LULA 3: Com roteiro improvável, petista ressurge em virada de página no país

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Lula 3. Assim está sendo chamado o novo governo do torneiro mecânico, saído do sertão nordestino e maior líder popular da história política brasileira, o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se inicia em 1º de janeiro de 2023. Eleito em 2022 e reeleito em 2006, tendo feito sua sucessora, Dilma Rousseff, o […]

POR Redação SRzd31/12/2022|5 min de leitura

LULA 3: Com roteiro improvável, petista ressurge em virada de página no país

Lula. Foto: Ricardo Stuckert

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Lula 3. Assim está sendo chamado o novo governo do torneiro mecânico, saído do sertão nordestino e maior líder popular da história política brasileira, o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se inicia em 1º de janeiro de 2023.

Eleito em 2022 e reeleito em 2006, tendo feito sua sucessora, Dilma Rousseff, o petista ressurgiu após quase dois anos preso pela Operação Lava Jato, demonização do campo progressista, dele próprio e do partido que ajudou a fundar.

Além do massacre político, Lula sobreviveu a perda de sua esposa, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, de muitos amigos, do irmão Vavá e do neto Arthur, os dois últimos, no período em que esteve detido na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Como num roteiro de filme improvável, o domingo lhe reserva a maior, das muitas reviravoltas de sua longa jornada pessoal e na vida pública, iniciada com o movimento sindical em São Bernardo do Campo, ainda na Ditadura Militar, no final dos anos 70.

Neste domingo, Lula sobe a rampa do Palácio do Planalto com novos desafios, sobretudo, o de pacificar um país divido a partir da ascensão da extrema-direita. Além do cenário econômico e social, Lula destacou que esse será um dos movimentos mais importante de seu terceiro mandato, concedido pelo povo brasileiro, através da urnas. Logo após a vitória, em 30 de outubro, prometeu governar para todos, afirmando: “Não existem dois Brasis” (relembre):

Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns, em 27 de outubro de 1945. Foi o 35º presidente do Brasil entre 2003 e 2011.

De origem humilde, migrou ainda criança de Pernambuco para São Paulo com sua família. Foi metalúrgico e sindicalista, época em que recebeu a alcunha de Lula.

Durante a Ditadura Militar, liderou as grandes greves de operários no ABC Paulista e ajudou a fundar o PT, em 1980, durante o processo de abertura política. Lula foi uma das principais lideranças do movimento das Diretas Já, no período da redemocratização, quando iniciou sua carreira política.

Elegeu-se em 1986 deputado Federal pelo estado de São Paulo com votação recorde. Em 1989 concorreu pela primeira vez à presidência da República, perdendo no segundo turno para Fernando Collor de Mello. Foi candidato a presidente por outras duas vezes, em 1994 e em 1998, perdendo ambas as eleições no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso. Venceu a eleição presidencial de 2002, derrotando José Serra no segundo turno. Na eleição de 2006, foi reeleito ao superar Geraldo Alckmin, também em segundo turno.

O governo Lula teve como marco a consolidação de programas sociais, como o Bolsa Família e o Fome Zero, ambos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como iniciativas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome. Durante seus dois mandatos, empreendeu reformas e mudanças que produziram transformações sociais e econômicas no Brasil. Como resultado, produziu acúmulo substancial de reservas internacionais, triplicou o PIB per capita e alcançou grande grau de investimento.

Os índices de pobreza, desigualdade, analfabetismo, desemprego, mortalidade infantil e trabalho infantil caíram significativamente, enquanto o salário mínimo e a renda média do trabalhador tiveram ganhos reais e o acesso à escola, à universidade e ao atendimento de saúde se expandiram.

Na política externa, desempenhou um papel de destaque, incluindo atividades relacionadas ao programa nuclear do Irã, ao aquecimento global, ao Mercosul e aos BRICS. Lula foi considerado um dos políticos mais populares da história do Brasil e, enquanto presidente, foi um dos mais populares do mundo. Foi sucedido no cargo pela chefe da Casa Civil no seu governo, Dilma Rousseff, eleita em 2010 e reeleita em 2014.

Após a presidência, Lula manteve-se ativo no cenário político e passou a ministrar palestras no Brasil e no exterior. Em 2016, foi nomeado por Dilma como seu ministro-chefe da Casa Civil, mas a indicação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.

Em 2017, foi condenado, em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato, pelo juiz federal Sergio Moro, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, sendo preso em abril de 2018, após a confirmação da sentença em segunda instância.

Como consequência, teve indeferida a sua candidatura à presidência da República nas eleições de 2018. Em novembro de 2019, foi libertado com base em decisão do STF definindo que a execução das penas devem ocorrer somente com o trânsito em julgado da sentença.

