Justiça impõe multa a sindicato pela greve dos garis do Rio de Janeiro

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A Justiça do Trabalho atendendo pedido da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb), determinou na noite desta terça-feira (29) que o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) pague multa de R$ 400 mil, por descumprimento da determinação contrária ao movimento paredista. “O Tribunal […]

POR Redação SRzd 30/3/2022| 3 min de leitura

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Lixo. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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A Justiça do Trabalho atendendo pedido da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb), determinou na noite desta terça-feira (29) que o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) pague multa de R$ 400 mil, por descumprimento da determinação contrária ao movimento paredista.

“O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou gravíssimo o descumprimento da determinação de manter 100% do contingente da categoria trabalhando por tempo indeterminado, e deu prazo de 48 horas para o pagamento da multa sob pena de execução”, informou a Comlurb em nota.

O TRT antecipou para a tarde desta quarta-feira (30) a audiência de conciliação. A companhia montou um esquema de contingência para fazer o trabalho prejudicado pela greve.

“A Comlurb está com um plano de contingência em andamento para evitar prejuízos à população do Rio de Janeiro. Atrasos pontuais inerentes à condição de greve estão sendo contornados pelas equipes operacionais. Vale lembrar que qualquer ação que impeça os garis de trabalhar pode configurar crime contra a organização do trabalho”.

A Companhia pede a colaboração da população para manter a cidade limpa, “respeitando dia e horário da coleta e descartando corretamente o lixo”.

Em resposta à multa, o sindicato disse que a Comlurb tem sido intransigente e arrogante, na tentativa de sufocar financeiramente a entidade.

“A empresa chegou a se regozijar da multa de R$ 200 mil por dia contra o nosso sindicato que a desembargadora estabeleceu pela continuidade da greve. Eles têm o poder político e econômico. Nós temos a integral solidariedade da população e a nossa própria força, nossa união e nossa garra!”

O Siemaco-Rio convocou a categoria a comparecer ao TRT, no centro do Rio, “sem bagunça nem afronta”, para uma assembleia após a audiência de conciliação, marcada para 15h.

“Após a Audiência, faremos uma gigantesca assembleia no local, decidindo os rumos da nossa luta. Esperamos que a Comlurb e a prefeitura melhorem sua postura e negociem trazendo uma proposta decente”.

Denúncia

Sobre a denúncia feita pelo prefeito Eduardo Paes, de que agitadores ligados a partidos políticos e à Comlurb estariam provocando os trabalhadores que não adeririam à greve e espalhando lixo pelas ruas, o sindicato negou ter qualquer ligação com essas pessoas e afirmou que cabe ao prefeito provar o que diz.

“Tais elementos existem, mas há muito tempo que os trabalhadores da Comlurb não são manipulados por ninguém! Os projetos políticos pessoais de cada um já são conhecidos. Já foram candidatos a deputado e serão de novo. É legítimo e é um direito deles. Mas nossa categoria sabe identificar e não cai na conversa de grupos partidários. Não nos ofenda, prefeito, chamando-nos de massa de manobra”.

De acordo com o Siemaco-Rio, a categoria está com o salário congelado há 3 anos e a empresa ofereceu apenas 5% de recomposição, índice que cobre um quarto da inflação do período.

“A culpa por nossa greve, prezado prefeito, é o fato de que esta sua intransigência se choca moralmente com todo o compromisso, esforço e coragem demonstrados pelos garis e demais funcionários da Comlurb durante a pandemia, trabalhando nas ruas, nos hospitais e onde fossem chamados. Para nós não teve ‘fique em casa’. E isso com os salários arrochados”, diz a nota do sindicato.

Leia também:

+ Estabelecimentos comerciais podem ser obrigados a usar nome fantasia em notas fiscais no Rio

* Com informações da Agência Brasil

A Justiça do Trabalho atendendo pedido da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb), determinou na noite desta terça-feira (29) que o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) pague multa de R$ 400 mil, por descumprimento da determinação contrária ao movimento paredista.

“O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou gravíssimo o descumprimento da determinação de manter 100% do contingente da categoria trabalhando por tempo indeterminado, e deu prazo de 48 horas para o pagamento da multa sob pena de execução”, informou a Comlurb em nota.

O TRT antecipou para a tarde desta quarta-feira (30) a audiência de conciliação. A companhia montou um esquema de contingência para fazer o trabalho prejudicado pela greve.

“A Comlurb está com um plano de contingência em andamento para evitar prejuízos à população do Rio de Janeiro. Atrasos pontuais inerentes à condição de greve estão sendo contornados pelas equipes operacionais. Vale lembrar que qualquer ação que impeça os garis de trabalhar pode configurar crime contra a organização do trabalho”.

A Companhia pede a colaboração da população para manter a cidade limpa, “respeitando dia e horário da coleta e descartando corretamente o lixo”.

Em resposta à multa, o sindicato disse que a Comlurb tem sido intransigente e arrogante, na tentativa de sufocar financeiramente a entidade.

“A empresa chegou a se regozijar da multa de R$ 200 mil por dia contra o nosso sindicato que a desembargadora estabeleceu pela continuidade da greve. Eles têm o poder político e econômico. Nós temos a integral solidariedade da população e a nossa própria força, nossa união e nossa garra!”

O Siemaco-Rio convocou a categoria a comparecer ao TRT, no centro do Rio, “sem bagunça nem afronta”, para uma assembleia após a audiência de conciliação, marcada para 15h.

“Após a Audiência, faremos uma gigantesca assembleia no local, decidindo os rumos da nossa luta. Esperamos que a Comlurb e a prefeitura melhorem sua postura e negociem trazendo uma proposta decente”.

Denúncia

Sobre a denúncia feita pelo prefeito Eduardo Paes, de que agitadores ligados a partidos políticos e à Comlurb estariam provocando os trabalhadores que não adeririam à greve e espalhando lixo pelas ruas, o sindicato negou ter qualquer ligação com essas pessoas e afirmou que cabe ao prefeito provar o que diz.

“Tais elementos existem, mas há muito tempo que os trabalhadores da Comlurb não são manipulados por ninguém! Os projetos políticos pessoais de cada um já são conhecidos. Já foram candidatos a deputado e serão de novo. É legítimo e é um direito deles. Mas nossa categoria sabe identificar e não cai na conversa de grupos partidários. Não nos ofenda, prefeito, chamando-nos de massa de manobra”.

De acordo com o Siemaco-Rio, a categoria está com o salário congelado há 3 anos e a empresa ofereceu apenas 5% de recomposição, índice que cobre um quarto da inflação do período.

“A culpa por nossa greve, prezado prefeito, é o fato de que esta sua intransigência se choca moralmente com todo o compromisso, esforço e coragem demonstrados pelos garis e demais funcionários da Comlurb durante a pandemia, trabalhando nas ruas, nos hospitais e onde fossem chamados. Para nós não teve ‘fique em casa’. E isso com os salários arrochados”, diz a nota do sindicato.

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* Com informações da Agência Brasil

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