$ 500 milhões, sendo R$ 20 milhões para uso pessoal.

Antes de interrogar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o juiz Marcelo Bretas comentou nesta sexta-feira (8) sobre outra audiência desta semana que causou polêmica. Na terça passada, Cabral convidou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prestar depoimento como testemunha de defesa. Bretas se referiu a Lula como uma figura histórica da política e permitiu que o ex-governador conhecesse o neto recém-nascido.

Os comentários feitos por Bretas nesta sexta foram considerados por ele próprio como um desabafo, após ser criticado em redes sociais. Internautas o atacaram por considerarem que havia elogiado Lula.

“Só não bateram mais em mim por ter me deixado encontrar seu neto (na terça) porque houve um assunto mais importante que foi a conversa com o ex-presidente. Tem pessoas que confundem as coisas. Acham que juiz não tem que ser humano, que tem que ser máquina. Juiz é humano, mais do que qualquer um tem que ter respeitar a humanidade. Achei que o senhor não causaria mal nenhum a sociedade se encontrasse sua família”, disse Bretas.

O magistrado disse ainda que trabalha há dois anos na Lava Jato, mas que antes disso repetiu o gesto com presos pobres. Ou seja, permitiu a visita de familiares.

“Cansei de pedir aos policiais que aguardassem aqui fora. Não fiz isso porque era o senhor não. O país está muito sensível politicamente. Nos tratamos com respeito, independentemente de ter condenado o senhor. Juiz não é inimigo de ninguém”, completou.

Na semana passada, Bretas falou o seguinte para Lula ao encerrar a oitiva: “Senhor Luiz Inácio, muito obrigado. Inclusive pela postura que se portou. O senhor é uma figura importante no nosso país, é relevante sua história para todos nós. Para mim, inclusive. Aos 18 anos estava aqui num comício na Avenida Presidente Vargas com um milhão de pessoas e eu estava lá usando o boné e a camiseta com seu nome”.

Logo após a audiência da última terça-feira, em conversa informal, o magistrado fez questão de dizer que havia falado sobre o passado do ex-presidente e que não entrava no mérito de seus mandatos. No depoimento desta sexta, destrinchou o assunto diante de Sérgio Cabral.

“Juiz não é robô. Não espero que as pessoas entendam isso e, cá entre nós, não estou preocupado. Mas se tiver que tomar decisão que ninguém goste e tiver que tomar, vou tomar. Como falei de maneira respeitosa a um político de relevância. Seja amado ou seja odiado, ninguém pode negar que foi uma pessoa relevante. Aqui, ele foi ouvido como testemunha de defesa – sequer é réu na Justiça do Rio”

Também nesta sexta-feira, Cabral admitiu a Bretas que seu grupo movimentou algo próximo de R$ 500 milhões, sendo R$ 20 milhões para uso pessoal.

Notícias Relacionadas

Ver tudo