Nos anos seguintes, diferentes decisões da Suprema Corte anularam suas condenações na Lava Jato e restauraram seus direitos políticos, com Moro sendo declarado incompetente e suspeito. Em 2022, Lula candidatou-se à presidência da República pela sexta vez e, ao vencer Jair Bolsonaro, se tornou a primeira pessoa a derrotar um presidente brasileiro candidato à reeleição.


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Lula 3. Assim está sendo chamado o novo governo do torneiro mecânico, saído do sertão nordestino e maior líder popular da história política brasileira, o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se inicia em 1º de janeiro de 2023.

Eleito em 2022 e reeleito em 2006, tendo feito sua sucessora, Dilma Rousseff, o petista ressurgiu após quase dois anos preso pela Operação Lava Jato, demonização do campo progressista, dele próprio e do partido que ajudou a fundar.

Além do massacre político, Lula sobreviveu a perda de sua esposa, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, de muitos amigos, do irmão Vavá e do neto Arthur, os dois últimos, no período em que esteve detido na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Como num roteiro de filme improvável, o domingo lhe reserva a maior, das muitas reviravoltas de sua longa jornada pessoal e na vida pública, iniciada com o movimento sindical em São Bernardo do Campo, ainda na Ditadura Militar, no final dos anos 70.

Neste domingo, Lula sobe a rampa do Palácio do Planalto com novos desafios, sobretudo, o de pacificar um país divido a partir da ascensão da extrema-direita. Além do cenário econômico e social, Lula destacou que esse será um dos movimentos mais importante de seu terceiro mandato, concedido pelo povo brasileiro, através da urnas. Logo após a vitória, em 30 de outubro, prometeu governar para todos, afirmando: “Não existem dois Brasis” (relembre):

Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns, em 27 de outubro de 1945. Foi o 35º presidente do Brasil entre 2003 e 2011.

De origem humilde, migrou ainda criança de Pernambuco para São Paulo com sua família. Foi metalúrgico e sindicalista, época em que recebeu a alcunha de Lula.

Durante a Ditadura Militar, liderou as grandes greves de operários no ABC Paulista e ajudou a fundar o PT, em 1980, durante o processo de abertura política. Lula foi uma das principais lideranças do movimento das Diretas Já, no período da redemocratização, quando iniciou sua carreira política.

Elegeu-se em 1986 deputado Federal pelo estado de São Paulo com votação recorde. Em 1989 concorreu pela primeira vez à presidência da República, perdendo no segundo turno para Fernando Collor de Mello. Foi candidato a presidente por outras duas vezes, em 1994 e em 1998, perdendo ambas as eleições no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso. Venceu a eleição presidencial de 2002, derrotando José Serra no segundo turno. Na eleição de 2006, foi reeleito ao superar Geraldo Alckmin, também em segundo turno.

O governo Lula teve como marco a consolidação de programas sociais, como o Bolsa Família e o Fome Zero, ambos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como iniciativas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome. Durante seus dois mandatos, empreendeu reformas e mudanças que produziram transformações sociais e econômicas no Brasil. Como resultado, produziu acúmulo substancial de reservas internacionais, triplicou o PIB per capita e alcançou grande grau de investimento.

Os índices de pobreza, desigualdade, analfabetismo, desemprego, mortalidade infantil e trabalho infantil caíram significativamente, enquanto o salário mínimo e a renda média do trabalhador tiveram ganhos reais e o acesso à escola, à universidade e ao atendimento de saúde se expandiram.

Na política externa, desempenhou um papel de destaque, incluindo atividades relacionadas ao programa nuclear do Irã, ao aquecimento global, ao Mercosul e aos BRICS. Lula foi considerado um dos políticos mais populares da história do Brasil e, enquanto presidente, foi um dos mais populares do mundo. Foi sucedido no cargo pela chefe da Casa Civil no seu governo, Dilma Rousseff, eleita em 2010 e reeleita em 2014.

Após a presidência, Lula manteve-se ativo no cenário político e passou a ministrar palestras no Brasil e no exterior. Em 2016, foi nomeado por Dilma como seu ministro-chefe da Casa Civil, mas a indicação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.

Em 2017, foi condenado, em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato, pelo juiz federal Sergio Moro, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, sendo preso em abril de 2018, após a confirmação da sentença em segunda instância.

Como consequência, teve indeferida a sua candidatura à presidência da República nas eleições de 2018. Em novembro de 2019, foi libertado com base em decisão do STF definindo que a execução das penas devem ocorrer somente com o trânsito em julgado da sentença.

Nos anos seguintes, diferentes decisões da Suprema Corte anularam suas condenações na Lava Jato e restauraram seus direitos políticos, com Moro sendo declarado incompetente e suspeito. Em 2022, Lula candidatou-se à presidência da República pela sexta vez e, ao vencer Jair Bolsonaro, se tornou a primeira pessoa a derrotar um presidente brasileiro candidato à reeleição.


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